Desejos para 2011

Dos desejos de 2010 só me falta cumprir um: arranjar emprego. Consegui o estágio, não no Porto mas em Braga, o que ainda foi melhor, saí de casa, embora o tenha feito à custa dos meus pais, e tive a experiência de me desenrascar sozinha pela primeira vez na vida. A-d-o-r-e-i! Terminei o curso (finalmente!). Não consegui viajar muito como queria, nem fazer mais coisas, aliás, culturalmente foi um ano um pouco embrutecido. Passei 7 meses juntinho a ele a brincar aos casados e foi tão bom, que quero mais. Ele entrou na faculdade, na primeira opção. Foi um ano feliz.
Para 2011 apenas peço: emprego, saúde para mim e para os meus, paz e amor.

Querida Inditex

Acho  muito engraçado que todas as tuas lojas estejam arrumadas como se em saldos estivessem, mas a verdade é que descontos nem vê-los. Não percebo como tanta gente cai nesta esparrela e como há resmas, resmas de gente a comprar como se não houvesse amanha e as peças estivessem ao preço da chuva.

Querido Blogue,

passagem de ano=drama. É tradição e já devia estar acostumada, mas até eu que estava zen com isto tudo já me estou a passar.
Para o ano, se o homem não trabalhar no feriado (pode ser um dos desejos do próximo ano?), pego nele e vamos 3 dias daqui para fora. Não há nada como não depender da vontade de terceiros.

Querido Blogue,

sobre a Ensitel e seguindo a sugestão da Cate, sugiro que se organize um movimento semelhante às operadoras de telemóveis na sequência do aumento de 25% que os tarifários do género moche, extreme e tag vão sofrer. Até porque quando reclamei para a vodafone a resposta deles foi algo do género: a vodafone entende que face ás condições oferecidas o aumento e consequente novo valor da mensalidade é considerado justo. Seriously?! E de repente todas as operadoras acharam que era justo aumentar o tarifário para o mesmo valor e ao mesmo tempo? Uma palavrinha: cartel e mais não digo. Agora obriguem-me lá a apagar este post.

Este blog não é Jeová*

E deseja a todos os que passem por aqui umas Boas Festas e um Feliz Natal. O blog estará em hibernação até segunda feira, numa qualquer aldeia gelada da beira interior, enchendo-se de filhós, bolo rei e outras iguarias deliciosas.

(não há imagenzinhas bonitas que não há tempo para isso e eu tenho mais que fazer)
*quem não perceber a piada é ovo podre

Querido Blogue,

já comprei todas as prendas e não compro mais nada até passar o Natal e quem sabe a passagem de ano. Passagem de ano que também já está encaminhada. Hoje começam os preparativos. Há muita coisa para fazer até dia 24 que por acaso está aí a bater à porta. Estou menos Grinch que o ano passado mas nada me garante que esta boa disposição se mantenha até lá.

Querido Blogue,

das muitas coisas que me irritam o pseudo novo-riquismo é coisa para me tirar do sério. Pessoas que dizem carteira em vez de mala. É brega dizer mala. Mala é de viagem. Carteira é por ao ombro, ou pendurar no antebraço assim à tia de cascais. Porta-moedas é onde se guarda o dinheiro.
Ora para mim que sou rasca e venho dos subúrbios mala é de por ao ombro e carteira é onde se guarda o dinheiro. As pessoas vivem em vivendas e não em moradias. E dão-se prendas e não presentes. Maria é nome de menina, e Salvador só conheço NSJC*.

*Nosso Senhor Jesus Cristo, quem mais?

Querido vizinho,

baixaste ou não baixaste a porcaria de música que me obrigas a ouvir todos os dias? Bem me parecia que uma horinha a ouvir da minha música te faria bem. Agora atira esses cds azeiteiros pela janela e não me obrigues a dar-te mais uma lição destas. Amigos?

Querido Blogue,

Não tenho paxorra para a Holiday Season. Sim, sim é cliché dizer que não se gosta do Natal e coisa e tal, mas ao menos não sou hipócrita ao ponto de me declarar anti-Natal porque os verdadeiros valores do Natal foram esquecidos em detrimento do consumismo habitual e mais não sei o quê, que é tão politicamente correcto dizer nesta altura. Como para mim o Natal nunca foi altura de harmonia e reunião familiar, mas sim de grande crispação entre a minha mãe e o meu pai, porque tanto um como o outro queriam passar o Natal com a respectiva família, o que acabava sempre com um deles amuado. E sendo assim, o que realmente me resta é o consumismo e o prazer de oferecer prendas a quem realmente gosto (apesar do inerente sentido de obrigação). Deixem-me lá ser consumista que é disso que é feito o meu Natal. O resto não passa de um pro forma e seja como for, dia 26 está tudo acabado e mais ninguém se lembra dos valores tão apregoados por aí a respeito do tal do espírito Natalício.

Querido Pai Natal,

Já que não me vais deixar umas destas no sapatinho

será que podias guardar-me umas (tamanho 39) e pô-las a 50% assim que começarem os saldos? Agradecida.
Mary

Querido Blogue,

Ontem saí de casa decidida a resolver o assunto das prendas de Natal. Quatro prendas de Natal numa tarde não deveria ser coisa difícil. O saldo final foi mais ou menos assim:

 Total de prendas compradas: 3. 

Total de prendas para mim: 3.

O pior mesmo é que não consegui encontrar nada do que queria  para oferecer. Ou já não havia o que eu queria, ou não havia no tamanho que eu queria, ou ia bem além daquilo que eu queria gastar. Apercebi-me que já não havia muita escolha e que quanto mais tempo deixar passar menos haverá. Odeio ter de comprar prendas por obrigação, seja no Natal ou nos anos. Dá-me muito mais gosto comprar algo quando olho para determinada coisa, penso em determinada pessoa e compro porque sei que aquela pessoa vai gostar.

Querido Blogue,

Próximo passo: inscrever-me no centro de (des)emprego e candidatar-me ao rendimento mínimo.

Done.

Mestre Engenheira Mary. Soa bem.

Querido Blogue,

Tese - Capítulo 2:
Apresentação para fazer - 20 slides, 1 slide por minuto.
Reler e rever a tese até parar de encontrar gralhas.

Não me apetece fazer a apresentação.
E morro medo de abrir a tese, começar a ler e a encontrar lá disparates.

Querido Blogue,

A féchionista que tenho dentro de mim, descobriu uma capa vintage (que é como se chama agora à roupa velha das nossas mães e avós) com que irei fazer um brilharete este Inverno. Só não esperem é fotos na marquise de alumínio cá de casa (pelo menos enquanto eu estiver na posse de todas as minhas capacidades).

Querido Blogue,

Tese entregue. Venha a defesa.

Querido Blogue,

tenho precisamente 1 hora e 12 minutos para escrever uma introdução. Mega LOL.Se não estivesse tão lixada até me ria. Assim só me apetece chorar.

Querido Blogue,

Eu bem escrevo, escrevo mas a tese não há meio de ficar pronta.

Querido vizinho,

sei que zelas pelo meu bem estar e que pensas em mim quando resolves ouvir música. Agradeço-te desde já esse teu gesto altruísta de me dares a escutar a tua música. O que seria de mim sem a dose diária que me ofereces a troco de nada? Estaria completamente perdida no mundo. O único senão é que eu não sou surda. A sério, eu sei que nunca me viste na vida, mas eu não sou uma velhinha surda de 90 anos. Por isso não precisas por a música tão alta está bem? Eu oiço na mesma se puseres um bocadinho mais baixo.Além disso não dá para mudar a playlist? Não gosto muito dessa. Faz-me pensar em baldes, baldes de azeite a escorrer por ti abaixo...Capisce? Não gosto sabes. Dá-me nojo.
Agora pára lá com essa merda, antes que a gente se chateie tá bem?
Beijinhos

Querido Blogue,

Ora vamos lá a meter as mãos na massa, porque há uma tese para entregar.

Gosto muito

das produções de moda que as nossas bloggers fashionistas fazem nas varandas das respectivas casas. E quem diz varandas diz corredores, escritórios, garagens, por aí fora. Há toda uma miríade de locais para produções fashion que eu ainda não descobri.

E eu

que até estava a pensar mimar-me com um vestidinho e uns sapatinhos à altura da ocasião para a passagem de ano. Para quê, pergunto eu agora? Não vale a pena, não vale mesmo...

Querido Blogue,

Estou tão farta que a passagem de ano seja sempre a mesma treta do mesmo drama... Seriously, por uma noite? É que não tenho paxorra. Não tenho mesmo.

Querido Blogue

Não tenho paxorra para as crises de adolescência da minha irmã. É com cada ataque de parvoíce, como eu nunca vi na minha vida. Credo! Parece que foi picada pelo mosquito da estupidez. É pior que aturar burros teimosos!

Querido Blogue,

Tenho mais do que certeza que assim que tiver o meu T2 uma das primeiras coisas que vou fazer vai ser adoptar um gatinho.

Abençoado feriado

Se há coisa que eu gosto é de ouvir a música do meu vizinho. É isso e quando joga playstation. Haja paxorra para isto.

Querido Blogue,

Sempre que mando um mail ao meu professor orientador, nunca sei que saudação de despedida usar. Cumprimentos, manda-me a boa educação escrever, no entanto parece-me sempre demasiado seco, tendo em conta a relação cordial que temos, que nos cumprimentamos com dois beijinhos (coisa que ao início me fazia muita confusão) e que ele se despede sempre com beijinhos. Mas a mim, beijinhos parece-me sempre uma forma de despedir um bocado íntima, para alguém com quem se mantém apenas relações de trabalho. Geralmente, acabo sempre por me ficar pelos cumprimentos.

