30.12.11

Querido blogue,

tenho a lista de desejos para 2012 feita praí desde Novembro. Muitos são repetidos do ano passado, porque bem vistas as coisas foram poucos os que consegui realizar. 2011 termina com um amargo de boca. Mas fora isso nem consigo perceber se foi um ano bom ou mau. Foi mais um ano que passou, mais um ano que (sobre?)vivi. Assim de repente não me consigo lembrar de nada extraordinariamente notável com excepção de talvez ter sido o ano em que recebi o meu primeiro ordenado. Não tenho grandes planos para 2012 mas há algumas coisas que gostava muito de fazer como viajar e ter umas férias decentes e ir viver com o meu homem.  E saúde e amor e dinheiro, já agora. Mas saúde acima de tudo. E trabalho. Trabalho também dava jeito. Não peço muito acho eu. Se for como 2011 não era mau, mas se pudesse ser um pouco melhor era simpático.

26.12.11

Querido blogue,

estou a precisar de férias.

19.12.11

Querido blogue,

vira o disco e toca o mesmo que é como quem diz, longe vão os tempos em que o natal era a minha época preferida.

12.12.11

Querido blogue

o inverno é a minha kriptonite. Não tenho vontade para mais nada que não seja enfiar-me debaixo de um edredon quentinho e dormir até à Primavera. Não tenho paciência para vestir mais do roupa quente e confortável (e feia também). Não tenho paciência para me maquilhar apesar do mau aspecto que já vou tento consequência da falta de sol. A falta de sol deixa-me mal humorada e infeliz. Não tenho paciência para cuidar de mim, por creme e tirar pêlos é um sacrifício. A inércia toma conta de mim em todos os campos a minha vida. Sou muito mais infeliz no inverno.

11.12.11

Querido blogue,

 uma coisa que cada vez mais se tem vindo a tornar uma certeza, para mim, é que prefiro pouco, mas bom em vez de muito, mas mau. E isto é válido para praticamente tudo na minha vida. Pessoas, relações ou bens materiais. Não sou portanto de ter muitas coisas na minha vida. Poucas amizades, poucas relações, poucos bens. Gostava de ter mais amigos, claro que gostava. Também gostava de ter mais coisas, claro que sim. Se preciso mesmo? Não, estou bem assim. Se em vez de um par de botas podia ter dez? Podia. Mas prefiro ter apenas um que realmente gosto e ao qual vou dar uso, do que dez pares que são só mais ou menos. Não sou pessoa de meios termos. Se gosto daquela pessoa, gosto mesmo e a amizade é para a vida. Não sou capaz de manter amizades de circunstância, só porque sim, "amigos do café" que não me trazem nada de novo.  Para quê? Nem conversas de circunstância sou capaz de manter, fazer conversa só porque dá jeito. E isto acaba por ser útil, consigo manter uma certa higiene mental, sem grandes confusões, sem grandes dramas. No campo material, evita-se o desperdício. Não sou capaz de comprar coisas que só gosto mais ou menos, ou que só vou usar uma vez, para aquela ocasião específica. Daí que muitas vezes procure a qualidade. Não me considero uma pessoa elitista ou de gostos excepcionalmente refinados, nem sequer me posso dar a esses luxos, mas gosto de coisas boas, com bom aspecto e abomino tudo o que parece barato, reles, que se vai desfazer em 3 tempos, por muito bonito ou féchon que possa ser.

4.12.11

Isto não é uma lista de desejos para o Natal,

isto é apenas e tão somente a lista de coisas que eu preciso comprar desesperadamente e não consigo porque devo ter nascido com alguma mutação no gene das tendências de moda que me impede de aderir ao fast fashion massiva- e carneiramente.
Ora vamos lá:
- Botins com menos de 10 cm de altura e que não me façam parecer deficiente dos pés;
- Botas de cano alto again com menos de 10 cm de altura
- Calças skinny para usar por dentro das botas (não, não são leggins e também não são calças de ganga)
- Camisolas e/ou casacos de malha quentinhos que me fiquem bem (que não me façam parecer um chouriço mal amanhado)
- Um vestido de preferência de manga comprida e cujo tecido não seja transparente contra a luz (dispenso que se veja o meu entre-pernas)
- Uma mala que não seja de plástico e que também não me arruíne a carteira.
Acho que não é pedir muito, mas considerando a dificuldade que tenho tido, adquirir estas peças tornou-se praticamente uma missão impossível.

Coisas que me tiram do sério:

estar desde ontem e tentar submeter uma candidatura espontânea usando o formulário online de duas empresas   e dar erro cada vez que carrego no enter. Se isto não estivesse tão mau e as empresas não fossem tão apetecíveis, já tinha mandado tudo às urtigas.

3.12.11

Querido blogue,

a par com "a operação bikini 2012 - antes que me transforme numa bola" teve início hoje "a operação emprego 2012 - plano de contra-ataque contra a oferta a recibos verdes".

Querido blogue,

eu tento, eu juro que tento: eu vejo editoriais de revistas, eu pesquiso os sites das marcas, eu vejo blogs de fashionistas daquelas que usam roupa "vestível" para me inspirar, para sair da minha zona de conforto, mas depois chego às lojas e acabo por não conseguir comprar nada, ou porque não vejo nada que goste, ou porque do que gosto nada me fica bem. Depois de uma tarde de compras completamente frustrada acabei por me render aos básicos mais uma vez.

2.12.11

Querido blogue,

não tenho muitas certezas na vida e no futuro até posso vir a engolir as minhas palavras, mas uma coisa para mim é certa: trabalho para viver, não vivo para trabalhar.

28.11.11

Querido blogue,

que sim que é muito lindo que o fado seja património da humanidade e que sim que acho muito bem que estejamos muito orgulhosos e inchados mas agora vamos lá a saber: quanto é que esta fantochada candidatura custou ao estado? E já agora elucidem-me lá: quantos postos de trabalho é que isto vai criar? Hun?

24.11.11

Querido colega estagiário,

ainda não fez  uma semana e que chegaste e já tenho uma opinião bem formada sobre ti: és um idiota.

21.11.11

Conversas improváveis com o meu chefe

Chefe aka idiota, paspalho, careca, palhaço de merda e outros nomes fofinhos que lhe chamamos consoante o estado de espírito: Mary, sabe do Dr. Asdrúbal?
Mary aka estagiária reles de 5ª categoria: Quem?
Chefe: O Dr. Asdrúbal.
Mary: Ah o Asdrúbal! O Asdrúbal foi ao bar, já volta.
Chefe: Mas está a brincar comigo?
Mary: Não, mas por momentos fiquei confusa é que pensava que o grau de doutor era apenas reservado a quem fazia o doutoramento ou ocupava elevadas posições dentro da hierarquia empresariaal,  e como Asdrúbal só tem 23 anos, acabou de sair agora da faculdade e é um reles estagiário como eu pensei que não estávamos sequer a falar da mesma pessoa. Mas esqueci-me que o Asdúbal é homem, tem pilinha e só por isso ganhou o estatuto a doutor a partir do momento que se licenciou. Já eu não tenho pilinha e por isso tenho de me matar a trabalhar para provar que sou tão digna do meu título académico como qualquer machista desmiolado.

Mesmo a propósito deste assunto vem este post da Maçã. No meio desta história toda nem sequer é o facto do uso do Dr. (apesar de achar completamente idiota tratar um recém-licenciado-estagiário por Doutor) que me chateia. Eu nunca fui doutora (nem pretendo que me tratem assim, longe de mim!), muito menos engenheira (ainda que seja engenharia a minha formação), sempre fui "a Mary", ou a "nova estagiária" ou a "menina nova" (para as operadoras da linha). Não me chateia, não preciso do Dr. antes do nome para fazer melhor o meu trabalho. Mas chateia-me, chateia-me mesmo estas diferenças no tratamento como se uns fossem filhos da mãe e os outros filhos da puta.

Querido blogue,

empresas que utilizam estagiários como força de trabalho não me merecem ponta de respeito.

20.11.11

Querido blogue,

ainda nem começou o inverno e já tenho saudades do verão. Já me custa sair do quentinho da cama de manhã ainda que não faça muito frio. Já me custa por duas camadas de roupa, quando não têm de ser três. Já me custa o ar frio/gelado da manhã que tenho de enfrentar até chegar ao carro. Tudo coisas que não matam mas moem. E amanhã já é segunda outra vez...

17.11.11

A ignorância dos nossos jornalistas...

Ir para a rua de microfone na mão, fazer entrevistas e editar o video com as piores respostas, de forma a fazer passar a mensagem que os universitários deste país são todos burros, não é jornalismo. É preguiça. Achar que vamos todos aceitar de forma acéfala que um video demonstra o que quer que seja sobre o nível de cultura geral dos jovens é pura e simplesmente burrice.
De todas as perguntas só não sabia a do filme O Padrinho porque (processem-me!) nunca vi. E a do símbolo químico da água apesar de o meu cérebro ter dado o salto lógico para a fórmula química, que conheço de cor e salteado. E  havia grande probabilidade de numa situação de pressão me enganar/bloquear em algumas das outras perguntas.
Outras opiniões que vale a pena ler sobre este assunto: aqui e aqui.

15.11.11

Querido blogue,

ao contrário de 99,99% da população portuguesa não sou adepta da selecção. Tanto me dá que ganhem, como que percam, como que empatem. Acho que ao futebol e aos futebolistas é dada demasiada importância que, de facto, não têm, visto que em pouco ou nada contribuem para o PIB deste país. Depois chateia-me que a FPF receba dinheiro dos meus impostos para aqueles mancebos que mal sabem ler andem por esse mundo fora em hotéis de 5 estrelas e em SPAs. Já para não falar das sucessivas desilusões nas fases finais e dos apuramentos feitos em cima do joelho. Com franqueza tenho muito pouca paxorra para a selecção e acho que até gostava que tivessem perdido hoje. Podia ser que desaparecessem da tv durante os próximos tempos.

10.11.11

Queridos maquinistas da CP,

sou em geral muito compreensiva com as greves e reivindicações em geral, mas desta vez, epá desta vez pegava em todos os grevistas, atava-os às linhas dos comboios e trucidava-os com uma automotora em marcha lenta.

8.11.11

Querida pessoa que me roubou o chapéu de chuva,

é bom que amanha ele esteja onde o deixei, caso contrário, espero que acorde a fazer xixi às pinguinhas.

6.11.11

1 ano

e 6 dias que voltei para Lisboa. Saudades do meu nosso mini T1 no rés-do-chão de um largo que era tudo menos sossegado mas onde possivelmente vivi os 7 meses mais felizes da minha vida ao teu lado.

1.11.11

Querido blogue,

um dos motivos pelos quais eu nunca poderia ser uma fashionista é porque a minha roupa preferida consiste em calças de ganga, t-shirts, ténis e um casaquinho de malha quando está mais fresquinho. Por mim andava sempre assim vestida. Facto é que efectivamente andei assim vestida durante os tempos de faculdade e poucas eram as variações introduzidas nesta farda. Fui uma grande resistente ás calças skinny quando começaram a aparecer, bem como à nova moda dos all star, ainda que agora seja uma orgulhosa possuidora de dois modelos da marca. Sempre tive muitos complexos com o meu corpo apesar de ser magra ou magra demais segundo algumas opiniões. Durante todo o meu secundário escondi-me por debaixo da roupa. A roupa era uma camuflagem. Nunca desenvolvi um sentido de estilo próprio. Ainda assim tenho feito um esforço por apurar o meu estilo. Até há bem pouco tempo saias e vestidos eram coisas que pura e simplesmente não existiam no meu armário, bem como camisas ou calças de um outro tecido que não fosse de ganga. Ultimamente, e em grande parte devido aos fashion blogs, tenho andado mais atenta às tendências ainda que grande parte delas não me agradem. Desde que comecei a trabalhar o meu guarda roupa evoluiu, tenho roupa mais adulta mas ainda assim sempre sem grande: tchanan aqui estou eu. Sei que não me visto mal, mas sei que não me visto com grande estilo. Isto tudo porque andei a trocar a roupa de verão pela de inverno e cheguei à conclusão que tenho muito pouca roupa de inverno, e desta tenho ainda menos que dê para ir trabalhar. Preciso seriamente de ir ás compras e comprar roupa para esta nova época. A parte má é que não faço a mínima ideia sequer por onde começar nem que tipo de peças comprar. Aguardam-se as cenas dos próximos capítulos: Mary vai ás ompras, Mary na Zara, Mary e os trapos. Ou para quem preferir terror: Trapos assassinos, Vestida viva ou então, Sei o que vestiste no Inverno passado.

