ontem por curiosidade fui ver os posts de Fevereiro no ano passado e de há dois anos. É curioso como nos últimos 3 anos os meses de Janeiro e Fevereiro são meses de grande indefinição para mim. Há dois anos aguardava para saber onde iria realizar o meu estágio. O ano passado aguardava por uma oportunidade de emprego e este ano cá me encontro novamente na mesma situação. E estar neste limbo é coisa para dar cabo de mim, das minhas forças e da minha esperança. Não tenho esperança para o futuro. Cada vez vejo a situação do país com mais preocupação, mas não é só do país, da Europa, em geral. Falam-nos em emigrar. Para onde? A Europa já foi chão que deu uvas. Todos os países, sem excepção, se encontram com problemas ao nível do crescimento da economia, o que acaba por se reflectir no desemprego. O nosso primeiro-ministro diz que temos de trabalhar no Carnaval para aumentar a produtividade, temos de produzir mais e eu pergunto: para vender a quem?
Lembro-me de em 2008/2009, quando estalou a crise do sub-prime eu pensar que acabaria o curso em 2010 e de pensar que ia acabar o curso em plena crise com o desemprego a aumentar e a economia a cair. Porra, pensei eu, mas logo me tranquilizei porque tinha tirado um bom curso, numa boa faculdade, o que segundo os especialistas era emprego garantido. Hoje cá estou eu. Com um canudo nas mãos, um estágio profissional feito e zero entrevistas de emprego desde que acabei o estágio. Olho para os meus colegas de curso e vejo que a grande maioria deles está a fazer o doutoramento. Pergunto-me se não deveria fazer o mesmo, mas para quê? Daqui por 5 anos as faculdades terão ainda menos capacidade para absorver todos estes doutorados como professores e as empresas não querem gente tão qualificada. Bem sei que não deveria ser tão negativista, mas não vejo muitos motivos para ser mais positiva. Estou cansada deste país.
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