Querido Blogue,

estava eu a fazer a ronda da manhã pelos blogs, quando leio um, pensando que estava a ler outro, e a verdade é  depois de me aperceber disto, percebi que não faz assim tanta diferença ler um ou outro, a conversa é exactamente a mesma e tanto podia estar num como noutro, a única diferença é que muda a cor de fundo.

Querido Blogue,

tá na hora do chá a ver se aguento o ritmo das próximas horas que ainda tenho pela frente.

Querido Pai Natal,

é também aderi à moda de fazer listas de desejos no blogue. Para ver se o estado de espírito anima.

Rayban Cats. Este pedido já é do ano passado, vê lá se desta vez não te esqueces.

Ipod. Para substituir o velhinho MP3 que está a dar as últimas.

Placas alisadoras. Não tem de ser da rowenta, pode ser de uma marca qualquer decente, desde que não me frite o cabelo todo.

Malunfa camel. Sou flexível neste ponto, não tem de ser igual à da foto, mas tem de ser grande e tem de ser de cor camel. E de preferência de pele.

Sistema 3 passos da Clinique. Porque a minha pele merece e esta treta é cara que se farta.

Maquilhagem. Nunca é demais, preciso de sombras, batons e pincéis novos.

Sapatos e botas.

Máquina fotográfica. Qualquer uma destas serve perfeitamente.

Um T2 (T1 ou T0, também serve só que tira a piada da frase) para vivermos os 2 com vista para o mar, mas não tem de ter jardim, e o carro também não tem de ter tecto de abrir.

Para já é isto, se me lembrar de mais alguma coisa eu depois aviso.

A psicologia também explica esta de certeza

Devo de ser a única pessoa no mundo que quando chega a esta altura do ano (aproximação da quadra natalícia e fim de ano) começa a deprimir. Mas deprimir à grande, do género de ter ataques de choro aparentemente sem motivo mas que me fazem acordar no dia seguinte com os olhos todos inchados.

A psicologia de certeza que explica

Não sou mais feminina por causa da minha mãe. A falta de saias, vestidos e sapatos de salto alto no meu roupeiro é consequência da falta desse ponto de referência.

Querido Blogue,

Há dias que começam mal logo de manha. Porra.

Anteontem foi o Dia Internacional da Eliminação da violência contra as mulheres. Não me passou completamente ao lado, mas quase e só eu sei (e o meu namorado também) o quão sou defensora dos direitos das mulheres (feminista de último grau, segundo ele). Tanto feminismo já nos rendeu umas valentes discussões, até porque ele no início era um bocado para o machista até que eu o domestiquei (ai se ele me ouvisse dizer isto diria que já me estava a armar em feminista), mas adiante. Posto isto, falta esclarecer que eu vejo e sigo com algum interesse a Casa dos Segredos (quem nunca viu, que atire a primeira pedra). Gosto de observar o comportamento de pessoas fechadas numa casa que são obrigadas a conviver pela força das circunstâncias e a ter de jogar o jogo (e sim, também tenho o meu lado voyeur, que saltita com estas coisas). Mais interessante do que o jogo, é o comportamento das pessoas que estão cá fora, ver quem apoiam, porque é que apoiam. O comportamento do público chega a ser mais interessante do que o comportamento dos jogadores. O público toma-se de amores por este ou por aquele, defende-o até à exaustão com unhas e dentes, usando até argumentos irracionais. Regra geral as pessoas não conseguem ser imparciais e não conseguem admitir quando os seus preferidos erram. Entre os concorrentes há um casal. Ele tem 37 anos, ela tem, 24 (a mesma idade que eu) e são completamente disfuncionais como casal. Apesar disso, sempre gostei mais do grupo deles do que do dos outros, apesar de saber perfeitamente que tanto ele como ela tinham atitudes para com os outros que eu jamais toleraria se fosse comigo (lembro-me da cena do Vítor com a Vera - apesar de ter ficado do lado dele, se eu fosse a Vera, não toleraria que ele me falasse naquele tom e elevaria o tom da discussão tal como ela fez, até ao ponto em que partiu para o insulto gratuito e perdeu a razão). Este tal de Vítor tem personalidade típica de passivo-agressivo: violento com as palavras, ferve em pouca água, ciumento e descontrolado. Ela também não é flor que se cheire, mas para alguém que tem 37 anos e uma filha, esperava bem mais da parte dele. Ela é jovem, está cheia de ímpeto e energia, é a maior da aldeia dela e quer sair da sombra dele. Mas já há algum tempo para cá, que me tinha vindo a aperceber da coação psicológica que o tipo exerce na namorada. O tipo tem ataques de ciúmes e de fúria e mau feitio e quem o atura é ela. Tudo o que ela faz é desculpa para um amuo, ela não pode falar com outros rapazes senão o menino fica irritado, ela tem de falar primeiro com ele antes de pensar ou fazer seja o que for senão o menino amua. Anteontem, foi um desses dias. A desgraçada teve a ousadia de se oferecer para fazer algo que não incluía o menino. O menino com uns copos a mais, perdeu o tino e começou a desatinar. Discussão para aqui, vou-me embora para ali, mais cena de ciúmes, mais quero acabar contigo e no fim de toda aquela discussão e desgaste psicológico o tipo agride-a. Puxa-lhe os cabelos quando vai a sair do quarto, agarra-a quando ela lhe pede para a soltar, encosta-a contra a parede. Não sei se foi guião de novela ou não, não me pareceu. O mais importante aqui não é isso. O mais importante para mim é que no público e face a este tipo de violência, ainda há quem ache que entre marido e mulher não se mete a colher e deixem-nos lá resolver isto sozinhos e pior do que tudo há quem ache que ela merecia, que já devia ter levado duas lambadas mais cedo, que ela provocou, que ela mereceu, porque quem anda à chuva molha-se e se ele lhe fez uma destas é porque de certeza que também fez alguma. Esta é a mentalidade de quem vê e assiste a uma coisa destas, porque quem viu, como eu vi não sabe se a cena foi combinada ou não (mas partindo do princípio que foi real) ainda assim há quem ache que aquela besta quadrada teve razão para fazer o que fez. Continuamos com a mesma mentalidade de há 40 anos atrás, quando as mulheres eram propriedade do marido e que a culpa é sempre delas. Por isso não admira que só este ano já tenham morrido 39 mulheres vítimas de violência doméstica. Bem sei que até ao primeiro estalo, ninguém sabe como reage, mas eu posso dizer que jamais toleraria que um animal me colocasse as mãos em cima, fosse lá pelo que fosse. E espero muito sinceramente que se algum dia me vir numa situação dessas tenha o discernimento de vir embora, mesmo que não traga mais do que a roupa que tiver no corpo. Mas o que eu aprendi com isto é que como sociedade, ainda temos um muito, muito longo caminho a percorrer no que toca à violência sobre as mulheres. A educação, ao contrário do que muita gente pensa, vem de casa e os filhos aprendem com o exemplo dos pais. Eduquem bem os vossos filhos. Ensinem-lhes o valor do respeito pelas mulheres (e por todos os outros obviamente). Não há homem nenhum neste mundo que tenha o direito de por um dedo numa mulher.

As mamas da Rita Pereira nos Emmy Awards

A novela não presta, a Rita Pereira tem os olhos tortos, parecíamos uns labregos, que nem na Red Carpet nos sabemos comportar e escândalo dos escândalos as mamas da Rita Pereira. Oh-Meu-Deus-o-que-raio-era-aquilo?, perguntou meia blogosfera. Ora eu respondo: eram mamas. E meia blogosfera só se lembra de falar nas mamas da mulher e nada de falar o prémio que só por acaso é só o reconhecimento internacional do que se faz em Portugal.
E para quem tanto fala das mamas da mulher eu respondo o seguinte: se calhar preferiam que ela fosse vestida assim:

 

Se calhar assim viam logo que era portuguesa.

Querido Blogue,

Estou tão lixada! Só espero conseguir concluir e entregar tudo a tempo.

Querido Blogue,

escrevo aqui que porque não quero ir discutir para a caixa de comentários de ninguém. Então não é que há mentecaptos que dizem que não fazem greve, porque não podem, o patrão não deixa, podem perder o emprego (tudo motivos aos quais sou obviamente solidária), mas que não foram trabalhar porque não havia transportes e passo a citar: "porque não tenho de gastar a minha gasolina, apenas porque a malta do metro prefere ficar me casa e chegar a horas para ir ver o Benfica". Não preciso dizer mais nada, pois não?
O que as pessoas se esquecem é que esta greve vai bem para além dos cortes nos salários dos funcionários públicos. As pessoas esquecem-se do aumento do IVA para 23%, dos cortes nos abonos, nas deduções no IRS e nos benefícios fiscais, do congelamento dos salários e das pensões. "Ah não faço greve porque não serve de nada" oiço eu dizer. A essas pessoas eu respondo que é esse tipo de conformismo que nos faz aceitar toda a merda que os governos nos fazem e no fim ainda vamos lá votar para os pormos lá outra vez.

Este blogue

está solidário com todas as pessoas que aderiram à greve geral.

Tivesse eu lembrado-me disto mais cedo

E tinha-me levantado de madrugada para ir fazer fila à porta da H&M do Chiado, tinha enfiado dois ou três vestidos (daqueles a que se esqueceram de fazer as bainhas e que toda a gente fala, primeiro porque eram fantásticos mas agora já ninguém gosta...ninguém entende a blogosfera, credo!) dentro do saco, para mais tarde revender essas peças únicas de coleccionador (cof!) às fashionistas da vida que não puderam ir lá buscar um. Ai o espírito empreendedor...