30.10.11

Querido blogue,

fosses tu um fashion blog e poderia mostrar aqui o meu cabelo novo, ou os meus sapatinhos novos, ou o meu cremezinho novo e quiçá o novo corta-unhas em aço inox. Como não és não tenho mais nada para dizer.

25.10.11

Ser estagiária é

ires a caminhar para o teu posto de trabalho e ouvires atrás de ti: oh psst, psst...levas-me isto e entregas à Josefina? pensares para ti: psst, o caralhinho ó vaca de merda, o meu nome é Mary e responderes: sim, eu entrego.

24.10.11

Querido blogue,

tenho 4000 e tal mensagens na caixa de entrada do telemóvel. Tenho 300 mails por abrir na conta do gmail. Não vejo o e-mail do blog há que anos. Tenho sempre mails por responder. O meu desktop ainda tem restos da minha tese espalhados e desorganizados por toda a parte. Tenho tantas versões do poster que já nem sei qual é a correcta. Tenho resmas de documentos e de fotos na pasta das transferências. Tenho praticamente informação em duplicado de quase tudo excepto do que é realmente importante. Tenho currículos por enviar e tenho a pasta dos favoritos do emprego num caos. Tenho 6 páginas do Chrome abertas cada uma delas com mais de 4 separadores com coisas que quero ler com mais atenção e ainda não tive tempo e/ou paxorra. Com franqueza, há dias que gostava de ser mais organizada.

23.10.11

Querido blogue,

quero ver quantos posts amanha dirão: ai que bom chuva torrencial, as saudades que eu já tinha dos pés molhados, de tomar banho na paragem do autocarro e de ficar com o chapéu-de-chuva em fanicos!

22.10.11

Querido blogue,

vivo nos subúrbios. Não tenho metro à porta e ao fim-de-semana a oferta de transportes é claramente insuficiente para as necessidades. Se quero ir até ao centro da cidade pego no carro. Suponhamos que quero ir até à baixa fazer umas compras e depois jantar ali pela avenida da liberdade. Pego no carro porque não é prático nem seguro regressar a casa de transportes. Agora a questão que se põe é: porque é que hei-de ir eu para o meio do trânsito caótico de Lisboa, das ruas completamente esburacadas, das ruas que hoje estão em obras, mas ontem não estavam, dar 1500 voltas até encontrar um lugar para estacionar porque espante-se o único disponível tem um arrumador a pedir moedinha e eu tenho medo dele e recuso-me a patrocinar o vício dele, sujeita a que me partam o vidro do carro, ou me deêm cabo da fechadura, quando posso pegar no carro, ir até ao centro comercial e estacionar confortavelmente no piso coberto sem ter que me chatear com mais nada?

20.10.11

Este blogue,

corre sérios riscos de se tornar um boletim clínico. Amanha mais um exame daqueles em bom que eu gosto tanto (not).

18.10.11

Querido blogue,

estou exausta e ainda só é terça. Cansada, com a neura, irritada com a vida, com a minha vida, com o meu emprego/trabalho/estágio/whatever, desanimada com tudo, a precisar de relaxar, de desabafar, de descontrair. Exames médicos que me aborrecem, que me dão nervos, que não quero fazer, que não quero saber o resultado, não quero ser operada, estou bem assim, não estou doente, não me dói, deixem-me assim. Farta daquele estágio, de estar todo o dia sentada naquele pc com o windows 2000, com o office para lá de velho, sem internet, a fazer tabelas todo o santo dia. Tabelas. 7 anos a tirar um curso para fazer tabelas. Farta de tudo, farta de mim, de ser esta pessoa. Quem me dera poder fazer tábua rasa e começar de novo. Cansada. É o cansaço que te escreve. O cansaço e os nervos. Agoniada com este nó na garganta que cresce, com estes olhos rasos de lágrimas que teimam em sair, se ao menos me desfizesse em lágrimas de uma vez só e depois isto passasse. Já sei que não vou dormir hoje.

11.10.11

Querido blogue,

tendo eu fobia de agulhas, exames, procedimentos e tudo o que envolva médicos, se calhar não é lá muito boa ideia por-me a ver vídeos no youtube sobre a cirurgia que talvez terei de fazer. Há casos em que a ignorância é uma benção.

9.10.11

Querido blogue

sobre a Moda Lisboa tenho duas palavras: trendsetter da periferia.

5.10.11

Querido blogue,

agora queixam-se do calor, lá para fevereiro queixam-se do frio. Eu cá ninguém me ouve queixar, por mim estamos muito bem com o calor e assim podemos ficar.

Querido blogue

nestes 6 meses de condução (apesar dos 4 anos de carta) nunca tal me tinha acontecido. Duas vezes, duas vezes que me ia espetando à grande por culpa minha. Tive sorte. É verdade que só não acontece a quem não anda com o carro, mas serviu para abrir os olhos e perceber que por muito bem que já conduza estou igualmente sujeita a ter e a provocar acidentes.

3.10.11

Lixado

é estares com um bigode de fazer inveja ao teu pai e descobrires que não tens uma única banda de cera em casa.

2.10.11

Querido blogue,

vestir roupa da avó não é ser vintage, vestir Zara da cabeça aos pés não é ter estilo.

Querido blogue,

Cada vez mais aprecio fazer compras sozinha. Não ter que andar a reboque de ninguém, não ter ninguém a questionar os meus gostos, poder experimentar peças improváveis à vontade sem ter vergonha de escolher isto ou aquilo, demorar o tempo necessário a ponderar e a escolher determinadas peças... Preciso mesmo, mesmo de estar sozinha por momentos.

28.9.11

Querido blogue,

pior que um mau emprego, é um mau emprego numa má empresa com um mau chefe.
Pior que isso tudo é esse mau emprego ser a tua primeira experiência no mundo do trabalho.

27.9.11

Querido blogue,

cada vez gosto menos de pessoas.

26.9.11

Odeio

quando algo ou alguém me consegue roubar o entusiasmo por uma determinada coisa. Ás vezes é de tal maneira que acabo por desistir. Aconteceu agora mesmo. Tão cedo não quero voltar a ouvir falar deste assunto.

24.9.11

Querido blogue,

estou a limpar o mail. São 1531 mensagens desde 2009 que tenho para (re)ler. Algumas fazem-me rir. Algumas fazem-me ter saudades de um tempo que nunca mais vai voltar.

Querido blogue,

a verdade é que o fim-de-semana me deixa um sabor agridoce na boca.
E se por um lado recebo o fim-de-semana de braços abertos, já que implica não ter de acordar cedo para trabalhar naquele lugar que eu de-tes-to, por outro não consigo evitar o piquinho a azedo que me fica da minha falta de vida social crónica e da minha falta de amigos que queiram alinhar em programas, uns porque abraçaram a vida de casal, outros porque estão agora a descobrir a vida de solteiro: não tenho paxorra para fazer de vela, mas ainda menos para ir à caça de homens, já que estou muito bem servida neste momento, ainda que a 300 km de distância. Preciso portanto de arranjar amigos normais, que queiram fazer coisas normais, tipo passear, almoçar, visitar sítios e ter conversas normais.

21.9.11

Querido blogue,

Hoje não me deito sem actualizar o currículo.

Palavra de Mary.

20.9.11

Querido blogue,

se estás à procura de emprego, então este video é para ti.



O tipo pode parecer um cromo mas tem muita razão naquilo que diz. E depois de reler o meu CV de alto abaixo cheguei à conclusão que quem o ler tal qual está, vai ficar na mesma antes de o ter lido, porque ele não mostra o que deveria mostrar, ou seja o que é que eu tenho para dar àquela determinada empresa. Vai daí, cheguei à conclusão que se calhar não seria má ideia aplicar algumas das teorias deste tipo.

19.9.11

Olá, eu sou a Mary e sou hipocondríaca

e para além de hipocondríaca, sou também um pouco deficiente, porque não sendo eu pessoa de me enfiar nas urgências ao primeiro espirro, a verdade é que estou constantemente a pensar que devo ter uma doença grave qualquer, e se isto não é ser completamente parvo, então não sei o que será. O pior mesmo, é que além de estar sempre a pensar que tenho uma doença grave, é o pânico que sinto em poder sequer vir a saber que tenho uma doença qualquer. Por isso, fujo como o diabo da cruz de médicos, exames, diagnósticos e hospitais em geral. Prefiro viver na ignorância do que vir a ser diagnosticada com uma coisa qualquer. E isto é completamente ridículo nos dias que correm, visto que toda a gente sabe que a prevenção e o diagnóstico precoce são talvez as melhores maneiras de evitar uma doença grave. Por isso, e aproveitando uma recente visita forçada que tive de fazer às urgências, decidi que chega de ter medo e daqui para a frente será um sem número de testes, exames e check ups que tenho em atraso praí desde de 2008, o que é uma verdadeira vergonha. Irei portanto estafar o plafond do seguro e quiça iniciar-me nesse belo mundo que é o SNS. Não haverá centro de saúde, enfermeira ou agulha que me meta medo.

18.9.11

Odeio

tarefas domésticas. Limpar, lavar, aspirar, passar a ferro...se é tarefa doméstica, odeio-a com todas as minhas forças. E pior ainda do que tarefas domésticas são tarefas domésticas ao domingo, que afinal é o dia do senhor e foi feito para descansar e não para lavar vidros, aspirar divisões e passar roupa a ferro.

15.9.11

Note to self:

- usar saia com mais frequência: eu até nem desgosto de me ver e pelos elogios de de hoje os outros também não.
- embirrar menos com o chefe: ele não é assim tão mau e hoje quase pareceu uma pessoa perfeitamente normal.
- comprar mais saias.
- não voltar a restaurantes com mau atendimento: há coisas que não mudam.
- comprar vestidos: ao que parece já não sou a girafa desengonçada que era há uns anos atrás que se escondia atrás da roupa.
- aprender a conduzir de sapatos de salto alto: se há 5 meses atrás ninguém me apanhava atrás de um volante nos dias que correm a minha única limitação são apenas os saltos dos sapatos.
- não ter medo da roupa: a roupa é para ser vestida e não o contrário.
- se eu não me levar a sério, os outros também não me levarão.
- pessoas bem vestidas são associadas a cargos importantes.
- não me levar demasiado a sério, ainda sou muito nova para isso.
- rir: pessoas que riem são mais felizes.

13.9.11

Querido blogue,

já não há saco para ir trabalhar para aquele sítio todos os dias. Estou a contar os dias e as horas para o último dia em que direi adeus às trombas monumentais do meu chefe e às suas gravatas caras de gosto duvidoso.

12.9.11

Querido Blogue,

primeiro preciso arrumar a casa, que é como quem diz o laptop (muito mais fino do que dizer portátil ou pc). Depois preciso de actualizar o meu CV. Depois preciso fazer um estudo de mercado. Depois começarei a responder a anúncios. E eventualmente conseguirei parar de procrastinar, o que seria verdadeiramente útil. Tenho todo um looongo processo a percorrer. Só gostava que aparecessem mais anúncios de emprego que realmente me agradassem, em vez de me contentar com aqueles que são só assim-assim..

