28.11.11

Querido blogue,

que sim que é muito lindo que o fado seja património da humanidade e que sim que acho muito bem que estejamos muito orgulhosos e inchados mas agora vamos lá a saber: quanto é que esta fantochada candidatura custou ao estado? E já agora elucidem-me lá: quantos postos de trabalho é que isto vai criar? Hun?

24.11.11

Querido colega estagiário,

ainda não fez  uma semana e que chegaste e já tenho uma opinião bem formada sobre ti: és um idiota.

21.11.11

Conversas improváveis com o meu chefe

Chefe aka idiota, paspalho, careca, palhaço de merda e outros nomes fofinhos que lhe chamamos consoante o estado de espírito: Mary, sabe do Dr. Asdrúbal?
Mary aka estagiária reles de 5ª categoria: Quem?
Chefe: O Dr. Asdrúbal.
Mary: Ah o Asdrúbal! O Asdrúbal foi ao bar, já volta.
Chefe: Mas está a brincar comigo?
Mary: Não, mas por momentos fiquei confusa é que pensava que o grau de doutor era apenas reservado a quem fazia o doutoramento ou ocupava elevadas posições dentro da hierarquia empresariaal,  e como Asdrúbal só tem 23 anos, acabou de sair agora da faculdade e é um reles estagiário como eu pensei que não estávamos sequer a falar da mesma pessoa. Mas esqueci-me que o Asdúbal é homem, tem pilinha e só por isso ganhou o estatuto a doutor a partir do momento que se licenciou. Já eu não tenho pilinha e por isso tenho de me matar a trabalhar para provar que sou tão digna do meu título académico como qualquer machista desmiolado.

Mesmo a propósito deste assunto vem este post da Maçã. No meio desta história toda nem sequer é o facto do uso do Dr. (apesar de achar completamente idiota tratar um recém-licenciado-estagiário por Doutor) que me chateia. Eu nunca fui doutora (nem pretendo que me tratem assim, longe de mim!), muito menos engenheira (ainda que seja engenharia a minha formação), sempre fui "a Mary", ou a "nova estagiária" ou a "menina nova" (para as operadoras da linha). Não me chateia, não preciso do Dr. antes do nome para fazer melhor o meu trabalho. Mas chateia-me, chateia-me mesmo estas diferenças no tratamento como se uns fossem filhos da mãe e os outros filhos da puta.

Querido blogue,

empresas que utilizam estagiários como força de trabalho não me merecem ponta de respeito.

20.11.11

Querido blogue,

ainda nem começou o inverno e já tenho saudades do verão. Já me custa sair do quentinho da cama de manhã ainda que não faça muito frio. Já me custa por duas camadas de roupa, quando não têm de ser três. Já me custa o ar frio/gelado da manhã que tenho de enfrentar até chegar ao carro. Tudo coisas que não matam mas moem. E amanhã já é segunda outra vez...

17.11.11

A ignorância dos nossos jornalistas...

Ir para a rua de microfone na mão, fazer entrevistas e editar o video com as piores respostas, de forma a fazer passar a mensagem que os universitários deste país são todos burros, não é jornalismo. É preguiça. Achar que vamos todos aceitar de forma acéfala que um video demonstra o que quer que seja sobre o nível de cultura geral dos jovens é pura e simplesmente burrice.
De todas as perguntas só não sabia a do filme O Padrinho porque (processem-me!) nunca vi. E a do símbolo químico da água apesar de o meu cérebro ter dado o salto lógico para a fórmula química, que conheço de cor e salteado. E  havia grande probabilidade de numa situação de pressão me enganar/bloquear em algumas das outras perguntas.
Outras opiniões que vale a pena ler sobre este assunto: aqui e aqui.

15.11.11

Querido blogue,

ao contrário de 99,99% da população portuguesa não sou adepta da selecção. Tanto me dá que ganhem, como que percam, como que empatem. Acho que ao futebol e aos futebolistas é dada demasiada importância que, de facto, não têm, visto que em pouco ou nada contribuem para o PIB deste país. Depois chateia-me que a FPF receba dinheiro dos meus impostos para aqueles mancebos que mal sabem ler andem por esse mundo fora em hotéis de 5 estrelas e em SPAs. Já para não falar das sucessivas desilusões nas fases finais e dos apuramentos feitos em cima do joelho. Com franqueza tenho muito pouca paxorra para a selecção e acho que até gostava que tivessem perdido hoje. Podia ser que desaparecessem da tv durante os próximos tempos.

10.11.11

Queridos maquinistas da CP,

sou em geral muito compreensiva com as greves e reivindicações em geral, mas desta vez, epá desta vez pegava em todos os grevistas, atava-os às linhas dos comboios e trucidava-os com uma automotora em marcha lenta.

8.11.11

Querida pessoa que me roubou o chapéu de chuva,

é bom que amanha ele esteja onde o deixei, caso contrário, espero que acorde a fazer xixi às pinguinhas.

6.11.11

1 ano

e 6 dias que voltei para Lisboa. Saudades do meu nosso mini T1 no rés-do-chão de um largo que era tudo menos sossegado mas onde possivelmente vivi os 7 meses mais felizes da minha vida ao teu lado.

1.11.11

Querido blogue,

um dos motivos pelos quais eu nunca poderia ser uma fashionista é porque a minha roupa preferida consiste em calças de ganga, t-shirts, ténis e um casaquinho de malha quando está mais fresquinho. Por mim andava sempre assim vestida. Facto é que efectivamente andei assim vestida durante os tempos de faculdade e poucas eram as variações introduzidas nesta farda. Fui uma grande resistente ás calças skinny quando começaram a aparecer, bem como à nova moda dos all star, ainda que agora seja uma orgulhosa possuidora de dois modelos da marca. Sempre tive muitos complexos com o meu corpo apesar de ser magra ou magra demais segundo algumas opiniões. Durante todo o meu secundário escondi-me por debaixo da roupa. A roupa era uma camuflagem. Nunca desenvolvi um sentido de estilo próprio. Ainda assim tenho feito um esforço por apurar o meu estilo. Até há bem pouco tempo saias e vestidos eram coisas que pura e simplesmente não existiam no meu armário, bem como camisas ou calças de um outro tecido que não fosse de ganga. Ultimamente, e em grande parte devido aos fashion blogs, tenho andado mais atenta às tendências ainda que grande parte delas não me agradem. Desde que comecei a trabalhar o meu guarda roupa evoluiu, tenho roupa mais adulta mas ainda assim sempre sem grande: tchanan aqui estou eu. Sei que não me visto mal, mas sei que não me visto com grande estilo. Isto tudo porque andei a trocar a roupa de verão pela de inverno e cheguei à conclusão que tenho muito pouca roupa de inverno, e desta tenho ainda menos que dê para ir trabalhar. Preciso seriamente de ir ás compras e comprar roupa para esta nova época. A parte má é que não faço a mínima ideia sequer por onde começar nem que tipo de peças comprar. Aguardam-se as cenas dos próximos capítulos: Mary vai ás ompras, Mary na Zara, Mary e os trapos. Ou para quem preferir terror: Trapos assassinos, Vestida viva ou então, Sei o que vestiste no Inverno passado.