(mas pensando bem, a minha manhã foi igualmente produtiva, estive a repor o sonho, debaixo do meu edredon quentinho)

Apetece-me comprar uns sapatos vermelhos

para usar assim tal e qual como a fofinha da Alexis Bledel.

Querido Blogue,

estou ansiosa para que chegue o Natal este ano para ver os tesourinhos deprimentes que me calharão. Mais Paulo Coelho, não por favor. Camisolas que me fazem parecer um macaquinho, porque são exactamente da mesma cor do pelo dos macaquinhos e ainda por cima têm pelos como os macaquinhos, também não. Perfumes cuja constituição é 100% alcool please don´t. Bibelots e tralhas afins, passam-me completamente ao lado. Ferrero Rocher, perdoem-me mas abomino. Podia continuar aqui a lista interminável de piores presentes de todos os tempos, mas agora não posso que tenho de ir ali a Alcobaça encher a barriga de papos d'anjo, barrigas de freira e toucinho do céu. Nham..

Querido Blogue,

apesar de me solidarizar com os movimentos anti-NATO (a minha veia anarquista, salta de contentamento com tudo o que é contra o poder instituído), não percebo como se podem auto-intitular de pacifistas, quando esta gente faz tudo menos manifestar-se de forma pacífica. Tenham lá paciência, mas os outros não têm de gramar com cocktails molotov nas trombas, e pensem mas é em outras formas de luta que não envolvam destruição nem cargas policiais e talvez um dia me junte a vós. Até lá, fico muito contente por esta gente ter ficado do lado de lá da fronteira mas pelo sim pelo não, só no domingo é que voltarei a sair de casa.

Comunicação de extrema importância

Estou com soluços.

Querido Blogue,

estava aqui a pensar se havia de levar saltos altos para a defesa de tese, mas depois lembrei-me do que terei de caminhar nesse dia e no estado desse caminho (calçada portuguesa+alcatrão esburacado), caminho esse que terá de ser feito com o trambolho da mochila do portátil às costas, que só por acaso me arruína o outfit e agora estou aqui sem saber o que vestir, o que calçar, se compro uns sapatos ou uma mala nova para o portátil, mas o que eu deveria comprar mesmo era um carro, que andar sete anos a caminhar para a estação de comboio já é mais do que suficiente, já para não falar que fico sempre toda transpirada e com ar peganhento mesmo que tenha acabado de tomar um banhinho fresquinho. Vida de pobre é fodido, pah!

Querido Blogue,

Não sei quando vai ser, mas já decidi onde vai ser a nossa primeira viagem. E já comecei a planear em segredo sem lhe dizer nada.

Depois do post anterior, só me faltava mais esta

IST abre campus em Xangai

Querido Blogue,

Há momentos que me sinto enojada de ser portuguesa. Primeiro foi a visita do ditador chinês, recebido com honras de estado, quando há uns anos atrás o Dalai Lama nem direito a uma audiência teve com o PM ou o PR. Ontem a notícia das cartas enviadas ás embaixadas para que estas não estejam presentes na entrega do prémio Nobel da paz. E hoje, enquanto pesquisava para a minha tese dei de caras com esta notícia: Chinese Man Sentenced to Prison for Food Safety Activism. O desgraçado do homem foi sentenciado a 2 anos e meio na cadeia por ter criado um grupo de apoio ás vítimas do envenenamento por melamina no leite infantil. Dá-me nojo, ver o nosso país associado a esta merda de país que não tem ponta de respeito pela liberdade e pelos direitos humanos. E revolta-me que a nossa economia esteja nas mãos de ditadores déspotas e megalómanos. Revolve-me as entranhas e dá-me muita muita vontade de me por a andar daqui para fora porque cada vez tenho menos orgulho de dizer que sou portuguesa. E recuso-me terminantemente a comprar seja o que for em lojas chinesas. E devíamos todos fazer um boicote a essas lojas que vendem produtos, sabe-se lá com que qualidade, cheios de químicos perigosos, que ninguém se dá ao trabalho de fiscalizar. Onde está a ASAE? Ah espera, está ali muito ocupada a fechar a Ginginha do Rossio.

Será que alguém sabe

em que avião chegam os senhores do FMI? É que queria mesmo ir ao aeroporto dar-lhes dois beijinhos quando chegassem.

Querido Blogue,

gosto muito da minha família em especial da minha mãe, mas eles cansam-me. Sinto muita, muita falta de poder estar sozinha, fazer o que me apetece, sem ninguém para aturar a não ser o meu próprio mau feitio.

Querido Blogue,

estou praticamente a transformar-me num eremita. Desde sábado à noite que não ponho os pézitos além da soleira da porta.

Querido Blogue,

quando este pesadelo de entrega da tese estiver finalmente acabado e vierem a mim os cheques gordos (lol) felicitando-me merecidamente pela tão aguardada conclusão do curso vou tão estourar o dinheiro em mimos para mim.

Querido Blogue,

a continuar assim, quando acabar de escrever a tese vou estar tão gorda, tão gorda que não vou conseguir ir lá defendê-la.

Querido Blogue,

Ando tipo morcego. Durmo de dia e trabalho à noite. Estou sem soninho nenhum. Mas também sem vontadinha nenhuma para dar a dedo.

A minha irmãzinha é tão anjinha, tão anjinha

que foi para o teste de filosofia armada em rebelde e vai de escrever que na opinião dela a filosofia não serve para nada. Teve zero nessa pergunta e cá para mim estava a pedi-las. Tem muito que aprender ainda.

Querido Blogue,

com tanto blog de moda e tanto expert em estilo que anda por aí, não percebo como continuo a ver gente tão mal vestida, apesar de se cobrirem de tendências da cabeça aos pés. Ser fashion victim não é, nem nunca será sinónimo de ter estilo. O estilo é uma coisa que vem de dentro, é como o bom gosto e a educação. Ou se nasce com ele ou não se tem.

Handicap

Não sou capaz de comprar roupa pela internet. E faz-me confusão como é que se pode comprar algo, sem ver, sem mexer, sem experimentar, para saber se fica bem. Porque não raras vezes aquilo que assenta bem ao cabide, não me assenta bem a mim.

Shhhh...

estou a escrever....

Querido Blogue,

a minha mãe fala tão alto que ás vezes acho que me faz dor de cabeça.

Repete comigo:

Não procrastinarás.
Não procrastinarás.
Não procrastinarás.
Não procrastinarás.
Não procrastinarás.
(Repetir tantas vezes quantas as necessárias até parar de empurrar o trabalho com a barriga)
Não procrastinarás.
Não procrastinarás.

Peso na consciência é

não pegar na bosta da tese há quase uma semana.

Querido Blogue,

contra todos os meus princípios declaro aqui que preciso urgentemente de por o rabo a mexer num ginásio.
Puta de celulite pah!

Querido Blogue,

Ontem a Elite perguntou: O que te faria mesmo feliz..agora? A palavra "agora" condicionou a minha resposta na altura. Respondi com base no que me fazia falta, do que me fazia sentir saudades naquele preciso instante. Hoje, apesar de manter a minha resposta, há uma outra coisa que me faria feliz neste momento: independência financeira. Não que me falte alguma coisa, mas já cheguei a um ponto em que me sinto desconfortável em ter de pedir dinheiro à minha mãe para algumas coisas que já ficam fora do meu orçamento mensal (vulgo mesada, que também é ela que me dá). Sinto-me mal porque tenho consciência do dinheiro que fiz os meus pais gastar comigo nos últimos meses e apesar de eles nunca me negarem nada, sei perfeitamente que há coisas que apesar de desejar muito ter, são prescindíveis. Nunca, jamais gastaria/pediria dinheiro para fazer uma viagem para fora do país, ou sequer para comprar vernizes Chanel, uma vez que, para isso são luxos que só eu tenho obrigação de sustentar quando ganhar para isso. O que não quer dizer que assim que receber o meu primeiro ordenado (o que com a bendita da crise que por aí anda deve ser lá para 2020) vá a correr gastá-lo em objectos luxuosos, mas sabia-me bem de vez em quando poder cometer uma extravagância ou outra e poder fazer escapadinhas românticas ou comprar uma peça de roupa mais cara em vez de ficar a olhar e a pensar que caramba, gostava mesmo muito de ter aquilo, mas que por enquanto ainda não vai poder ser.

É só uma questão de tempo

Escolaridade obrigatória vai passar a ser o Mestrado.

Jovem, não acabaste a tua Licenciatura? O mestrado nunca mais tem fim? Os anos que passaste no Bar a jogar cartas não te deram um canudo? O Programa Novas Oportunidades chega ao ensino superior, é a tua oportunidade! Finalmente os anos passados no associação de estudantes a mamar cervejas e a organizar tertúlias a que ninguém vai, vão contar como percurso académico. Inscreve-te já!

Guilty Pleasure

Gostar de hate-blogs. Alguns têm muita piada.

É que não se aguenta

Bublé & Lanvin.

Coisas das quais eu não tinha saudades nenhumas

Os broncos da minha faculdade.
Deus-me-dê-paxorra-que-eu-não-suporto-gente-parva!

Querido Blogue,

desde sexta à tarde que não pego na tese. E estou aqui cheinha de sentimentos de culpa, mas nem por nada me atrevo a abrir a mochila e a sacar de lá o material para me por a trabalhar.