10.9.11

Querido blogue,

pondo os esqueletos de fora, a verdade é que tenho inveja de todas as pessoas com quem não vou muito à bola, mas que já fizeram coisas que eu também já queria ter feito (tipo viajar para sítios onde eu também já queria ter ido com o homem). E depois da inveja vem aquela sensação de não estar a fazer nada de jeito com a minha vida, e depois da sensação, vem a certeza e a dúvida: o que é que eu fiz de errado para merecer isto. Depois lembro-me que tenho muita sorte porque tenho saúde e uma vida bem boa da qual não me posso queixar e o espírito fica um pouco mais tranquilo, até à próxima vez que veja fotos de alguém debaixo da torre eiffel e o ciclo recomeçe outra vez.

7.9.11

4º mandamento: Faz-te à vida!

"It's not all down to the economy -- it's often about how productive people are during their job search,"
That means avoiding the "post-and-pray" technique in which job seekers apply to positions online, and then wait for the offers to roll in.
Résumés need to be tailored to specific positions. "The old method of taking the same résumé and sending it to every job posting doesn't work anymore," Mr. Purdy says. "Customize it to the company you are applying to. Do the research."
For instance, use social networks to research the industry. "It's about following the companies you are interested in, finding out what problems the company is trying to solve," Mr. Purdy says. Job seekers might tweet or post a note on Facebook about looking for a job, but real networking is more involved.
Ms. Paul says she looks for applications showing an investment of time and effort. "They are not just looking for a job; they are looking in areas of interest to them where they have some experience. It shows me that they have done a bit of work, and gives me the direction to steer them in."

Querido Blogue,

é a velha máxima: muda de vida se tu não viveres satisfeito. Desde que regressei de férias que o trabalho tem representado um sacrifício enorme para mim. Ando mal-disposta, ando carrancuda o que de todo em grande parte se deve a motivos profissionais. Não me sinto realizada nem satisfeita com as tarefas que desempenho. Ainda que não passe de uma mera estagiária (e acredita que nem por um momento me esqueço dessa condição tal o fosso que existe entre os estagiários e as pessoas) e como tal, não tenho quaisquer pretensões de coisa nenhuma a não ser de aprender qualquer coisinha (porque é para isso que deveriam servir os estágios), sinto que as minhas capacidades, que não desfazendo, não são assim tão poucas, podiam ser sem dúvida alguma melhor aproveitadas. Não querendo parecer convencida, mas  é como deitar pérolas a porcos, a gente sem visão nenhuma que não merece nem por um momento que eu me esforce por coisa alguma. E se isto já não estava fácil assim, hoje ainda ficou pior com os novos desenvolvimentos. E pelas minhas contas ainda vai piorar mais. A coisa foi de tal forma hoje, que mal cheguei a casa fui direita ao meu contrato ver quais os requisitos para renunciar. O passo seguinte é começar a lançar-me numa prospecção à séria do mercado de trabalho. E por à séria é mesmo à séria. Não posso estagnar nisto porque tem de haver algo melhor para mim. Procurar trabalho, dá trabalho e desta vez não terei tanta sorte como tive à 5 meses atrás, por isso vou começar esta nova fase, este novo projecto de procura de emprego e ter esperança que algo bem melhor irá aparecer.

4.9.11

tenho saudades de concertos e de ouvir boa musica. e de fazer algo mais com a minha vida do que isto. agora percebo o quão mau é trabalhar em algo que não se gosta, mas continuar a fazê-lo e fazê-lo bem feito porque é assim que tem de ser.  balanço do fds: uma merda. previsão para a semana que aí vem; uma merda ao quadrado. resta-me pouco mais que continuar a sonhar e a fazer planos e a por coisas na lista to do para ter um rumo, um objectivo que me ajude a não me perder na inércia robotizada que são os meus dias.

29.8.11

Querido Blogue,

a verdadeira questão é que quem compra uma imitação desconhece o gozo que comprar o original pode proporcionar.

28.8.11

Querido Blogue,

bem sei que é um sacrilégio dizer isto mas, as saudades que eu tenho de estudar.

23.8.11

Querido Blogue,

Regressar ao trabalho depois das férias foi pior que todos os regressos às aulas da minha vida juntos.

6.8.11

Querido Blogue,

farda obrigatória para os próximos dias: bikini, vestidos, calções, saias e chinelo no pé.

Querido Blogue,

acho horrível que já não se consiga encontrar um vestidinho de verão, uma saia ou uns calçonitos. Acho horrível que as lojas já estejam carregadas de roupa preta e sapatos fechados. Eu sei que não parece mas ainda estamos em Agosto, caramba! E ou muito me engano ou provavelmente vamos ter um verão bem tardio a entrar pelo Outono adentro. Quem é que no seu estado normal vai querer comprar um sobretudo ou um kispo quando estiverem 30º à sombra? Eu com toda a certeza que não vou ser.

5.8.11

Querido Blogue,

quando a tua colega mais pindérica te elogia o outfite será que deves ficar contente porque está a elogiar o teu bom gosto ou será que deves ter razões para ficar preocupada já que o bom gosto dela deixa um pouco a desejar?

31.7.11

Querido Blogue,

sou só eu que acho ridículo que uma pessoa vá para um país estrangeiro sem data para voltar e organiza um evento de despedida via facebook, que consiste num café? Sou só eu que acho ridículo que se comunique aos  amigos, uns mais amigos que outros mas tudo bem, que se tomou uma decisão destas via facebook? Nem um sms? Nem um email? Pelo facebook? Tão-me a gozar?

Querido Blogue,

detesto planos mal feitos, encontros adiados, coisas mal combinadas and so on. Se as pessoas soubessem como isto me mexe com os nervos caraças, nem se atreviam a deixar-me toda a tarde à espera de uma puta de uma resposta a um sms.

16.7.11

Querido Blogue,

desde que comecei a trabalhar que a minha vida é bem menos interessante. Não só porque tenho muito menos tempo livre, mas porque perdi muita da liberdade que tinha. Uma das coisas que mais sinto falta é de estar sozinha, porque nunca consigo ter um momento a sós comigo desde que saio de casa até que regresso. Não tenho tempo para mim, nem para fazer as minhas coisas e há sempre gente à minha volta. Esta ideia pode parecer estranha para a maioria das pessoas, mas para mim é sufocante. Tenho necessidade de estar um bocado sozinha, de fazer as minhas coisas e libertar o stress, seja a passear pelo shopping, a ler um livro, ou a vegetar no sofá , mas sem ter mais ninguém por perto sempre a questionar-me e a pressionar-me: o que estás a fazer, faz isto, agora aquilo. Desde que comecei a trabalhar que sinto que praticamente me anulei a mim própria e virei um autómato destinado a cumprir dia a após dia a mesma rotina.

14.7.11

Querido Blogue,

não me pagam o suficiente para assumir responsabilidades que não tenho, não me pagam o suficiente para desempenhar funções para as quais nunca tive formação ou prática, não me pagam o suficiente para arranjar soluções para problemas que não fui eu que criei, não me pagam o suficiente para perder o meu precioso tempo a preocupar-me com coisas que não me dizem respeito. Porque eu sou SÓ uma estagiária e se sou SÓ uma estagiária, então sou SÓ uma estagiária o tempo todo em vez de o ser apenas quando é conveniente.
Lamento, mas  não me pagam o suficiente para vestir a camisola de uma empresa que daqui por 5 meses me dá um chuto no rabo e não digas que vais daqui, ainda tens é de nos agradecer por te termos dado uma oportunidade em vez de sermos nós a agradecer por nos teres deixado explorar-te até ao tutano.
E amanha ás 18 em ponto, pela primeira vez desde que estou ali, estarei a dar corda aos sapatos direitinha ao shopping aliviar o stress.

12.7.11

Querido Blogue,

Gostava de ter tempo para fazer algo mais do que comer, dormir, trabalhar e conduzir.

9.7.11

Querido Blogue,

ontem soube da morte de um familiar, mais ou menos distante, um tio-avô que vi menos que uma dezena de vezes na minha vida e de quem, pelo que ouvia dizer, não tinha muito boa impressão. Hoje soube da morte da cadela do meu namorado. Duas mortes: uma pessoa e um animal, mas só o desaparecimento de um deles me deixou um nó na garganta e lágrimas nos olhos.

28.6.11

Querido Blogue,

ainda nem uma peça de roupa de verão comprei e já começaram os saldos. Não tarda está aí a colecção de outono. É todos os anos a mesma coisa e eu não aprendo. Esta mania de iniciarem as colecções completamente fora de época não funciona comigo. Lamento, mas não tenho vontade de comprar roupa de verão quando ainda está frio e muito menos consigo comprar casacos e inverno em pleno Agosto.

Querido Blogue,

Não tenho sono. Quero ver quem é que amanha se vai levantar ás 6.30.

21.6.11

Querido Blogue,

Não era capaz de ter uma relação com alguém que não tivesse o mesmo sentido de humor que eu.

20.6.11

Querido Blogue,

detesto o facebook.

19.6.11

Querido Blogue,

Não percebo o grande feito que é ficar um mês sem fazer compras. Assim como não percebo o consumismo desenfreado, o comprar coisas, coisas, coisas e depois deixá-las ficar num canto por estrear, ainda com as etiquetas. Gosto de ter coisas, claro que gosto, mas jamais me deixaria definir pelas coisas que tenho (ou que se calhar não tenho).

18.6.11

Querido Blogue,

acabei de reservar o meu sundae de morango. Esperemos que seja dos bons.

Querido Blogue,

hoje é um daqueles dias em que preferia mil vezes estar com os cornos enfiados no trabalho do que em casa por ser sábado. E isto não é nada normal em mim.

Querido Blogue,

já estive mais longe de pegar nas minhas tralhas e por-me a andar daqui para fora.

Querido Blogue,

imagina que gostas de sundae de morango. Imagina que gostas muito de sundae de morango. Imagina que aprendeste a gostar de sundae de morango porque sempre viste os teus pais a comer e aprendeste com eles a gostar de sundae de morango. Imagina que te habituaste a comer sundae de morango todos os verões. Mas com o tempo, tu e os teus pais, como bons apreciadores de sundae de morango que são, apercebem-se que ás vezes vão para saborear um belo sundae de morango e acabam a comer um sundae todo mole com acobertura azeda e que ainda por cima foi pago a peso de ouro. Imagina agora que os teus pais decidem comprar uma máquina de fazer sundaes e que agora já podes comer sundaes sempre que quiseres, sundaes de morango ou de outra coisa qualquer, mas agora finalmente já podes encher a barriga com uma coisa de qualidade. Imagina então que arranjas uma namorado que gosta tanto de sundaes de morango quanto tu. No início, começas por ir com o teu namorado comer sundaes fora de casa, em vez dos sundaes da máquina dos teus pais, por uma questão de respeito. Depois devagarinho começas a levar o teu namorado lá a casa, os teus pais passam a conhecê-lo melhor, mas ainda continuas a comer sundaes de fora, apesar de os teus pais saberem que os sundaes de fora ás vezes não prestam, mas tu preferes assim porque eles também nunca disponibilizaram a máquina deles para tu poderes comer um sundae com o teu namorado. Imagina que um dia destes tens ganas de ir comer um sundae dos bons com o teu namorado, mas que é caro. Então dizes aos teus pais que tens muita vontade de um sundae, mas que é tão caro e que os tempos são de crise e que eles bem podiam emprestar a máquina deles. Eles olham-te com desconfiança. O teu pai grunhe um: "não não posso emprestar a máquina" meio a sério, meio a brincar. E tu ficas naquela. Queres comer sundae e podias fazê-lo sem gastar dinheiro se os teus pais emprestassem a máquina de fazer sundades, o que, a bem dizer, não lhes vai dar despesa nenhuma e que a mim me dava um jeitão por todo o dinheiro que podia poupar. Por outro lado, uma pessoa também tem o seu orgulho, porque afinal sou filha deles e também tenho um bocadinho de direito de usar a máquina, mas se eles não querem fazer esse favor então vai-se comer fora e arruma-se o assunto definitivamente: acabaram-se os sundaes de máquina para mim. A partir de agora só como fora.

13.6.11

Querido Blogue,

desconfio de pessoas com mais de 20 anos e que usam a expressão: "o meu melhor amigo/a".

7.6.11

Pedido de Ajuda

Gostaria de saber se alguém me sabe indicar qual o e-mail de suporte para onde posso enviar uma denuncia de um abuso no facebook. Trata-se de um caso de ofensa à minha irmã que tem 15 anos por parte de uma colega de escola, sendo que a minha irmã não tem facebook. Essa pessoa tem uma foto da minha irmã em que ela aparece marcada com uma tag ofensiva. Se alguém souber como actuar em casos destes toda a ajuda é bem-vinda. Obrigado.

6.6.11

Querido Blogue,

Por razões pouco felizes, tive de criar um perfil no facebook. A minha ideia sobre as redes sociais não mudou por isso continuo a detestar redes sociais e sou claramente uma inadaptada nestas coisas de amizades virtuais e oh vamos manter o contacto porque andamos juntos na escola apesar de não nos gramarmos nem por nada. Algo me diz que não vou durar muito por lá.

5.6.11

Querido Blogue,

só para lembrar que agora além de termos um presidente cujo primeiro nome é Aníbal vamos ter como primeiro ministro um gajo de Massamá.

4.6.11

Declaração de voto já em dia de reflexão

- Não voto PS porque me recuso a tomar parte na reeleição do Sócrates.
- Não voto à direita (CDS e PSD) por ideologia, nasci de esquerda, vou morrer de esquerda apesar de discordar por completo dos moldes em que a política social se pratica actualmente. Recuso o modo como as prestações sociais (RSI e subsídio de desemprego) acabam por desincentivar a procura de emprego por na maioria dos casos permitirem a quem beneficia deles ter uma situação económica mais vantajosa ficando em casa do que indo trabalhar.
- Numa conjuntura económica diferente votaria BE ou PCP, mais por falta de alternativas do que por mérito destes partidos, no entanto e face à rejeição destes partidos quanto ao pedido de ajuda externa, nestas eleições nem o BE nem o PCP são a solução.
- Por outro lado Pedro Passos Coelho parece-me pouco mais competente do que Sócrates e aquela agenda neo-liberal que o PSD tem escondida debaixo do acordo da troika assusta-me e muito. Apesar de saber que o país beneficiaria com algum desse liberalismo, caso  fosse bem implementado, o que duvido muito que venha a acontecer (dou 6 meses a Passos Coelho para se transformar numa cópia do Sócrates mandão, arrogante e delinquente político). Mais me assusta a hipótese de uma coligação de maioria absoluta com o CDS. A todos aqueles que vêm o CDS com alternativa eu relembro os anos de coligação de Portas com Durão Barroso. Por um acaso saiu algo de bom daí? Não. Portanto CDS não é solução, por muito que goste de ouvir o Paulinho das feiras cantar aos ouvidos do povo todas as músicas que queremos ouvir. Mas só de pensar num governo com Catroga e Bagão Félix vêm-me o jantar todo à boca.
- De modo a impedir o coligação de direita era menina para ir lá botar a cruz no BE mas a minha consciência não me permite.
- Em branco também não voto porque fico sempre com o receio que alguém aproveite e faça uma cruzinha à socapa enquanto se contam os votos.
- Não me apetecia anular o voto porque acho que votar é um dever mais do que um direito, mas desconfio que é isso que vá acontecer uma vez que não me consigo identificar com nenhuma força política, com nenhum candidato, com nenhuma ideologia. Talvez acrescente um quadradinho e vote na troika ou no FMI. Sou uma descrente da política neste momento. E como eu acredito que haja muitos. Se isto não é um mau sinal então não sei o que será.

2.6.11

Querido Blogue,

tenho saudades de praia e de beijos a saber a sal. Tenho saudades de receber flores e que me façam surpresas. Tenho saudades de me rir à gargalhada com gosto e com vontade, naquele gesto bonito de atirar a cabeça para trás e rir. Tenho saudades de bikinis, gelados, bolas de berlim, das despreocupações, de ter 3 meses de férias. Tenho saudades do teu cheiro. Tenho saudades das imperiais na esplanada, dos óculos de sol, das saias e dos micro-calções. De usar havaianas e de não ter de pensar se levar calças de ganga rasgadas amanha já é abusar do conceito de casual friday. Tenho saudades de andar de carro com os vidros abertos, o vento a bater-me na cara e o sol a beijar-me a pele. Tenho saudades de namorar no carro ou em qualquer banco de jardim. Tenho saudades de dormir até ao meio-dia e de sair de casa ainda com o cabelo molhado, sem rumo e sem destino.

31.5.11

Querido Blogue,

tinha feito um post bonitinho sobre os globos de ouro, mas o blogger comeu-mo. Como retaliação deixo-te duas ideias para reflectires:
- a malta abusou do solário de tal modo que por momentos pensei estar  a ver clones da torrada Patrocínio
- os homens portugueses são anões e ficam ridículos quando fotografados ao lado de uma mulher com mais 10 cm do que eles.

30.5.11

Querido Blogue,

Não gosto de ver unhas dos pés com manicure francesa. Não consigo evitar o pensamento: " alguém já cortava as unhacas não?"

Querido Blogue,

algum santo deve ter caído do altar hoje, porque consegui comprar no mesmo dia uma saia e um vestido.

29.5.11

Querido Blogue,

Se durmo pouco, acordo cansada e sem energia. Se durmo muito, acordo cansada e cheia de dores no corpo. Não acho isto normal, a sério que não.

26.5.11

Querido Blogue,

Se pensas que os teus pais vão parar de te chatear só porque agora já trabalhas, és independente e ganhas o teu dinheiro, podes tirar o cavalinho da chuva, porque eles arranjam maneiras novas de o fazer. Agora as perguntas: onde vais, com quem vais e a que horas voltas são acompanhadas do comentário: olha, vê lá se estafas já o dinheiro todo! Ou então, quando vais ao banco levantar dinheiro: quando é que fazes uma transferência para a conta poupança? E o meu preferido de todos: OUTRA camisola nova? (sendo que a camisola nem era nova). A única diferença é que agora podes pegar no teu dinheiro que estafaste, não transferiste e gastaste todo em roupa  e mudar-te para um sítio onde ninguém te chateia.

11.5.11

Querido Blogue,

mato por uma ida à esteticista com tudo o que tenho direito: manicure, pedicure e depilação. E se dantes o problema era não ter dinheiro para me deleitar com semelhantes luxos, agora o problema é mesmo não ter tempo para isso.

6.5.11

22.4.11

Querido Blogue,

e daqui me vou para um merecido descanso. Sem o merecido salário ainda na conta, férias de pobre, para não me habituar a grandes luxos que isto também não está para gastos. Fosse eu uma blogger decente e deixava aqui umas fotos xpto à laia de aperitivo, mas não há paxorra para estar a carregar imagens, dá muito trabalho e eu tenho sono que acordei cedo e não dormi nada de noite.
Com licença e uma Boa Páscoa, sim?

21.4.11

Querido Blogue,

vinha aqui protestar por causa da greve dos maquinistas da CP, mas entretanto foi desconvocada e fiquei sem nada para dizer. Não, mentira, por acaso não fiquei porque esta cena da greve está-me aqui entalada. Não nego o direito à greve de ninguém, antes pelo contrário, mas gostava de perceber quais os motivos que levaram a estas greves. Parece que tem qualquer coisa a ver com a forma como a CP aplicou a norma do Orçamento do Estado relativa aos cortes salariais, insurgindo-se contra a redução dos valores pagos pelas horas nocturnas, pelo trabalho extraordinário, em dia de descanso e feriados. Pois, então os senhores não apreciaram lá muito os cortes que levaram por causa do PEC. Ah, mas espera o PEC não era para todos? Era. Ah, e a CP é uma empresa pública? Sim. Ah, então e a administração da CP não cedeu perante as greves, pois não? Cedeu. A troco de quê? Pois não sei mas gostava de saber, visto que a CP tem um buraco de muitos milhões nas suas contas. Mas disso, ninguém fala. E os maquinistas ainda acham que têm direito a protestar contra uma medida que foi aplicada sobre todos os funcionários públicos menos eles que são especiais. Deve ser por trabalharem para uma empresa falida. Lindo. Depois ainda falam da tolerância dos funcionários públicos? Que sim, que também acho que não há motivo para isso, mas já que foram eles que  foram aguentando o barco nos últimos meses à conta dos cortes que levaram (excepção aos srs. da CP) e que possivelmente serão os mais sacrificados com a vinda do FMI, deixem-nos em paz que bem merecem a tarde. E não, não sou funcionária pública. 

19.4.11

Querido Blogue,

sinto-me uma anormal por precisar do carro, tê-lo à porta de casa e preferir andar de transportes e sair de casa 30 minutos mais cedo, para chegar 30 minutos mais tarde do que é costume. Sim, sou um pouco deficiente, eu sei, escusas de o dizer.

15.4.11

Querido Blogue,

a minha mãe diz que desde que comecei a trabalhar estou muito rabujenta e que caso eu não saiba não sou a única que trabalho cá em casa. Verdade, não nego. Não acho que esteja mais rabujenta apenas deixei de ter paxorra para aturar merdas dos outros. Ou dela, para ser mais concreta. E não me peçam para ser compreensiva e boazinha e que ainda tenha que ouvir as historietas diárias que ela insiste em contar com um sorriso na cara e que tenha muita pena dela. O trabalho custa a todos, mas a uns mais que outros. Eu acordo todos dos dias as 06.15 da manha e não depois das 7 como ela, saio de casa ás 07.30 e não as 08.45 como ela, faço exactamente 39, 6 km até ao meu local de trabalho e não 5 km como ela, trabalho 8 horas e não 5,5 como ela, chego a casa sempre depois das 19 e não antes das 17 como ela. Todos os dias. Não faço mais nada que não seja casa-trabalho-trabalho-casa, sendo que a única paragem que faço é só ali na segunda circular quando há transito. Portanto não me fodam, mas se estou rabujenta e mal disposta até tenho todo a direito a isso. E também tenho direito a deixar o quarto desarrumado de manha. E também tenho direito de não querer que façam do meu pc tampo de secretária e também tenho direito de dizer para não mexerem na minha mala. Ou de pedir para as pessoas falaram mais baixo ou não cantarem. E espante-se até tenho o direito de querer estar sozinha no meu quarto ao fim do dia sem ter de o partilhar com uma adolescente parva.
E a páscoa que nunca mais chega para eu ir para longe daqui. Hunf.

14.4.11

Querido Blogue,

detesto, detesto, detesto que mexam nas minhas coisas, que entrem no meu quarto comigo lá dentro e comecem a mexer nisto, a mexer naquilo, a meter as mãos dentro da minha mala como se a mala lhes tivesse agarrado ás mãos por acaso, a ver o que está em cima da cómoda ou a abrir as gavetas "distraidamente" enquanto falam ao telefone. Detesto ainda mais quando chamo a atenção e as pessoas ficam muito indignadas porque não estavam a mexer, nem a coscuvilhar, imagine-se só e para melhorar viram rapidamente o bico ao prego dizendo que eu é que devo ter segredos ou coisas que não quero que ninguém veja, o que não era o caso. Apenas não gosto que mexam nas minhas coisas e não percebo porque as pessoas insistem em fazê-lo quando estão carequinhas de saber que eu não gosto. Mas mais que mexer o que mais me irrita é a atitude que vem depois do eu não estava a fazer nada, tu é que levas tudo a mal.

13.4.11

Querido Blogue,

na semana passada mais concretamente de quarta par quinta, acordei lá pelas 4 da manha com barulho de vozes. Assustei-me, não percebi logo de onde é que aquilo vinha e fiquei à escuta. Volta e meia tornava a ouvir vozes de pessoas que percebi então que vinham do quarto ao lado, da casa do vizinho. Eu, que até tenho um sono para o pesadote, acordei com barulho vindo do quarto ao lado. Não sei o que estavam a fazer (não era sexo, nem nada que se parecesse) mas não estavam lá com muita vontade de parar. E cada vez que estava a pegar no sono, pumba, mais um ruído e despertava outra vez. E o tempo a passar. E eu que daí por uma hora ia ter de acordar, eu que ainda só tinha dormido 4 horas e eu que tenho um mau acordar do caracinhas. Ás tantas passei-me e mandei duas palmadas na parede (fiquei com a  mão meia dormente por instantes). O barulho foi tal que a minha mãe acordou a pensar que os quadros estavam a cair das paredes, mas foi remédio santo, nem mais uma palavrinha que ouvi e fez-se silêncio, fecharam o estore bem devagarinho, e meteram-se na cama. Desde aí que a coisa tem andado sossegadita mas hoje quer-me cá parecer que vamos ter festa outra vez. Se a coisa não melhora lá vai a minha mãe levantar-se outra vez a meio da noite à procura de um quadro caído no meio do chão.