Querido Blogue,

Hoje fui comprar roupa de pessoa crescida. Ou melhor dizendo, fui comprar roupa para parecer uma pessoa crescida. Diz que não se pode ir ás entrevistas de emprego de calças de ganga, que só por acaso é o único tipo de calças que eu tenho.
Duas palavras: Não gostei. A roupa das pessoas crescidas não me fica bem, as camisas e as calças de tecido fazem-me parecer um pinguim miserável e os sapatos apertam-me os pés. E quando olho para mim e me vejo vestida daquela maneira, não me reconheço. É como se não fosse eu. E não gosto nada disso. Não gosto mesmo nada.

Pensamentos aleatórios que não me apetece agora organizar

Casa dos segredos. Belo ponto de partida para um estudo sociológico. Vergonha alheia por ser da mesma geração de muitas daquelas pessoas. Retrato da sociedade Portuguesa? Quero acreditar que não, mas receio bem que sim. Ainda mais vergonha alheia.
A mediocridade. Não gosto de críticas gratuitas, mas não raras vezes tenho a sensação que muito do que se tenta fazer em Portugal fica apenas pela tentativa. Pouco brio. Eu explico: a versão mais parecida do que temos de uma Blonde Salad portuguesa é tão pobrezinho, tão amador, tão rascazinho, que dói.
Inveja. Outro belo ponto de partida para um estudo sociológico. Acredito que grande parte dos problemas estruturais da sociedade portuguesa encontram aqui o seu fundamento. Enquanto isso não mudar, nunca vamos conseguir ser ninguém.

De volta

Home is where the heart is. E o meu não está aqui comigo.

Querido Blogue,

Sinto-me tão perdida, tão cansada, sem saber o que fazer, para onde me virar. Tenho uma tese para acabar, uma mala para fazer, 7 meses de vida para empacotar e depois desempacotar, desarrumar gavetas e tornar a arrumar, uma nova rotina a que já não estou habituada. Já não sei o que é jantar ás 8 horas em ponto, com mais 4 pessoas. Estou habituada a estar sozinha, ou sozinha com ele, temos a nossa rotina, e agora vou ter de me adaptar à rotina de mais 3 pessoas, à rotina de uma família com quem já não estou há 7 meses e não sei se sou capaz. E já nem falo do facto de ele ficar aqui e eu lá, com umas centenas de kms a separarem-nos, já nem falo que vou ter de dizer até amanha outra vez, sem saber quando é que é amanha. Da última vez foi ele, agora calha-me a mim. O que vale que já estamos uns prós nisto de estar afastados e de passar do tudo ao nada. Tenho uma boa vida aqui e gosto de viver aqui. Claro que a minha família me faz falta, claro que tenho saudades de casa e de Lisboa e da vida que levava lá, mas também gosto de estar aqui. E não me apetece pensar nas coisas que tenho para fazer, não quero que o tempo passe, não quero fazer as malas, não quero ir embora. Só me apetece chamá-lo para ao pé de mim e ficar assim, junto a ele até ser hora de ir embora e terem de me arrancar à força da casa de onde não quero sair, porque fui muito, muito feliz aqui.

Querido Blogue,

Não tenho tempo para dar um pum.
Estou irritada, o que não é nada de novo, pois tem sido esse o estado de espírito nas últimas semanas, o que não está de todo relacionado com o facto de ir voltar para casa dos meus pais daqui por 4 dias.
Há umas botinhas na Bershka que melhorariam substancialmente o meu humor, mas nunca tem o meu número quando lá vou perguntar, e pedir para reservar quando chegasse foi o mesmo que nada.

Querido Blogue,

preciso
tanto
de
férias
estou
a
dar
em
doida
com
a
tese.

Vida de investigador

3 horas.

Vida de investigador

Já só me faltam 4 horas para ir para casa.

Querido Blogue,

estou rabugenta. Humor de cão. Irritada. Mal-humorada.

Querido Blogue,

já vi enfeites de Natal na Loja do Gato Preto. E a verdade é que estamos quase no Natal, este blog está quase a fazer um ano, e parece que ainda ontem estava a celebrar a chegada de 2010. O tempo passa rápido demais. Não gosto.

Cheira-me que será um caminho muito longo e sinuoso e cheio de pedras

"Agradecemos muito o seu contacto e ter-nos enviado o seu CV, mas neste momento não estamos a recrutar para posições que se adequem ao seu perfil. O seu C.V. será mantido na nossa Base de Dados durante o período de 1 ano, e será considerado em futuras oportunidades."

Ao menos responderam.

Comer, dormir e trabalhar

E a isto  se resume a minha vida.

Querido Blogue,

não tenho paxorra para CV´s lambe-botas. O meu CV leva o meu percurso académico (futuramente levará um parágrafo descrevendo o meu trabalho durante o estágio), leva os meus conhecimentos em termos de língua estrangeira e é só. Estou a ponderar por conhecimentos informáticos, mas como nunca fiz um curso nem tenho diploma que os ateste, ainda estou em dúvida (se calhar, conhecimentos na óptima do utilizador). Não ponho hobbies, nem actividades extracurriculares (tipo voluntariado, que fica tão bem) e não há cá frases feitas tipo: elevado sentido de responsabilidade, capacidades de liderança. Acho que mais vale não escrever nada do que escrever bacoradas. Acho estúpido se alguma empresa me rejeitar por não escrever que gosto de viajar. Se me querem julgar/avaliar, façam-me testes psicotécnicos. Não é por indicar no meu CV que gosto de golfe, que isso vai dizer se sou boa trabalhadora ou não. Psicologia comigo não pega. Só acredito no que pode ser medido e quantificado em números (defeito de formação). Até porque não sou parva nenhuma e se quisesse saberia perfeitamente o que por no CV de modo a agradar aos RH. Por uma questão de princípio não o faço. Vamos é ver se daqui por 6 meses ainda penso assim.

Querido Blogue,

não sou uma stressadinha, normalmente não tenho grandes ansiedades e raramente durmo mal de noite por ter preocupações, mas neste momento, estou a lidar mesmo muito mal com a pressão. Pressão de terminar o trabalho prático a tempo, pressão de escrever a tese, pressão de entregar a tese, pressão de discutir a tese, pressão do abstract feito às 3 pancadas, pressão sobre como vai ser o meu futuro, pressão para enviar CV´s, pressão para arranjar emprego, pressão do meu pai que está mais stressado do que eu.. Oh God, tirem-me deste filme...

Querido Blogue,

Não sou pessoa de frio. E já está assim para o frescote por aqui. Abaixo de 18ºC para mim já é frio e tudo o que me obriga a por mais do que duas camisolas é gelo glacial. Daí que não vibre por aí além com mantinhas, chás, lareiras, camisolas e casacos fofinhos. Não gosto de ter as extremidades sempre frias, não gosto de por o pé fora da cama de manhã e quase congelar, não gosto das camisolas de lã, odeio usar collants, odeio o choque térmico quando acabo de tomar banho e ter de secar o cabelo sob peso de congelar os miolos (podia continuar a enumerar até de manha). Quem me tira as sandálias, os calções, os tops, os bikinis e o calor tira-me tudo.

Vida de investigador

Não tem glamour e a mochila do portátil arruina-me os outfits.

Vida de investigador é

o meu orientador pedir-me um abstract hoje para submeter ontem com o comentário: eu já podia ter pedido antes, mas é um bom exercício.
Ou ele não gosta nem um bocadinho de mim, ou então, tem muita fé nas minhas capacidades.

Querido Blogue,

estou a chocar uma constipação. Auguram-se belíssimos dias.

Querido Blogue,

Quanto mais leio blogs e caixas de comentários de notícias, mais me convenço que só temos o que merecemos. Temos um país de merda, lamento, mas acho que merecemos. Padecemos de um mal muito grande: Inveja. E não me venham com tretas que não há inveja da boa, isso pura e simplesmente não existe. Tudo o que envolve inveja é negativo, ponto final. E para quem não sabe inveja não é querer o que outro tem, não é querer ter sucesso como o colega do lado, não é querer vestir bem e ter estilo como a amiga, não é querer viajar para destinos paradisíacos como o primo.
Inveja é não poder ter e por isso não querer que o outro tenha. Inveja é não querer que o colega do lado tenha sucesso, inveja é não querer que a amiga vista bem e que desejar que caia numa poça cheia de lama quando vestir a sua melhor roupa, inveja é não querer que o primo vá para destinos paradisíacos, mas se ele for oxalá que lhe percam as malas, ou que apanhe uma gastroenterite e passe os dias de cama.
Inveja é perder uma bolsa de investigação e desejar que o trabalho corra mal à pessoa que ficou com ela, como eu já ouvi.
Inveja é receber o ordenado mínimo e achar bem que os cabrões dos funcionários públicos que recebem mais de 1500€ percam parte do salário e deviam era ainda perder mais, porque se eu só recebo a miséria do ordenado mínimo, os outros também deviam receber. Guess what, a maioria das pessoas que recebe 1500€ fez por isso na vida, e  com excepção de raros casos (como há em todo o lado), sem dúvida que merecem o que recebem.
Tenho medo desta gente, gente invejosa, gente ressabiada, gente que se puder destrói o que os outros têm só porque não suportam a felicidade alheia, só porque eles não podem ter, ou se calhar porque trabalhar para isso dá muito trabalho. Quanto mais penso nisto, mais me convenço que um país é o espelho dos seus cidadãos. Temos o país que merecemos: pequenino. Tal como são as nossas mentalidades.