12.4.11

Querido Blogue,

the poster is done. Yey! O que não é assim tão yey é que exactamente daqui por 4 horas estou a tirar o cu da cama para ir trabalhar. Shit.

11.4.11

Querido Deus dos Ordenados,

se me estás a ouvir, por favor, faz com que eu receba já no dia 21.

Querido Blogue,

Faltam menos de 12 dias para estar com ele outra vez. Vamos finalmente poder apreciar uns dias na companhia um do outro coisa que não sei já o que é desde Novembro.
Estou a 3/4 de distância de me livrar para todo o sempre de ter de voltar a olhar para a minha tese. Vamos lá atirar com isto para trás das costas de uma vez e acabar com esta dor. Já me arrependi tanto mas tanto de ter aceite este trabalho. Se o arrependimento pagasse imposto eu seria a nova melhor amiga do FMI sem qualquer problema.
Amanha acordo as 06.15 e ainda estou aqui. O pior é que amanha tenho uma pilha de papelada de cima da secretária para despachar e por este andar a produtividade amanha não estará propriamente no auge.

10.4.11

Querido Blogue,

Eu gostava tanto de parar de procrastinar.

7.4.11

Querido Blogue,

haja paxorra para fazer o caraçinhas do poster. Tou tão farta, mas tão farta, mas tão farta deste projecto que oficialmente terminou em Novembro, mas para o qual continuo a dar horas, horas da minha vida e para quê, han? Para quê? Para nada, porque quem realmente vai tirar algum partido dele não serei eu com toda a certeza. Ainda por cima de pouco ou nada me serviu andar ali a lamber, a lamber a ver se sobrava uma bolsinha para mim e nada, bem que podia esperar sentada. Ou deitada, porque sentada era capaz de ganhar calo.

6.4.11

Carta de amor ao FMI

Querido FMI,
ora sê muito bem-vindo. Por favor, nunca mais nos deixes. Nós não sabemos viver sem ti e precisamos de ti como de pão para a boca.
Como primeira medida de austeridade sugiro que feches o parlamento. Assim como assim não faz cá falta e são menos 200 macacos a mamar ordenados e ajudas de custo. O PR podes-lhe dar um chuto no cu e recambiá-lo direitinho para a casa da coelha. Não precisamos de governo. Andamos em auto-gestão aos anos. Acaba com as empresas públicas que são autênticos sorvedouros de dinheiro. Extingue as fundações, os amiguismos, os subsídios gordos para quem não os precisa.
Querido FMI, rogo-te que fiques aqui com a gente, que ponhas a justiça nos eixos, que revoluciones a educação e pares de combater o insucesso na secretaria em vez de ser na sala de aula. Acaba com auto-estradas gratuitas, quem usa tem que pagar. Fomenta o mercado do arrendamento. Acaba com as obras milionárias que não trazem riqueza. Vende os estádios de futebol, esquece o TGV e melhora a linha que temos. Melhora a rede de transportes, faz com que seja mais barato recorrer aos transportes do que ao automóvel. Pára de dar magalhães, de dar diplomas do 12º pelas novas oportunidades. Aposta nas pescas, na agricultura, estimula as exportações.
Querido FMI, eu bem sei que não és o nosso salvador nem a luz ao fundo do túnel. Tu não estás cá para nos fazer felizes, mas sonhar não custa. És um mau namorado e em vez de vires aliviar o garrote da austeridade vais apertar um bocadinho mais. Deixa lá, nós somos uma espécie de vítimas de violência doméstica. desculpamos sempre, dizemos que foi a última vez, mas depois levamos uma e outra vez. Assim somos nós contigo.
Olha FMI, faz o que tens a fazer e põe-te a andar. A gente daqui por 10 ou 20 anos vê-se outra vez.

Querida Mãe,

não, não me vou levantar 5 minutos mais cedo para fazer a cama. Acho que é suficiente levantar-me ás 6.15 todos os dias e sinceramente fazer a cama é o que menos me preocupa. Paciência. Passo exactamente 12 horas fora de casa, 8 das quais a trabalhar, 1 delas na pausa para almoço e o que sobra em viagens para cá e para lá. Infelizmente não estou a 15 minutos do meu local de trabalho como tu. Sim é só acordar 5 minutos mais cedo, mas se te incomoda assim tanto podes fazê-la tu. Afinal tens bastante mais tempo livre do que eu.

5.4.11

Querido Blogue,

Até tinha coisas giras para contar, mas agora não me apetece.

1.4.11

Querido Blogue,

está calor em todo lado menos dentro de casa.

31.3.11

Querido Blogue,

Podia falar do meu novo baton, ou do creme hidratante que comprei ontem. Podia falar das compras que fiz nas promoções da H&M. Podia falar do meu novo estágio e do contrato que assinei ontem (yey!). Podia falar do estado miserável em que se encontra este país. Podia falar do sol e do calor e da primavera e de como estou feliz por estar bom tempo. Podia, mas não me apetece. Sinto assim uma espécie de vazio que me tira a vontade de fazer seja o que for. Estou triste. Uma tristeza que não é minha mas não consigo estar feliz quando não posso partilhar essa felicidade com o meu namorado porque ele está a travessar um período difícil neste momento e eu pouco ou nada posso fazer para o ajudar. É que nem apoio moral posso dar em condições a 300 km de distância. Fico frustrada por não poder fazer nada, por ele ter de passar por isto, porque é injusto, é tão injusto e ele não merece. Fico revoltada por estas coisas acontecerem, por vê-lo por a hipótese de desistir do sonho dele, de tudo aquilo porque lutou nos últimos 3 anos e continua a lutar, mas às vezes não dá, um gajo não é de ferro e lutar constantemente contra o mundo é frustrante e tira a energia de viver a qualquer um. E por solidariedade a mim também.

28.3.11

Querido Blogue,

ando sem paxorra. Preciso de uns sapatos que não encontro em lado nenhum. Preciso de roupa para trabalhar que não gosto de vestir. Estou em plena crise de tpm e dou graças aos anjinhos por não ter começado a trabalhar esta semana, porque acho que me mandavam direitinha para casa sem hipótese de voltar. As minhas hormonas estão descontroladas e eu nem a mim me posso aturar. Vale que esteve cá o homem ontem senão acho que cortava os pulsos na banheira. Humpf.

24.3.11

Querido Blogue,

e quem é que amanha vai acordar ás 6 da matina para ir ao centro de emprego? Oh joy. É a conjugação perfeita de tudo o que me apetece para a minha sexta feira: acordar as 6 da manha e ir ao centro de emprego. Ah e sem esquecer a greve dos comboios. Ainda dizem que a malta não se esforça para arranjar emprego...dass!

Querido Blogue,

pois que estamos em crise, mas a mim só me apetece gastar dinheiro. Não posso, sei que não posso, mas sonhar não custa e só por causa das coisas vou ali jogar no euromilhões. 130 milhões... Nem precisava ser todo para mim. Sei lá, acho que só com 1 milhãozito fazia a festa.

Querido Blogue,

e pois que agora vou ali aquecer o saquinho de água quente para por no pescoço a ver se a coisa melhora. Com a vossa licença me retiro.
Até amanha.

Querido Blogue,

o governo caiu e desengane-se quem pensa que é agora que as coisas vão melhorar. Temos um PM demissionário, um PR patético e inexistente e uma oposição inconsciente num país que precisa urgentemente de estabilidade. Esperança ao fundo do túnel, não vejo. Vejo um país e uma geração com o futuro completamente hipotecado.

22.3.11

Querido Blogue,

uma pessoa esforça-se, quer ser saudável, quer ficar em forma e o que é que recebe em troca desse esforço: um torcicolo. Um torcicolo daqueles em grande e em bom que me deixam de cama e cheia de dores. Ninguém merece.

21.3.11

Querido Blogue,

como sempre fui magra nunca precisei de me preocupar com o que comia nem de ter grandes cuidados com o meu corpo. Também nunca fui pessoa de fazer exercício físico e o fim das aulas de educação física foram para mim uma autêntica bênção. O esforço, o suor, as dores, não são coisas com as quais eu me dê bem. Sempre fui completamente sedentária e desde os meus 18 anos que o máximo de exercício que fiz foi correr para o comboio. Sempre me considerei uma pessoa saudável e como a minha silhueta nunca me inspirou muitos cuidados nunca consegui perceber o objectivo de me enfiar no ginásio a cansar o corpo. Nem o maluquinho do exercício físico que é o meu namorado me conseguiu convencer a ir com ele e o meu exercício preferido continuou a ser fazer zapping no sofá.
Apesar de magra, sempre tive alguns complexos com o meu corpo que não incluíam celulite, ou flacidez, ou partes moles e gelatinosas. Até que por esta altura no ano passado apanhei um susto enquanto experimentava roupa num provador. A celulite tinha tomado conta das minhas coxas e o meu traseiro, que um dia fora rijo, estava mais mole que gelatina em dias de calor. Convenci-me que pouco ou nada poderia fazer contra o facto de o meu corpo já não ser o que era e resignei-me a continuar no sofá. 
Feliz ou infelizmente começou a crescer em mim um certo incómodo com o que se passava ali nas minhas pernas e não sei se inspirada pelo The Biggest Looser, se por outra coisa qualquer comecei a convencer-me que ficar no sofá talvez não fosse a solução. Comecei a procurar planos de treino e a ideia de frequentar um ginásio deixou de parecer tão descabida. Resolvi que assim que arranjasse um emprego iria inscrever-me num ginásio e que até lá podia dar umas corridinhas aqui pelo bairro. Depois a preguiça voltou e achei que para correr precisava de uns ténis XPTO que fossem adequados para correr. É verdade que preciso e que devia usar uns, mas depois de mais umas semanas a anhar no sofá, caí em mim e percebi que os ténis eram só mais uma das minhas desculpas. 
Hoje comecei o meu treino. Fiz o aquecimento e lá fui eu. A ideia era começar com uma marcha acelerada e depois começar a corrida bem devagarinho. Devo dizer que estou em pior forma do que aquilo que achava. Dez minutos em marcha rápida e estava literalmente K.O. Fiz os alongamentos e voltei para casa. Não foi o começo que eu achava que ia ser mas foi um começo. Amanha há mais. Entretanto, tenho a certeza que logo à noitinha dormirei como um bebé.

Querido Blogue,

não consigo deixar de me sentir hipócrita sempre que aceito com alegria o dinheiro que a minha avó me dá.

19.3.11

Querido Blogue,

neste belo fim de semana de sol do qual poderia desfrutar alegremente passeando por esse país,  irei visitar a minha rica avózinha que é só a pessoa mais má e mais ruim que alguma vez conheci na minha vida. Ninguém merece, mas cada vez me convenço que estou a pagar por algo muito mau que devo ter feito numa vida anterior.

16.3.11

Querido Blogue,

here we go again. Eu e os sapatos. Se calhar devia criar uma rubrica com este nome. Não, não tenho nenhum fetiche de adoração por sapatos, ao contrário de 99.9% do resto das mulheres. Eu sofro dos pés. Eu sofro muito dos pés. Não, não sofro de mau cheiro ou outras coisas desagradáveis e/ou nojentas. Eu sofro dos pés porque tenho uns pés delicados, sensíveis. Qualquer sapato mais duro, mais desconfortável é coisa para me por os pés em fanicos. Aliás tenho para mim que a cinderela devia ter cascos no lugar dos pés, porque se tivesse uns pés como os meus nunca conseguido dar dois passos naqueles sapatos de cristal quanto mais dançar uma valsa. 
Neste momento encontro-me em missão impossível - encontrar os sapatos ideais. Preciso de uns sapatos sóbrios, elegantes e bonitos, sem abertura à frente que o dedão não precisa de arejar, confortáveis, que não me deêm cabo dos pés, e com um salto com menos de 7 cm. Começo a perder a esperança.