Razão pela qual este blog dificilmente será de moda:

Comprei o primeiro vestido da minha vida. Minto, comprei o segundo vestido da minha vida porque o primeiro foi-me oferecido. Não sou pessoa de vestidos, nem folhinhos, nem saias. Tenho 2 vestidos e meia dúzia de saias, sendo que duas delas nunca as vesti, uma delas está fora de moda e as outras duas são de praia. I’m a pants person. Calças e ténis. Por isso comprar um vestido é um feito para mim. A melhor parte é que me custou 9,99€ e que antes custava 25,99€. Tendo em conta que é de Verão, pareceu-me um preço justo. Não sei se sou forreta, mas acho um desperdício dar 25,99€ por uma coisa que me só me tapa cerca de 1/3 do corpo. Foi a compra do ano sem dúvida! Agora é só esperar 8 meses para o poder estrear.

Querido Blogue,

os horários dos comboios de Portugal são uma boa merda e não sei sinceramente para que tipo de pessoas é que foram feitos. Acho uma vergonha que não haja uma porcaria de um Intercidades que faça ligação directa a Braga, acho uma vergonha os preços dos Alfapendulares, acho uma vergonha quererem construir um TGV num país em que ainda se demora 3horas para fazer 300 km num comboio sem condições nenhumas. Estou irritada e vou ali fazer uma reclamação para os senhores da CP porque raio é que o último comboio a sair do Porto para Lisboa é as 19h40, se para ir de Lisboa para o Porto o último é as 21h40. Depois ainda querem que as pessoas andem de transportes públicos? Para isso era preciso darem-lhes condições.

Querido Blogue,

O barro foi lançado à parede. Vamos ver se cola.

3º Mandamento:Não esticarás o cabelo quando está a chover lá fora

É esforço não recompensado.

Querido Blogue,

Caso não consiga encontrar o meu destino como pessoa rica, não me importo de ser funcionária de secretaria. É uma vidinha santa. Não é qualquer pessoa que se pode dar ao luxo de receber emails de carácter urgente ás 16h30 e deixar a resposta para um dia destes, sei lá, de preferência quando a resposta já não fizer falta.

Macacos me mordam*

se no fim-de-semana não estouro o dinheiro todo em coisas para mim. Só porque sim.

(*) expressão bonita que sempre quis usar aqui.

Querido Blogue,

Tenho a certeza que nasci para ser rica. Só que um brutal erro de casting atirou-me para esta vida que não é a minha. Um dia, ao jeito de novela portuguesa, tenho a certeza que encontrarei a vida que mereço, e com toda a convicção digo que não envolverá trabalhar e muito menos levantar cedo.

Para imprimir em formato bem grande e colar na parede à minha frente

Querido Blogue,

a resvalar outra vez por essa má vida da procrastinação. Porquê? Porquêêêêê??
Ando a dormir de menos, a beber cafés a mais, mas o trabalho não avança, e anda aqui um cabrão de um artigo a chatear-me desde a semana passada, já não consigo olhar para ele sem ter um refluxo gástrico.
Tenho sono 24 horas por dia, e instintos consumistas altamente assassinos.
Além disso estou mortinha por daqui por 2 dias ser atacada por hormonas descontroladas.
Puta-de-vida-pá!

Querido Blogue,

Não consegui ficar chocada com a crónica da MRP e consegui gostar do projecto Moda. Serei normal?

I hate mondays

tenho tanto, tanto, tanto sono....

Querido Blogue,

Nada de relevante a acrescentar.Hoje não me apetece trabalhar.

Querido Blogue,

estou mesmo cheia de vontade de voltar para aquela cidade onde chove 360 dias por ano. (not)

Querido Blogue,

As pessoas cansam-me. Em especial pessoas que estão sempre contentes, de bem com a vida, adoram sorrir, adoram viver, adoram comer merda...ups, isto se calhar não gostam assim tanto, mas faziam-no com um sorriso na cara porque o sol brilha e o namorado ofereceu-lhes um peluche de 3 metros que ocupa uma assoalhada, mas não faz mal porque é tão lindo e fofinho. E gostam de golfinhos e bebés e cãezinhos e são tão fofas, tão fofas, mas tão fofas que até cagam cor-de-rosa com cheiro a morango. Haja paxorra.

Querido Blogue,

as pessoas dão demasiada importância à blogosfera. Seriously? Isto só tem a importância que se lhe dá. Nem mais nem menos.

Cúmulo do preconceito

Local: saída do comboio a caminho de casa.
Avisto: uma pessoa pintada.
Penso: caloira.
Vejo: o saquinho na mão com o logo do IST.
Tiro-lhe: as medidas de alto abaixo.
Concluo: deves ter entrado em informática.

Querido Blogue,

Quero ver como é que vou enfiar os meus pézinhos dentro de uns ténis ou de uns sapatos depois de quase 3 meses usando apenas chinelos e sandalocas abertas.

Odeio#8

Chungas.
Mas mais do que chungas, odeio chungas com cães.
Mais do que chungas com cães, odeio chungas com cães na minha rua.

Querido Blogue,

diz que isto funciona. A ver vamos.

Coisas que me fazem confusão

Pessoas que quando se lhes toca à campainha, levantam o auscultador do intercomunicador e dizem: "Estou?"
Pessoas que tocam à campainha dos outros e quando lhes perguntam quem é respondem: "Sou eu."

A psicologia de certeza que explica

Há coisas que eu nunca usaria porque sei de certeza que a minha mãe não ia aprovar.

Regresso ás aulas

Dia de início de um novo ano lectivo e eu na faculdade, não para ter aulas, mas para estudar. O ano é novo, mas os broncos são os mesmos. E bambis, bambis por todo o lado que me tratam por você e me fazem sentir velha. E os veteranos do segundo ano a acharem-se muito crescidos e a olharem para mim pelo canto do olho, como quem diz nunca te vi aqui, sem saber se hão-de meter conversa, e eu com vontade que eles se atrevam só para ter o prazer de os chutar para canto com duas bocas bem metidas, de os humilhar em frente aos bambis. Bambis assustados por pessoas que apenas lhes levam um ano de frequência de faculdade, como se isso fosse sinal de grande sabedoria.
Já não tenho paxorra para isto, para os bambis cheios de fé a vestir a camisola do curso, a berrar só porque sim, a beber só porque todos bebem e se não bebermos não somos bambis fixes e os veteranos não gostam de nós. Afinal o secundário nunca acaba - haverá sempre os populares e os outros e eu cada vez menos sou carneiro para me juntar à manada.
Já fui bambi, já fui veterana. Agora definitivamente já não encaixo aqui.

Querido Karma,

tou tão fodida. (Mesmo assim sem meias palavras)
Eu sei, eu sei que não o devo fazer, mas para grandes males grandes remédios e a situação exige medidas desesperadas. Tenho a certeza que mais tarde, oh querido karma, irás actuar sobre mim e  irei pagar as consequências dos meus actos. Estou disposta a recebê-las, mas vê lá quando é que as mandas!

Querido Blogue,

Agora é a minha vez de dar o tudo por tudo. Não é a assobiar para o lado e a fingir que não é nada comigo que vou conseguir passar no belo do exame que ainda me falta. Uma nota por saber (cacete de gestão Operacional!) e um exame por fazer. Depois, muito trabalhinho durante um mês e meio, que vai culminar numa estrondosa defesa de tese. Já estive mais longe!

Querido Blogue,

ele entrou, carai!!!!!
E logo na primeira opção!:)
Tou tão contente! Yupiiiiiiiiiii!!!!!!

Querido Blogue,

estou nervosa. Mas nem sequer é por mim. É por ele. Porque o futuro dele depende de um smile sorridente ou não. Porque não vou poder estar lá para o abraçar de felicidade ou para o agarrar se ele cair. Porque sei que se as coisas não tiverem o desfecho esperado ele vai ficar de rastos. E custa, custa como se fosse comigo.

Querido Blogue,

eu não conduzo. Apesar de ter carta há mais de 3 anos. E chateia-me não conduzir porque me limita os movimentos e não posso ir onde quero, quando quero. Para além de não ter carro próprio. E a questão é exactamente essa, é não ter um carro meu. Não que não haja pessoas a emprestar-me o delas. Eu é que gosto pouco de usar o que é dos outros. Se calhar porque não gosto que usem o que é meu e mo devolvam estragado. Não que vá andar para aí a partir carros à parva, mas a falta de experiência tiram-me a confiança. E depois não gosto de errar. Tirar a carta foi das coisas mais difíceis que fiz. Errar em frente a um estranho que me depois me chama a atenção para o que fiz mal é coisa para me tirar anos de vida. Não foram poucas as vezes que saí com um imenso sentimento de frustração daquelas aulas. E chorava e ia-me a baixo, como vou sempre que erro. Não sei se é perfeccionismo, ou se tem outro nome. Sempre fui assim.
Só comecei a falar muito tarde, por volta dos dois anos. Os meus pais chegaram inclusivamente a pensar que eu teria problemas. Mas quando comecei a falar, conta a minha mãe, dizia tudo e com raras excepções dizia tudo bem. Uma amiga psicóloga da minha mãe explicou-lhe que muito provavelmente o tempo todo que estive calada estive a aprender a falar e que não me aventurei antes de o saber fazer correctamente. Não há nada que me descreva melhor, porque é exactamente assim que eu sou. Não gosto de fazer mal feito, não gosto de apresentar coisas incompletas ou mal amanhadas. E como não consigo ser perfeita boicoto-me a mim mesma. Quantas vezes não o fiz na faculdade. Preferia chumbar a uma disciplina a passá-la sem ser em condições. E com a condução acontece exactamente o mesmo. Das vezes que me aventurei a fazê-lo o que mais me custava era errar em frente ao meu pai, em frente ao meu namorado e eles a chamarem-me a atenção, para não fazer assim, para corrigir isto, para acelerar, para meter a mudança a seguir e eu ali a sentir-me cada vez mais pequenina, cada vez mais nervosa, cada vez com mais vontade de chorar. E eu que até gosto de conduzir. Mas depois também há os outros carros. Carros que apitam, carros que se metem à minha frente mesmo à cão, carros que não sabem fazer rotundas. E depois o medo de bater e de estragar.  É por isso que não conduzo, porque me sinto uma míudinha insegura e pequenina sempre que o faço.

Serei só eu?

a gostar muito mais da colecção Zara kids do que Zara women?

Imagens daqui

Quem me dera que houvesse roupita desta em ponto grande.

Querido Blogue,

prefiro mil vezes um blogue fútil cheio de sapatos e de moda do que um blog onde se discutem os limites do que é normal, o que é do foro íntimo e do foro público. Estas discussõezecas pseudo intelectuais cansam-me.

Chico-espertos

- Pessoas cujos pais têm uma empresa ou um negócio e que se aproveitam disso para ter acesso à época de Setembro
e
- Pessoas que vão para a associação de estudantes para ter direito à época de Setembro
não me merecem ponta de respeito e espero que acordem uma dia de manha a fazer chichi ás pinguinhas,

Coisas que me fazem confusão

- Pessoas que dizem sófá.

Coisas das quais eu não tenho saudades nenhumas de estar em casa

- Onde vais? Com quem vais? A que horas voltas? O jantar é ás 8. Achas que isso são horas de ir a algum lugar? Não venhas tarde! Vens jantar? Não andes sozinha na rua à noite! Como é que voltas? Onde é que foste? Vens jantar? Onde é que estás?


Uma pessoa desabitua-se disto e depois como é que se volta a habituar?

Serei só eu?

Que acho a colecção da Zara feia para caraças?

Querido Blogue,

há blogues que leio por puro guilty pleasure, apesar de não os apreciar de sobremaneira. É assim mais ou menos como ler uma revista do coração: não gasto um euro que seja numa, mas se apanhar uma no café não consigo deixar de a folhear e por-me a par das cuscuvilhices.

Seriously

estou desde antes da meia noite a ouvir a festarola da aldeia cidade suburbana onde habito. "Mais uma moedinhaaaa, mais uma voltinhaaaaaa! É a úuuuultima da noiteeeeeeeeee!!!" Não há ninguém que vá la fechar aquela concentração de chungas?
Haja paxorrinha!

Querido Blogue,

ando azeda dos fígados até mais não. Portanto é possível que comece praí a destilar veneno a torto e a direito. A culpa não é minha. É que eu sofro muito com as hormonas.

Mudando de assunto,

faço saber que odeio a nova tendência de calças (aliás como quase tudo aquilo que apareceu como nova tendência, mas isso fica para outra altura).
Ora expliquem-me lá onde é que isto favorece alguém? É nas pinças que nos fazem parecer barrigudas? É no afunilamento das çalças que nos fazem parecer coxudas? Ou será no pormenor ridículo de dobrar a baínha por cima do tornozelo? Hun?
 Isto pode ser muito fashion, mas não favorece a figurinha de ninguém, caramba! E se for ali ás fotos de há 20 anos atrás, encontro fotografias da minha mãezinha com isto vestido! E não me parece que daqui por 20 anos eu queira olhar para as minhas fotos e ver-me vestida em semelhante figurinha.

Querido Blogue,

eu até nem ia falar disto, mas estava a ver aqui na tv as declarações do advogado de Carlos Cruz e a única palavra que me vem à cabeça é: N-O-J-O. As declarações deste senhor metem-me nojo.
Quanto a este caso, a minha opinião pessoal (que se baseia apenas no que vi e ouvi através da comunicação social durante o tempo que durou este processo) é que não haveria nenhum colectivo de juízes capaz de condenar os arguídos, de um processo extremamente mediatizado como este, sem que se tivesse produzido prova dos factos. Portanto, para mim, se há condenação, se as pessoas foram consideradas culpada,s é porque havia provas que estas pessoas são de facto culpadas. E se estas pessoas não concordam com a decisão, se estas pessoas se consideram inocentes e injustiçadas, a justiça garante-lhes o direito ao recurso da sentença nas instâncias apropriadas. Não é na tv, não é na comunicação social que as pessoas tem que se defender. E declarações como as que fez o Sr. Ricardo Sá Fernandes metem-me nojo.

Querido Blogue,

Eu também sei falar de moda, e tendências e também estou a par das novidades, queres ver?

Descansem féchionistas deste mundo, dia 23 de Novembro vão poder comprar as vossas peças "exclusivas" da Lanvin com que sempre sonharam. Podem já começar a fazer fila à porta da H&M. Até porque Lanvin sempre foi o vosso estilista de eleição não é? Eu sei... O ano passado era o Jimmy Choo, a Sonia Rykiel e o Roberto Cavalli. Para o ano será outro qualquer, se calhar o amigo Manolo, esse fofo que faz sapatos tão lindos! Ai não espera, giro giro era uma parceria com a Ludjay e depois passavamos todos a achar supé as colecções estilo chunga-suburbano!

Coisas que eu aprendo quando vejo blogs de moda

por mais mal vestidos que estejamos, haverá sempre alguém a gostar.

Das imitações

Uma coisa que me faz um pouco de confusão é as pessoas gastarem dinheiro em imitações. Imitações de marcas que querem e geralmente não têm dinheiro para comprar. Ora, para mim isto não faz qualquer sentido. De que me serve comprar uns Ray-Ban falsos se aquilo que eu mais aprecio nos óculos é a excelente qualidade das lentes? Qual o objectivo de comprar uma LV (que eu por acaso até abomino) de plástico que ainda por cima toda a gente sabe que é falsa?
Vou dar um exemplo: toda a gente sabe que nas praias do Algarve, o que não falta, para além das bolas de berlim, são vendedores de imitações das marcas mais in da estação. Este ano abundavam os óculos Ray Ban Wayfarer e Carrera e não faltavam eram imitações de malas Carolina Herrera, vermelhas, azuis, camel, para todos os gostos. A minha tia, que é uma rapariga ainda nova com 34 anos acabados de fazer, caiu-se de amores por uma destas malas. Até aqui tudo bem, de vez em quando eu também me caio de amores por coisas caras. O pior é que sendo a original demais para o bolso dela, resolveu indagar quanto lhe custaria uma malita falsa. Chamou-se lá o marroquino que ia a passar e veio-se a saber que o sr. pedia 80 euroides pela mala. Por uma mala de plástico. Por uma mala de plástico que se via a léguas que era falsa. Fiz logo as contas de cabça, por 80€ comprava já uma boa mala de pele na Zara e se calhar ainda me sobrava dinheiro. Por esta altura começo a olhar para a minha tia de lado e digo-lhe para não comprar, que é muito cara, que não vale a pena gastar dinheiro nisso e que mais vale juntar esses 80€ com mais uns trocos e se quer tanto o raio da mala que compre mas é uma original (que não faço ideia quanto custa, digo desde já). O preço ainda baixou até aos 50€ (se não me engano) mas, o negócio acabou por não se fazer. Sei, no entanto, que se eu não estivesse ali a minha tia tinha comprado a mala, tal como fez o meu tio que comprou uns óculos Carrera (e ainda me tentou fazer inveja com eles. Como se eu tivesse inveja de óculos falsos e ainda por cima do mais azeiteiro que há..humpf!).
Adiante, o que a maioria das pessoas desconhece sobre o mundo das imitações e das réplicas de marcas é que é um mundo dominado essencialmente pela máfia. A máfia rouba, mas a máfia também imita, a máfia vende barato, a máfia faz dinheiro. A máfia faz imitações em fábricas da China, usando para isso produtos altamente tóxicos e cancerígenos, sobre os quais não há qualquer controlo das autoridades. A máfia recruta aqueles marroquinos, ou paquistaneses, ou seja lá que nacionalidade for, em África e noutros países em que a miséria é extrema, aliciam-nos com propostas de uma vida melhor na Europa e assim que os apanham, escravizam-nos deixandos sem documentos e obrigando-os a trabalhar por tuta e meia, vendendo produtos falsos.
É isto que a maioria das pessoas que compra produtos falsos desconhece, que estão a alimentar um mercado paralelo, um mercado sujo, em que se traficam humanos, só para que a Lili Caneças da Reboleira se possa exibir com uma mala Carolina Herrera.
E é por  isto, por uma questão de principio que não compro imitações deste género.

Querido Blogue,

sinto-me tão altruísta quando compro produtos "Made in Portugal".

Dos julgamentos que fazemos

Sempre achei estúpido pessoas que passavam uma temporada no Brasil e vinham de lá falando açucarado. Por isso, não consigo deixar de pensar se acharão o mesmo de mim sempre que me dizem que já tenho uma ligeira pronúncia do Norte.

Odeio#7

Gestão Operacional.
E esse é o motivo para não ter passado à primeira.
Gestão Operacional é uma valente merdinha que não serve para mais nada a não ser para me tirar do sério com tanta definição e modelito e teoria XPTO que tenho que decorar.
E eu odeio decorar.

Recuso-me a dar o Verão por encerrado

Hoje comprei umas sandálias que espero usar até lá para meados de Outubro.

Querido Blogue,

não tenho paxorra para pessoas que choramingam. Choramingam porque o namorado as deixou, choramingam porque o chefe não gosta  delas, choramingam porque não havia aqueles sapatos no número delas, choramingam porque a vida é tão injusta e mimimimi.... a sério, é preciso ter paxorra para aturar tanta choraminguice.