15.3.11

Querido Blogue,

se eu for ao blog de uma dessas pseudo-fechionistas portuguesas que andam por aí e disser tão educadamente quanto me for possível que a acho ridícula bem como ao respectivo blog, será que isso faz me mim má pessoa?

Querido Blogue,

Não gosto quando me ligam de associações que eu nunca ouvi falar na vida a contar casos de meninos e meninas que eu nem sei se existem a pedir donativos. Ou quando me ligam a oferecer prémios que depois tenho de ir levantar numa sala fechada a sete chaves e de onde só me deixam sair depois de comparar um colchão por 5000€. E ainda gosto menos quando eu digo educadamente que não estou disponível para contribuir ou que não estou interessada e a pessoa que está do outro lado se torna agressiva e mal educada. Uma vez fui insultada por alguém que queria que eu fosse fazer um rastreio ao avc e eu disse que cá em casa as pessoas quando queriam fazer análises iam ao médico. Normalmente ignoro e desligo o telefone. Mas há dias em que fico irritada e aí não me controlo e a boa educação vai-se num instante. Aí a gaja do guetto que há em mim salta cá para fora e não é bonito de se ver.

14.3.11

Querido Blogue,

Sábado estive na manifestação. A primeira em que participei (se não contarmos com as duas manifestações de professores a que acompanhei a minha mãe). A minha mãe, e o meu pai e a minha irmã acompanharam-me porque afinal esta manifestação acabou por ser mais do que a manifestação da geração à rasca. Tornou-se numa manifestação de protesto dos portugueses contra o estado a que este país chegou. Há quem diga que eramos 50 000, 80 000, 200 000 ou 300 000, não sei. Éramos muitos. Podíamos ter sido mais.

Dias antes da manifestação abordei alguns amigos e colegas de curso se teriam intenção de participar juntamente comigo. A resposta foi típica e digna de uma canção dos Deolinda: agora não que me dói a barriga, agora não que joga o Benfica, agora não que o meu pai não quer, agora não que falta um impresso, vão sem mim que eu vou lá ter... Típico. Aliás a pessoa que melhor feedback me deu, foi a pessoa que melhor está na vida, algo irónico não?

Mas eu fui. E fui porque acredito nas motivações que levaram a esta manifestação. Não sou da opinião que o estado tenha que criar trabalho para toda a gente, porque sinceramente não acredito que precisemos de 50 licenciados em literatura e estudos camonianos ou algo do género, mas acho que o estado e os políticos têm obrigação de fazer melhor e de garantir que quem trabalha e que e quem quer trabalhar o faz em boas condições e é devidamente remunerado por isso, sem ser explorado. Fui à manifestação porque estou contra todo e qualquer tipo de exploração, contra a precariedade, contra o uso e abuso dos recibos verdes, contra a falta de protecção social dos trabalhadores a recibos verdes, dos bolseiros de investigação, de mestrado e de doutoramento que trabalham muito e são muito pouco reconhecidos por isso - a investigação científica está pela hora da morte e ninguém pode ficar a viver a vida inteira na incerteza de vir a ter ou não uma bolsa no ano seguinte.
Já aqui disse que nunca tive tão pouca esperança o futuro, mas no sábado assisti a algo fantástico que gostava sinceramente que não se traduzisse no completo esvaziamento e não-inscrição por parte de quem tem poder para fazer algo e mudar isto. O povo esteve na rua. Deve querer dizer algo, não?

10.3.11

Querido Blogue,

deixei-te ao abandono. Nada de notável se passou para que tal tenha acontecido, mas a verdade é que consegui juntar na mesma semana, o carnaval (que detesto), o meu aniversário (que não aprecio por aí além) e a maior crise de TPM desde que há memória e como a situação era potencialmente explosiva, nada melhor que tirar uns dias e mudar de cenário. Ainda sem grande vontade, mas acho que aos bocadinhos vou estando de volta.

25.2.11

Querido Blogue,

quem me manda a mim falar antes de tempo? Devia morder a língua, para aprender a esperar e a ficar calada em vez de dizer alarvidades.

24.2.11

Querido Blogue,

Não acredito que perdi uma oportunidade de estágio para um gaja do ISEL. Não me conformo. Era um estágio tão lindo, ficava-me tão bem, era uma oportunidade tão boa, o ordenado era tão bonito (2 salários mínimos...oh joy!), o horário fantástico (9 às 6... perfect!), e vem aquele mono do ISEL, SÓ com a licenciatura de 3 anos e fica-me com o estágio....porquê meu deus, porquêêêêêêê?

Querido Blogue,

Já cheira a Primavera.

23.2.11

Querido Blogue,

I´m done waiting. Vou ali ler um livrinho para relaxar. Amanha é um novo dia para recomeçar.

Coisas que me mexem com os nervos

Estar à espera de uma chamada, daquelas importantes e ela não chegar. Pareço uma neurótica a olhar para o telemóvel de 5 em 5 minutos. Fuck.

22.2.11

Querido Blogue,

último e derradeiro comentário sobre este assunto.
Se ninguém se mexe e se ninguém reclama é porque somos uns acomodados que têm tudo na vida e que não se queixam de nada. Se a malta se queixa, se identifica com alguma coisa, com uma música por exemplo, se a malta começa a escrever sobre o assunto em blogs, se consegue por a comunicação social a falar no assunto e quiça trazer essa discussão até ao resto da sociedade é porque se queixam de barriga cheia porque "eu quando comecei a trabalhar ganhava dezasseis contos, oitenta euros e vocês agora querem logo ganhar mil só porque tiraram um curso superior"? Onde é que eu já ouvi esta história? A sério? E eu tenho que me sentir mal porque estou a reclamar de estágios não remunerados e ordenados pagos mal e porcamente quando há pessoas muito piores do que eu que só recebem o ordenado mínimo e que se fartam de trabalhar para por comida na mesa? Claro que há, sempre houve e sempre haverá, mas cada um queixa-se onde lhe dói e eu posso queixar-me porque fartei-me de estudar, queimei muitas pestanas, perdi muitas horas de sono, perdi muitas horas de vida, muitos jantares, muitas festas, muitos concertos para ter o cabrão do canudo e mereço melhor que um estágio não remunerado, ou que uns míseros 500 euros por mês. Por isso todas as pessoas que acham que faço parte de uma geração de putos mimados podem ir à bardamerda. Estou-me completamente a cagar para a vossa opinião de pequenos burgueses, que já se esqueceram de como se sente indignação.

Querido Blogue,

Acabei de mudar a localização da aplicação de meteorologia do  meu ambiente de trabalho. Todos os dias olhava para lá na esperança de um dia lá voltar. Pelos vistos não será tão cedo.

Querido Blogue,

A H&M tomou o lugar da Zara no meu coração. Excepção feita ás malas e sapatos.

Querido Blogue,

pelo rebuliço que oiço no quarto ao lado (o meu quarto pega com o dos vizinhos), tenho a certeza que o meu vizinho está nu e anda a correr atrás da minha vizinha, que é uma imagem bem bonita de se ter na cabeça antes de adormecer.

21.2.11

Querido Blogue,

a minha mãe ás vezes irrita-me. É só ela, ela, ela, e mais ela. A partir do momento que chega a casa, só os problemas e os dramas dela interessam. Só ela é que tem coisas para contar do dia dela. Cansa-me. Porque hoje foi um dia importante para mim e o centro das atenções deveria ter sido eu.

18.2.11

Querido Blogue,

Até agora consegui manter a resolução de ir ao cinema uma vez por mês (gostava até de ir mais, mas os bilhetes são caros e eu estou desempregada). Falhei na resolução de ler um livro por mês. Comecei a ler o Caim no comboio para o Porto, mas não o cheguei a terminar. Também tenho conseguido manter-me fiel à resolução de não cortar o cabelo, apesar de ás vezes bem me apetecer. Todas as outras resoluções estão em stand-by até que eu passe a receber um ordenado mensal.

17.2.11

Querido Blogue,

Não há saltos que resistam a esta maldita calçada. Salto só para quem entra no carro à porta de casa e sai à porta do destino. Para andar por aí nem que seja para passear? É para esquecer. Isto já para não falar do problema que é arranjar uns sapatos com salto que tenham menos de 11 cm. A sério. Lá há quem aguente um dia todo montada de cima daquilo? O pior mesmo é que as alternativas são sapatos feios e eu não consigo perceber porque é que os sapatos mais bonitos são sempre os de salto mais alto. E já nem falo do facto de eu ficar com mais de 1,80 se calçar uns sapatos desses. Sinto-me uma torre eiffel no meio dos anõezinhos que são os portugueses em geral. Eu já tenho tendência para andar curvada, se usasse uns sapatinho desses andava a arrastar as mãos pelo chão de certeza.  Já se percebeu que tenho um problema com saltos, certo. É com saltos e com calças de fato. Todas as calças de fato me fazem rabo de velha e o problema não está no rabo que a genética é boa e modéstia à parte o rabo é bem feitinho, mas aquelas calças são o terror. E pronto era isso, sapatos com saltos que se possam usar, abolição da calçada portuguesa, fora com as calças que fazem o rabinho feio. E mamas que se vejam já agora. Ainda dizem que ás magras tudo fica bem. Dass...

16.2.11

Querido Blogue,

estou a preparar-me para uma entrevista de emprego.


Por que é que o havemos de contratar?
Porque eu preciso do dinheiro e vocês precisam de quem trabalhe. É uma win-win situation.
Porquê a sua opção por esse curso?
Porque não entrei na primeira opção.
Quais as razões pelas quais concorre a este emprego?
Porque como toda a gente neste mundo preciso ganhar dinheiro para poder ter uma vida e tornar-me independente e sair de casa dos meus pais.
O que sabe sobre a nossa empresa?
Basicamente aquilo que li na net para preparar esta entrevista. 
Também está a candidatar-se a outras empresas?
Pergunta óbvia né?
Como vê a evolução da sua carreira?
Espero chegar a patroa daqui por uns aninhos e por os outros a trabalhar para mim.

Quais os seus pontos mais fracos e mais fortes?
Perfeccionista. Teimosa. Preguiçosa. Já chega ou basta ficar por aqui?
Com que tipo de pessoas tem dificuldade em colaborar?
Totós. Atados. Idiotas. Pessoas muito teóricas e pessoas que seguem sempre as regras. Pessoas com a mania que sabem tudo. Infelizmente trabalhei com muitos ao longo dos meus tempos de estudante.
Prefere trabalhar em equipa ou ser independente?
Independente. Não há nada como só depender de mim própria.
Prefere um horário das 9 às 7 ou nem por isso?
Das 9 ás 5, please.

Consegue imaginar-se numa função de liderança?
Oh yeah baby! (Por acaso até não. Não curto muito mandar nos outros)


Esta é a versão honesta. Agora vou ali inventar umas respostas para a versão politicamente correcta.

Querido Blogue,

detesto comprar gato por lebre, quando ainda por cima a culpa é minha porque deixei que me impingissem o gato quando eu queria mesmo era a lebre.Ee se não havia não devia ter ido na conversa: ah mas leve este aqui que é igualzinho, igualzinho, mas tão igual que quase podiam ser gémeos. Well, se fossem mesmo iguais eram os dois lebre e não gato. Isto porque feita estúpida comprei um verniz que era tal e qual, igualzinho ao renda da risqué e no fim vai-se a ver e mais valia pintar as unhas com corrector do chinês.

Querido Blogue,

Não me sinto nada bem na minha fatiota das entrevistas de emprego. Demasiado formal para mim. Mascarada de engenheira. Detesto.