Crucifiquem-me,

mas eu gosto do Projecto Moda e do À Procura do Sonho (fiquei realmente impressionada com a excelente qualidade das produções fotográficas, apesar de achar que a maioria dos concorrentes são um pouco imaturos).
E se arranjassem um gajo menos rabeta e com mais bom gosto até era capaz de gostar daquela coisa dos makeovers que passa na SicMulher.

Razão pela qual este blog nunca será famoso:

Hoje entrei pela primeira vez na minha vida numa loja Massimo Dutti.

Querido Blogue,

Estou a duas filhas-da-mãe de duas cadeiras (para além da defesa da tese, obviamente) de terminar o curso. E por isso, durante as próximas duas semanas ficarei longe de pipetas, enzimas, reactores, DNS, e coisas que tais para fazer uma coisa que já não faço há 6 meses: estudar, estudar, estudar.
Não sou pessoa de me stressar muito mas começo a ficar nervosa com o encerramento desta etapa da minha vida, porque depois vem o desconhecido, o incerto. Até aqui a minha vida foi fluindo sempre sem grandes perçalços, sem me preocupar muito com o próximo passo: assim que terminei o secundário, seguiu-se a faculdade, nem sequer pus outra hipótese que não essa, pois esse era o caminho natural a seguir. Demorei mais do que o previsto a terminar a faculdade, o que eram 5 anos de curso passaram a ser 7, mas sempre me mantive firme em querer terminar o curso. E agora que termino o curso, não sei o que vem aí, tenho decisões para tomar: doutoramento? investigação? empresas? em que área? alimentar? farmacêutica?
E ter tantas hipóteses e não fazer a mais pequena ideia do que fazer é coisa para me tirar 5 minutos de sono antes de dormir...

Querido Blogue,

tivesse eu uma licenciatura em Psicologia ou Sociologia e a minha tese de mestrado seria subordinada ao tema: estudo do descontrolo verbal no sexo masculino à passagem por espécimes do sexo oposto. Como não tenho, limito-me a fazer de conta que não oiço os piropos nojentos de quem passa e a dedicar-me ao estudo das enzimas, que parecendo que não já me dão pano para mangas.

2º mandamento: Não procrastinarás.

é mais facil dizer do que fazer. Se tivesse que me descrever neste momento diria que pareço uma drogradita agarrada à preguiça:" só quero mais um bocadinho, vá lá, é a última vez prometo, só mais 5 minutos sem fazer nada, va lá..."

A sério,

pessoas que não sabem escrever em inglês, não escrevam. A sério, não vos dá mais pontos, nem parecem mais cultas por isso, pelo contrário, faz-me lembrar aquelas pessoas engraçadinhas que se põem a imitar sotaques e que acabam a fazer figura de parvinhas. A sério, o Wall Street Institute é amigo e ajuda. (e quem diz o WSI, diz outro qualquer...)

O que eu gostava mesmo

era de receber o catálogo da Zara, com todas as peças de roupa que por lá se podem encontrar,  no correio, assim ao estilo catálogo IKEA. Depois era só escolher o que me agrada, marcar com uma  cruzinha e entregar à menina que estaria pronta para nos receber à entrada da loja. Ela ia buscar as peças no meu tamanho, eu ia experimentar,  e voilá estavam as compras feitas sem ter que andar a vasculhar cabides.
Era isso e uma loja Risqué online para encomendar vernizes sem levantar o real traseiro da cadeira. Isso é que era!

Primeiras!

A ver pessoas com botas de Inverno calçadas!

Pasme-se

mas eu hoje saí de casa com chapéu-de-chuva (que aqui no norte ninguem sabe o que é, porque aqui usam-se guarda chuvas e chapéus são de por na cabeça) ao qual já dei uso, porque a chuvinha molha parvos, não era assim tão molha parvos. Por algum motivo se chama a Braga, O Penico.

Acabei de ver isto escrito num blog

yvessaintroland

e quase caí da cadeira a rir. 

A missão impossível para hoje

é descobrir e comprar uns chinelos, entre os restos dos saldos e as novas colecções Outono-Inverno.

É de aproveitar minha gente!

que o homem hoje está maluco e diz que me leva a ver as lojas todas que eu quiser!

(cá para mim são sentimentos de culpa de alguma coisa que fez, ou ainda está para fazer)

Dando baby steps no caminho da recuperação..

Até agora já descobri umas teorias bem engraçadas sobre a procrastinação. Não sabia que podia ser um problema tão grande, que afecta tanta gente. Os modos de a combater passam quase todos pelo mesmo, organização, planeamento, desdobrar tarefas grandes em tarefas mais pequenas que possam ser executadas em 1, 2 horas no máximo, fazer to do lists, mas também se aprendem uns truques engraçados como começar o dia com a tarefa que menos gostamos, livrarmo-nos dela até ao fim da manha, e deixar o resto do dia livre para outras tarefas que gostamos mais. Eu hoje por exemplo comecei por lavar o material que tinha deixado de ontem para hoje (odeio lavar loiça seja em casa, seja no lab) e já me sinto mais aliviada e com menos sentimentos de culpa. Depois de almoço, irei começar logo o protocolo de determinação da actividade das amostras e depois se ainda tiver tempo planeio adiantar a parte escrita da tese, que está encalhada há não sei quanto tempo.
Ontem fiz uma to do list para a minha vida pessoal, ainda está bastante incompleta, mas agora sempre que me lembrar de alguma coisa que quero fazer, vou escrever lá. Fiz também uma wishlist, para me lembrar de coisas que eu gostava de ter para mim, porque ás vezes nem eu sei o que comprar para mim, quanto mais coisas para me oferecerem.
Apesar de já ter organizado o trabalho para hoje, ainda tenho que fazer uma lista a mais longo prazo, porque ao mesmo tempo que trabalho, tenho que escrever a tese e estudar para os exames de setembro, sem dar em doida. Tenho que rentabilizar as horas mortas que tenho no lab para me concentrar em fazer avançar a parte escrita da tese, para dedicar os serões ao estudo. Não me posso perder horas esquecidas em frente ao pc a ler blogues, nem em frente à tv quando chego a casa só porque estou demasiado cansada para começar logo o jantar. Tenho que parar de adiar e começar a fazer hoje. Agora.

Querido Blogue,

o meu defeito tem um nome e chama-se procrastinação. Este é o meu único defeito, sendo que considero que todos os outros derivam do facto de ser a maior procrastinadora que conheço. Sou extremamente preguiçosa em todos os aspectos da minha vida, desorganizada, indecisa e no que diz respeito às minhas relações interpessoais, tenho tendência a fazer uma coisa horrível de seu nome omissão. Eu não minto, eu omito. Tenho pavor de conversas sérias, que se puder adio até à última, o que não é propriamente uma mentira, mas na omissão de factos até não poder mais fazê-lo. 

Para mim estes são dos piores defeitos que se pode ter. Odeio, odeio mesmo ser assim e não conseguir mudá-lo. Não acredito em horóscopos, mas o signo de peixes assenta-me na perfeição. Sou uma eterna sonhadora, cheia de dúvidas e interrogações. Não sou uma pessoa de acção, não sou capaz de agir, de tomar decisões, de estar numa posição de chefia. Tenho montes de ideias e sonhos, mas quando chega a altura de executar, é mais fácil para mim ficar sentada no sofá, à espera que as coisas venham até mim. 

E como o primeiro passo para a recuperação (ou modificação) é admitir que se tem um problema cá estou eu a confessar-me. O segundo passo que darei no longo caminho que será a minha reabilitação consiste em arranjar uma agenda. Uma agenda bem grande, onde eu possa anotar tudo o que fiz, o que tenho para fazer e o que quero fazer. O terceiro passo será arranjar um caderno onde possa apontar os meus desejos, as coisas que desejo comprar, as coisas que desejo fazer a curto, médio e longo prazo e comprometer-me a realizar esses desejos e sonhos, ou a fazer algo no sentido de os realizar.

To Do List para hoje:

- fazer uma to do list.

A piada do dia

Beethoven é um cão e Miguel Ângelo um vírus informático

Um estudo feito pela Universidade de Beloit revela como é baixo o nível de conhecimentos dos estudantes norte-americanos que estão prestes a entrar na universidade e como as suas referências culturais se resumem às duas últimas décadas.

(...) Para quem nasceu em 1980, só houve um Papa - João Paulo II – e Mike Tyson foi “sempre um delinquente”, nunca chegou a ser figura do boxe mundialmente conhecida. Os de 1981 não sabem que a Jugoslávia existiu e os que nasceram em 1984 desconhecem o que é o apartheid. (...) Já para os estudantes que terminam o ensino secundário norte-americano neste ano, a Alemanha nunca esteve dividida em dois países, nos Jogos Olímpicos sempre competiram apenas atletas profissionais, os “reality shows” são uma realidade de sempre na televisão e as companhias aéreas nunca permitiram que se fumasse nos aviões.

Sem comentários.

Querido Blogue,

Regressei ao trabalho. Mandei as regras de segurança no trabalho ás urtigas e vim de calções por cima do joelho e chinelos, para prolongar o sentimento de férias. Só me chateia é que o olhar radioso e olheiras-free tenha sido substituído por uns papos escuros e inchados. 

Excelente,

a série de documentários a que tem passado na RTP2 todos os dias depois do Diário Câmara Clara.

O de ontem chamava-se Esta Rua é Minha, e mostrou-me uma realidade diferente daquela a que estou habituada a ver no meu dia-a-dia. Fez-me por em prespectiva a minha vida e mostrou-me que ás vezes me devia mostrar mais agradecida pela sorte que tenho em ter as coisas que tenho, porque afinal há pessoas bem mais miseráveis e com muitos mais motivos para se queixar da vida do que eu, mas ainda assim, conseguem encontrar a felicidade e sentir-se gratos apesar de terem muito poucos motivos para sorrir.

Querido Blogue,

pus-me a pensar em coisas que não devia, como as minhas amigas (?) que há 5 meses que estou em Braga e não foram capazes de mandar uma sms, um mail, fazer um telefonema, a perguntar se está tudo bem, quando vou a Lisboa, quando podem cá vir visitar, nada. A última vez que falei com elas, foi num fim-de-semana que fui para Lisboa e que quis combinar um café para nos vermos e falarmos e que primeiro foi: bora lá! e depois já não podia ser porque a V. tinha TPC da bolsa e tinha que ver não-sei-o-quê para o doutoramento que se estava a pensar candidatar e não podia dispensar 2 horas da sexta feira dela para irmos tomar um café. E desde aí não há mais notícias.
 E isto deixou-me tão triste e tão deprimida porque eu tenho imensa dificuldade em fazer amigos e pensar que se perdeu 3 dos poucos que se tem, é uma merda do caraças.

Coisas que eu não entendo

- pessoas que se despem/vestem na praia.

Falo daquelas pessoas que levam o biquini ou o calção de banho para vestir na praia e que se enrolam numa toalha, enquanto tiram a respectiva cuequita, toalha essa que geralmente deixa ver mais do que aquilo que seria desejável numa praia de não-nudistas. Ou então daqueles que fazem o processo inverso: levam a cueca para vestir no fim do dia de praia. Juro que não percebo a lógica da coisa. E depois ainda há aqueles que sem qualquer pudor se despem à frente de uma praia cheia de gente e se mostram (exibem?) tal qual vieram ao mundo.

Balanço das férias

Um trolley destruído e uns chinelos rebentados.
Até estou com medo de voltar ao trabalho.

Jet lag algarvio?

São 5 da manha e não tenho sono.

Querido Blogue,

As micro-tanguinhas estão para o rabo das portuguesas como as festas em honra de nossa senhora da assunção estão para o carnaval brasileiro.
Há coisas que pura e simplesmente não conjugam juntas. Micro-tangas foram feitas para bumbuns brasileiros, sarados, gostosos, roliços e se me permitem tesudos. Ver tangas enfiadas em rabinhos tristes, desconsolados, atacados pela celulite e pelas estrias é o verdadeiro tesourinho deprimente das nossas praias.

Este blog esteve a banhos

 o rescaldo de uma semana passada de papo para o ar segue dentro de momentos.

Toda a minha vida te chamei avó velhinha, porque eras a mais velhinha das minhas avós e eu a mais velha das tuas bisnetas. Tinhas a cara amachucada e menos cabelos brancos que todos os teus filhos. Viveste 99 anos e tiveste uma boa vida. Assisti ao deteriorar da tua memória e da tua lucidez, que é o mais triste de tudo. Agora já podes descansar. 

Adeus, avó velhinha. 

Querido Blogue,

Choraminguei-lhe que queria comprar uns sapatinhos que tinha visto com desconto numa loja online, mas que não sabia se os havia de comprar ou não, que apesar do desconto ainda ficavam carotes, mas que se calhar este mês já não podia ser. Mas estava só a desabafar, a partilhar o meu desgosto a ver se ele ficava mais pequeno. E ele, fofinho que só ele a perguntar-me qual era a loja, qual era o site pronto para me oferecer os sapatinhos que eu tanto desejava. E eu, do outro lado, tolinha de contentamento com o gesto dele.

Bof..

perdi uma carrada de dados por distracção. Preciso de férias.

Querido Blogue,

ontem fui aos saldos e voltei de mãos a abanar.

Este blog ainda não foi a banhos,

nem irá tão cedo.
Este blog ainda não fez compras de Verão e treme cada vez que ouve falar em colecção Outono-Inverno.
Este blog ainda mal calçou sandálias e usou vestidos.
Este blog tem muita vontade de gastar dinheiro em chanatos e trapos e vernizes da moda.
Este blog tem saudades do mar, do sol, de gelados, de não ter horas para acordar, de beber mines na praia, do sal no corpo, de rir, de não fazer nada, de ter tempo para ler livros e revistas, de saber as cuscuvilhices das revistas cor-de-rosa, das bolas de berlim com creme na praia, do pôr do sol e de tantas, tantas coisas que fazem deste blog, um blog feliz.

Querido S. Pedro,

Por favor, eu que nunca te pedi nada na vida, por favor, S. Pedrinho, mantém o calor até ao fim-de-semana, please! É que eu preciso, preciso mesmo muito, de um dia de praia, e de apanhar sol, a ver se fico mais contentinha e se esta neura desaparece de uma vez por todas!

Querido Blogue,

Uma das coisas que me chateia de trabalhar num laboratório é a pouca liberdade que se tem em termos de roupa e calçado. Sandálias e chinelos, completamente proibidos, saias e calções são desaconselhados. Nas mãos praticamente desisti de usar verniz de cores fortes e berrantes porque mesmo que tenha cuidado não dura um dia. Acessórios como anéis e pulseiras são incómodos.

Receio que, caso o meu percurso profissional passe por uma laboratório, eu me venha a tornar numa mastronça parecida com as minhas professoras de microbiologia e engenharia genética, que é como quem diz, uma mulher-macho, apagada e sem graça, um pãozinho sem sal, enfiada em roupas bejes e verde-caqui e maus cortes de cabelo. 

Oh God...

acho que preferia ter exames todos os dias a ter de vir trabalhar todos os dias. O que no fundo, não deixa de ser um enorme e gigante exame, que daqui por 2 meses e meio (o pânico! o terror!!! já falta tão pouco e eu sem nada feito!!! *inspira*expira*) vou ter que defender oralmente...

Vida de investigador é

espectacular! (not)

Querido Blogue,

O que mais confusão me faz neste caso do triplo homicídio supostamente cometido por um tipo que se auto-intitula rei dos gnomos, são os pais daquele rapaz, que não reportaram o seu desaparecimento às autoridades, que não foram visitar/procurar o filho ao local onde ele supostamente se encontrava, e em dois anos, não falaram sequer ao telefone com ele, contentando-se com sms esporádicas. É isto que eu não consigo entender por mais que me esforce. Uma coisa é uma pessoa desaparecer sem deixar rasto. Outra é uma pessoa acreditar que o filho está vivo e, embora estando noutro país, não ir atrás dele.

Vida de investigador

É doer-me o polegar de tanto pipetar e apertar o esguicho.

Coisas que me fazem desejar ter um homem de modo permanente lá em casa:

- matar bichos
- abrir coisas de abertura fácil que de abertura fácil têm muito pouco
- mudar lâmpadas, casquilhos e coisas do foro eléctrico
- arrastar móveis

(hoje tomei banho no lusco-fusco com a porta do WC aberta tudo porque o senhorio não gosta de candeeiros e comprou casquilhos na loja dos chineses que são uma maravilha e fazem mau contacto com as lâmpadas)

Estou tão triste e desanimada com a porcaria dos resultados da proteína que só me apetece gastar o dinheiro todo em saldos e encher a barriga com porcarias doces. Depois olho para a lista do supermercado e penso que não posso gastar tudo nos saldos e fico ainda mais deprimida e tenho ainda mais vontade de me empaturrar. Depois penso na celulite do meu rabo e fico ainda mais deprimida. Isto hoje não está fácil.

Querido Blogue,

vamos fazer de conta que eu não estou cheia de inveja das pessoas que foram ao Optimus Alive, tá bem?

Odeio#8

Pessoas que respondem Olé em vez de Olá quando as cumprimentamos. Olé diz-se aos touros, não ás pessoas.

Querido Blogue,

A coisa de dormir juntinhos e agarradinhos é muito romântica, mas é quando não estão 30ºC dentro do quarto, mesmo com a janela aberta, e não há sequer uma ventoinha por perto para refrescar o ambiente. 

A continuar com esta temperatura temo que a taxa de natalidade diminua ainda mais.

Estou capaz de recorrer à teoria criacionista, do género: nas primeiras seis horas do ensaio, deus criou a proteína à sua imagem e semelhança, e à sétima hora descansou.

Vida de investigador

Sendo eu uma mulher da ciência que rejeita completa e absolutamente a teoria da geração espontânea, como explico ao meu orientador, os resultados que mostram que tenho mais proteína no fim do ensaio do que aquela que lá pus inicialmente, se no decorrer do ensaio não é suposto haver qualquer tipo de formação de proteínas?

É suposto ter pena deles?

"Entre a escola e o supermercado vai tudo"

Reportagem do DN de hoje que nos dá conta da difícil realidade das famílias portuguesas. E vai, e toca de escolher uma família típica. Casal com cinco filhos, entre os dois e os nove anos. O senhor vendedor imobiliário, a senhora um part-time porque tem cinco filhos para cuidar. Cinco. Que o casal escolheu de livre e espontanea vontade ter. Depois olha-se para a foto de família e repara-se nas meninas vestidas de saia com padrão xadrez, os meninos numa versão em ponto pequeno do pai, monograma no pullover, cabelinhos à la linha de Cascais. E a coisa melhora quando se descobre que o único luxo da família é ter os filhos em escolas particulares. Não preciso dizer mais nada pois não? 

Se calhar o jornalista que fez a peça deveria mudar o título para: "Entre a escola PARTICULAR e o supermercado vai tudo".