15.2.11

Querido Blogue,

eu queria pensar mas não consigo porque assim que a minha mãe chegou começou a contar o dia dela aos berros. Literalmente. Precisa-se mãe com regulador de volume.

Coisas que me deixam feliz

passar das 18 horas e ainda haver luz na rua.

Queridos leitores (está aí alguém?),

dicas para entrevistas de emprego alguém tem?

Hum? Anyone?

Querido Blogue,

aproveito a hora de almoço para referir que o melhor do dia de ontem foi mesmo o jantar melhorado que a minha mãe fez:
Açorda de marisco
Morangos com chantilly
Tarte de feijão

Querida Mary,

esta mensagem é para ti. Epah,
vai trabalhar!
Tens coisas para fazer, artigos para escrever, desanda do blog e faz-te à vida. Dass!

(mensagem de mim para mim, para ler amanha quando  me lembrar de vir ao blog só 5 minutinhos para ver as novidades)

14.2.11

Querido Blogue,

faz hoje 5 anos que ele me levou a jantar fora pela primeira vez (piroso eu sei!). Eu deixei-o escolher o restaurante e ele levou-me à Botica em Santos porque aquilo era "muita louco" (eu nunca tinha ido à Botica). Comemos bifes frios e dividimos a conta. Fomos ao cinema, saímos a meio do filme e fomos beber um copo. Bebemos uma Stout. Ele levou-me a casa naquele tanque de guerra que ele conduzia na altura. Foi o segundo encontro. Foi o encontro que fez a diferença.

13.2.11

Querido Blogue,

Só quero que este domingo chegue ao fim bem depressa, para me poder meter na cama e dormir porque sinceramente estou farta e cansada.

Querido Blogue,

eu não queria falar sobre isto mas ontem à noite não consegui dormir porque pus-me a pensar nisto e só eu sei que muito poucas coisas neste mundo são capazes de me tirar o sono.
Adiante, pelo que me apercebi a música nova dos Deolinda gerou por aí sentimentos contraditórios: há os que aplaudem de pé quando a ouvem e os que acham que em vez de aplaudir músicas destas, se estamos descontentes, devíamos era levantar o cu do sofá e ir apupar para a frente do parlamento. I´m with both sides. No entanto, fez-me um bocado de confusão e nervoso miudinho alguns posts que li por aí de contra-reacção a esta música. Que sim, que somos preguiçosos, que queremos as coisas de mão beijada, que os papás nos dão tudo, e por aí fora. Concerteza que sim, que haverá muita gente dessa por aí que prefere ficar em casa a choramingar ao som da bela da música, mas gente dessa sempre houve e sempre haverá e concerteza não será um problema exclusivo desta geração, mas sim uma coisa transversal. Outra coisa que reparei, é que  o coro que se levanta contra a música dos Deolinda também pertence a uma determinada geração. A geração antes da minha, com 30 ou mais anos, e que neste momento tem uma vida quase estável, com contratos de trabalho melhor ou pior remunerados, mas que efectivamente tem trabalho e até já conquistou alguma coisinha na vida (estabilidade, férias, carro, casa...). Não nego que tenham trabalhado que nem mouros para poder chegar ter essas coisas, mas a sério que não me parece que tenham o direito de criticar quem se reviu e revê naquela música. Eu não me revejo nem deixo de me rever. Tudo o que sei é que nunca tive tão pouca esperança no futuro como tenho agora. E não devia ser assim. Deveria estar agora a iniciar a minha vida, aspirando a um futuro confortável e a uma situação de trabalho não precária. A realidade, é no entanto bem diferente disto. Vejo ofertas de emprego miseráveis, contratos precários, recibos verdes. Vejo pessoas com cursos superiores a aceitarem empregos de merda, salários de merda, vidas de merda, porque têm contas para pagar e entre a precariedade e o desemprego escolhem a precariedade. Vejo patrões a aproveitarem-se disso, a explorar, a preferir não investir, não inovar, não empregar gente qualificada, porque sinceramente isso pouco lhes importa desde que consigam comprar o seu ferrari ou o seu porche. Vejo professoras a fazer limpezas porque não tiveram colocação, vejo engenheiros a vender pipocas e não consigo deixar de pensar que há qualquer coisa de muito errado aqui. Levantar o cú do sofá e protestar? Contra quem? De quem é a culpa? Dos patrões? Do estado? Do país? Dos meus pais que quiseram um futuro melhor para mim e me ensinaram que para vir a ter uma vida melhor no futuro devia investir na minha formação? Dos Deolinda que criaram uma música que incomoda muita gente? Chamem-me o que quiserem mas dia 12 de Março eu vou lá ter.

12.2.11

Querida Inditex,

Diz-me se por um acaso achas que a cor  de cocó destes sapatinhos alguma na vida terá parecenças com a bonita cor nude dos sapatinhos lá de baixo? Achas sinceramente que sim??
Posto isto, estou e estarei de relações cortadas contigo e declaro que não tornarei a olhar para as bonitas peças de roupa da tua colecção online porque sinceramente tu abusas do photoshop e isso deixa-me desiludida assim que lhes meto as mãos de cima. Foi bom enquanto durou. Adeus!

11.2.11

Querido Blogue,

Desde domingo que não ponho a pata na rua. Só para estender roupa mas isso não conta. Não é de admirar que esteja assim a atirar para o amarelado-acinzentado. Blheck!

10.2.11

Querido Blogue,

é mais ou menos assim:
Pesquisa de trabalho 0 -  1 Pesquisa na Asos

Querido Blogue,

de repente toda a gente se lembrou que não gosta de Deolinda.

9.2.11

Querido Blogue,

acho completamente imoral que uma empresa líder da indústria farmacêutica, das poucas que há neste país, tenha necessidade de perguntar no formulário de candidatura qual o vencimento base ilíquido que se pretende receber com carácter de resposta obrigatório.

Querido Blogue,

11 páginas, sem abstract, sem introdução e sem conclusão. Poder de síntese não é o meu forte.

Querido Blogue,

estava ontem em modo calimero, cheia de pena de mim própria a enviar um mail à minha melhor amiga que está na Holanda, a choramingar-me toda por mim abaixo, quando me apercebi que tenho duas das pessoas mais importantes da minha vida longe de mim. Ninguém merece, senhor, ninguém merece!

8.2.11

Querido Blogue,

a minha tese foi um parto difícil. Sangue suor e lágrimas, credo muitas lágrimas. A semana antes da entrega foi passada sob o efeito da adrenalina que me corria a toda a velocidade no sangue e ainda não acredito em como não me deu um badagaio (palavrinha que sempre quis usar!). E depois da entrega foi basicamente atar e por ao fumeiro que é como quem diz: entreguei, apresentei, imprimi versão definitiva, entreguei versão definitiva, isto tudo sem tempo para respirar ou para pensar. E depois de todo o meu esforço ter sido reconhecido com a merecida nota, chutei os restos da tese para canto e não quis saber mais da coisa para nada, quero-lá-saber-já-tá-entregue-aleluia-que-já-acabei-o-curso-numa-destas-não-me-meto-tão-cedo. E apesar de ter gostado do trabalho que fiz ganhei-lhe um ódio de estimação sei lá porquê, mas que de certeza que está relacionado com o facto de ter sido um parto tão difícil, como já disse. JFYI (sigla nova, guess what?) ainda nem me dignei a fazer para mim uma versão bonitinha da tese com a capa XPTO da versão definitiva. Isto não seria grave caso eu não tivesse trabalho para fazer relacionado com a tese. Que tenho. Um belo dum poster a ser apresentado numa bela conferência para a qual tenho de escrever um belo artigo de 4 páginas. Nada de grave, não vomitasse eu a tese pelo olhos. Posto isto, não admira que tenha andado tantoooo tempo para começar a bosta do artigo. Porque só de ter de olhar para aquela merdinha outra vez fico doente. O que vale que metade das coisas já estão na tese e não é trabalho para começar do zero. Ainda assim muito texto terá de ser apagado, editado e rescrito. "Ah, mas é bom, é trabalho publicado, muito bom para ti!". "Yeah right! Mas não me dá dinheirinho para comprar sapatos e roupa" (a parte de por comida na mesa ainda é da responsabilidade dos meus pais, até ao dia em que eles vão a trancar a despensa e o frigorífico para ver se eu saio cá de casa, mas isso é outra história e fica para outra vez que o post já vai longo e eu já devia ter fechado parênteses). E trabalhar para aquecer não é para mim, apesar do frio que tem feito.

Querido Blogue,

ás vezes o monstro mau que vive dentro de mim tem ganas de ir por esses blogs afora, especialmente os das pseudo-féchionistas-com-a-mania-que-têm-muito-estilo, deixar comentários maldosos. O monstro bom vence sempre e acabo cheia de pensamentos peace and love, cada um é como cada qual e se as pessoas querem andar a fazer figuras tristes convencidas que têm muito estilo, só porque têm muitos comentários a gabar-lhes o outefite, quem sou eu para cortar o barato de cada um? É deixá-las e rir-me para dentro.

Querido Blogue,

A maior mentira que está no meu CV é que sou uma pessoa organizada. Não sou. Sou o caos em pessoa, trabalho no meio da maior desorganização e desarrumação, nunca sei onde pus aquele papel super importante e tenho pavor de cumprir prazos. Posto isto não é de estranhar que tenha tido um mês para escrever uma porra de um artigo de 4 páginas e a dez dias do limite para a submissão ainda não o tenha sequer escrito quanto mais enviado para que algum dos meus orientadores o tenha revisto. Estou portanto a começar agora!

Querido Blogue,

está um belo dia para ser passado na caminha.

Querido Blogue,

estes bebés vão tão ser meus.

Filomena Cautela,

que raio tens tu vestido hoje, melhér?

6.2.11

Querido Blogue,

estou perigosamente perto de abrir uma conta no paypal e de me arruinar por completo nas lojas online.

5.2.11

Querido Blogue,

tenho saudades dos fins de semana de sossego. É que com uma adolescente acossada pelas hormonas e uma mãe e um pai pré-menopáusicos/adropáusicos (igualmente acossados pelas hormonas mas num nível diferente)  em casa, não há quem aguente tanta mudança de humor.

4.2.11

Querido Blogue,

Hoje apetecia-me por um vestido [que não tenho] e [estrear] os meus sapatos de salto alto, por o bâton cor de cereja [que ainda não comprei], arranjar o cabelo num bonito apanhado [que não sei fazer] e sair para dançar e ver gente bonita [que não sei onde está].

Querido Blogue,

estou exausta. Tenho andado a adiar a procura de emprego, não porque não queira trabalhar, mas porque não quero trabalhar aqui. Não quero ficar em Lisboa. E sei que se começar a procurar emprego, mesmo que procure noutros sítios, o mais certo é acabar por ficar aqui. E eu não quero porque não suporto a ideia de ficar 2 anos e meio longe dele. A 324 km de distância e a vê-lo uma vez por mês. Não quero. Não quero começar a trabalhar e ficar em casa dos meus pais, quero a minha vida, a minha independência, quero começar a construir a minha vida ao lado dele de preferência já hoje. E dói-me no coração saber que isso muito provavelmente não será possível tão cedo. Por isso ando aqui, a procrastinar, a adiar, a atrasar a minha vida, sabendo que não estou a fazer nada, mas ao menos também não estou a fazer nada para ficar longe dele. E esta merda está a dar cabo de mim.

3.2.11

Querido Blogue,

Gosto de fotografia. Vai daí que aos meus 20 anos (not so long ago) achei que tinha queda para a coisa e vai de me armar em repórter fotográfica e querer fazer fotografia mais ou menos artística. Fora umas poucas boas ideias que tive e que até deram coisas giras, a sede passou-me rápido e deixei-me disso. Não obstante, continuo a gostar de fotografia, mais como fotógrafa do que como pessoa fotografada - a verdade é que por mais que gostasse não sou fotogénica  e para me sair uma foto menos má é preciso tirar 10 péssimas com direito a delete automático - a câmara e eu não nos damos. Gostava de ser como aquelas pessoas que conseguem sempre ter fotos fantásticas dos sítios por onde passam, cheias de bons momentos para recordar. Eu não consigo ser assim. Assim não é de admirar que não tenha fotos para mostrar do maravilhoso pequeno almoço continental do hotel onde fiquei no fim-de-semana, ou que não tenha fotos de deixar água na boca do fantástico brownie de chocolate com gelado de baunilha e cookies coberto por chocolate negro belga que comi ao lanche na segunda feira. Gostava de ter, mas não tenho. Resta-me apenas ficar com a recordação desses momentos que por muito bonita que possa ser hoje, acabará por se desvanecer com o tempo. E isso ás vezes quase que me deixa triste.

The White Stripes

Chegaram ao fim sem que eu nunca os tenha visto ao vivo.
Snif.

2.2.11

Querido Blogue,

O meu pai todos os dias me pergunta quantos currículos enviei. Das coisas com mais mal lido é com a pressão, detesto que me pressionem. Eu tenho o meu timing, preciso do meu espaço e não suporto ser apressada. O que acaba por acontecer quase sempre é o oposto do que as pessoas querem que aconteça: perco a vontade, desmotivo, demoro mais tempo. Adivinhem lá o que é que tem acontecido ultimamente?

31.1.11

Querido Blogue,

O que me custa não é ter saudades dele todos os dias. O que me custa e o que realmente me faz doer o coração é ter de dizer adeus de cada vez que um de nós tem de partir.

28.1.11

Querido Blogue,

este fim-de-semana é nosso.

Meu e dele. 
(se não contarmos com as 33 pessoas que vão estar no jantar de amanhã...damn!)
(ah! e somos obviamente mais giros do que os da foto...)

Querido Blogue,

Editora de moda da vogue Portugal=desilusão. Credo! Pensava eu que para se trabalhar numa coisa destas era preciso ser uma Emmanuelle Alt ou uma Anna dello Russo, sei lá, pessoas cheias de glamour, sempre bem arranjadas. Afinal não, até eu nos meus piores dias tenho melhor ar.

Querido Blogue,

Não há paxorra para fazer a depilação no Inverno. Está frio, demora muito, dói e o efeito sobre a minha auto-estima é nulo porque no inverno raramente vejo as minhas pernas.

27.1.11

Querido Blogue,

Os senhores da CTT Expresso devem ser burros. Segunda vez que me vêm fazer uma entrega, segunda vez que eu estou em casa à hora que eles vêm, segunda vez que me metem um papelinho na caixa do correio a dizer que o destinatário estava ausente, segunda vez que tenho de me deslocar àquela estação de CTT odiosa onde se ganham cabelos brancos e se perdem horas de vida. Bof.

26.1.11

Querido Blogue,

estou a ficar mesmo muito farta do meu vizinho. É que já nem sequer é só a música azeiteira que ele mete durante a tarde em altos berros (o chão até vibra!) é a falta de respeito para com os outros. É fazer barulho até altas horas na noite sem qualquer respeito para com o descanso dos outros. A sério, há limites e eu estou a atingir os meus. Tem de haver alguma coisa que se possa fazer para proibir esta gente de incomodar os outros. Gente desta não devia morar em prédios - as barracas seriam sítios muito mais apropriados.

25.1.11

Querido Blogue,

eu já lyoncifiquei o meu nome e tu?

Querido Blogue,

A questão que se põe é: What am I waiting for? A certain shade of green?


Remember when you procrastinate you choose last.

Querido Inverno,

será que podas ir embora e levar o frio e a chuva e os dias cinzentos?

24.1.11

Querido Blogue,

Não estou preparada para mais 5 anos disto. Haja saúde e bolo rei.

23.1.11

Querido Blogue,

apesar de sempre me ter considerado uma cidadã consciente dos meu deveres e de sempre ter votado responsavelmente no sentido de tornar este país um bocadinho melhor hoje votarei no candidato que esteve à altura daquilo que foi esta campanha política e daquilo em que este país se está a tornar: UMA PALHAÇADA. É esta a minha maneira de protestar e mostrar o meu desagrado perante a política que se faz neste país.

20.1.11

Querido Blogue,

sabes que a tua vida é um degredo quando o ponto alto do teu dia é tomares banho e vestires-te para ir à rua.... actualizar a caderneta...da tua mãe.

Querido Blogue,

isto tem que parar. Levantar-me ao meio-dia é um completo desperdício do meu dia.

Querido Blogue,

o que raio será:  remuneração compatível com a função a desempenhar? É que eu gostava muito de saber.

19.1.11

(esta porra mais parece o consultório sentimental, pah!)

Estou a pensar seriamente escrever para a Maria e perguntar-lhe o que ela acha.

Querido Blogue,

ele faz anos e a mãe dele já me convidou desde o Natal (mais de uma mês antes) para a festa de anos dos 25 anos dele. Hoje ele diz-me: queres ir para minha casa ou ficar no hotel? E eu fiquei completamente enconada porque presumi desde o primeiro dia que era para ficar em casa dele apesar de a cena de dormir em casa dele e acordar de manha com os pais dele lá e eles a verem-me toda descabelada e cheia de remelas e restos de baba me fazer um bocado de confusão, mas pronto o nosso namoro já dura há mais tempo que alguns casamentos e presumi eu que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde quando fossemos um casal casado ou amigado (leia-se a morar na mesma casa). Eu respondo que não sei, e perguntei-lhe o que ele achava, ele disse que se calhar para eu estar mais à vontade podia ir para o hotel. Pôs-me à vontade para ir para um hotel, mas não me pôs à vontade para ir para casa dele. Eu sendo como sou jamais me imporia na casa de alguém sem ser convidada. No entanto, sinto-me muito mal nesta história toda, mais do que se ficasse a dormir em casa dele. No meio disto tudo não sei o que fazer e só não quero que a mãe dele se sinta ofendida por eu ir para o hotel em vez de para casa deles. E agora, o que é que eu faço?

Querido Blogue,

enquanto o país anda entretido com o Carlos Castro, a campanha presidencial, os ladrões que fogem aos polícias, os sindicalistas presos e o Sócrates que diz que não foi vender a dívida pública aos árabes acontecem coisas bonitas como esta. Mais um ataque aos direitos dos trabalhadores. E o governo até apoia. Lindo.

Querido Blogue,

tenho muito pouca tolerância à incompetência e não suporto ser mal atendida ou que me prestem um mau serviço. Infelizmente em Portugal reclama-se pouco e muitas vezes pelos motivos errados. Usei uma vez o livro de reclamações porque infelizmente tenho a ideia que de pouco ou nada serve e no fim tudo fica em águas de bacalhau, tal como pude vir a constatar. Apesar de não reclamar oficialmente, muitas vezes não consigo ficar calada acabando sempre por mostrar o meu descontentamento mesmo que de pouco me sirva. Isto porque cheguei agora do médico e vou ter de repetir uns exames. Uns exames que foram feitos no local que ele me recomendou, mas que segundo ele estão mal feitos. Então é assim, uma pessoa vai ao médico, ele descobre um problema e manda fazer exames, a pessoa faz os exames, marca consulta para mostrar os exames, os exames estão mal feitos tem que repetir, marca novos exames, marca nova consulta. Começo a ficar farta, porque esta brincadeira já me está a sair cara e eu tenho mais que fazer do que andar todas as semanas a correr para o consultório do médico. A sério não tenho paxorra. E não me parece bem que tenha de pagar por novos exames, quando o médico diz que não foram bem feitos. Eu não tenho culpa e não ando a pagar para me fazerem exames mal feitos. Se houve incompetência de certeza que não foi minha. Mas eu ainda me hei-de fazer de parva e dizer como quem não quer a coisa que não tenho que pagar por exames mal feitos. Mesmo que depois os pague. Calada é que eu não fico. E gosto pouco que me façam de parva.

18.1.11

O melhor post sobre os golden globes

aqui.

Querido Blogue,

quase que tenho saudades de ter exames e de estudar para eles.

Querido Blogue,

descobri o pior blog de sempre no que toca a outfits diários. Tem 68 seguidores. E só tem comentários bendizentes. Por momentos duvidei do meu bom gosto. Felizmente esse lapso cerebral durou apenas alguns segundos e não o problema não está em mim. Não sei o que é pior se os outfits que conseguem incluir todas as tendências, se o cabelo olhem-para-mim-sou-tão-loura-só-que-tenho-a-raíz-preta, se o facto de usar dois relógios no mesmo pulso, se aquelas sobrancelhas esquisitas (oh my god o que são aquelas sobrancelhas?), ou aqueles lábios em prateado e as meias grossas com sandálias... Mau gosto em estado puro.

Querido Blogue,

o meu signo continua a dizer para ser contida nos gastos. Ora que porra, mais valia ter mudado de signo. É que assim não há condições.

Querido Blogue,

ando sem paxorra.  Depois de um fim-de-semana recarregador de baterias com direito a muito sol e praia (vitamina D precisa-se) os winter blues desceram em mim e decidiram não me largar. Tenho tantas saudades do cabrão do Verão como se ele fosse um amigo meu que foi passar uma temporada fora e que não vejo há mais de 1 ano. Preciso de sol e praia e calor como de pão para a boca. Estou farta dos collants, das botas, dos casacos grossos, das golas altas, dos cachecóis, das camisolas grossas. Quero roupas frescas, fluídas, coloridas, pernas de fora, aquele tom de pele saudável. Quero esplanadas à beira rio, quero sol até ás 8 da noite, quero cheiro a protector solar e a maresia, quero levantar-me da cama com vontade e não ficar debaixo dos lençóis a manha inteira porque lá fora está frio. Quero que o verão chegue rápido e que leve os winter blues daqui para fora.

14.1.11

Querido Blogue,

fui assaltada por uma dúvida ao ler os dois últimos posts: prospecção e colecção como se vão passar a escrever com o novo acordo? É que toda a gente fala nele mas ainda ninguém se chegou à frente a explicar ao povinho (serviço público cadê?) o que é que afinal vai mudar.

13.1.11

Querido Blogue,

que se lixem os saldos. Venham mas é as novas colecções!

12.1.11

Querido Blogue,

exactamente 29 dias depois de ter finalmente terminado o meu curso começo a procura de emprego à séria (sim, até aqui andei a fazer uma fraca prospecção de mercado). Agora é hora de arregaçar as mangas e fazer-me à vida.

Querido Blogue,

O meu signo estava certo. Eu ia aos saldos. Até o oftalmologista me proibir de usar lentes e me descobrir uma doença fofa. Em vez de ir aos saldos vou fazer exames que também é bom (not).

11.1.11

Querido Blogue,

o meu signo para esta semana diz-me que não gaste dinheiro desnecessariamente. Amanha vou aos saldos.

Querido Blogue,

Não preciso de um curso de consultoria de moda para saber que sandálias com soquetes não é fashion, é apenas bimbo. Assim como fotos que têm como fundo prédios suburbanos e postes de alta tensão.

A psicologia de certeza que explica

No dia em que comprei os meus primeiros sapatos pretos de salto vertiginoso, encomendei uns álestares cor de rosa chiclete.

10.1.11

Querido Blogue,

uma das coisas que me ajuda a manter focada e a não perder o rumo é fazer listas. Listas de coisas para fazer, de objectivos a cumprir, de coisas que quero comprar, listas, listas, listas de tudo e mais alguma coisa. Fazer listas ajuda-me a combater o desejo de procrastinar e só eu sei a dificuldade que tenho em manter-me focada em algo. Ando desde que começou o ano com uma lista a meio que é precisamente a lista de coisas que quero fazer (não é lista de desejos para 2011 que esses são mais do que claros e já os pedi na passagem de ano - emprego, saúde, paz e amor) durante este ano - até para fazer as minhas listas eu procrastino. Não sei se é da idade ou da falta do que fazer neste período que atravesso, mas parece que quanto menos tenho para fazer menos faço. Preciso de objectivos, de planear a minha semana, de saber o que vou fazer hoje e o que tenho de fazer para amanha. Planear, planear, planear, mas até para fazer isso tenho preguiça.