25.2.11
Querido Blogue,
quem me manda a mim falar antes de tempo? Devia morder a língua, para aprender a esperar e a ficar calada em vez de dizer alarvidades.
24.2.11
Querido Blogue,
Não acredito que perdi uma oportunidade de estágio para um gaja do ISEL. Não me conformo. Era um estágio tão lindo, ficava-me tão bem, era uma oportunidade tão boa, o ordenado era tão bonito (2 salários mínimos...oh joy!), o horário fantástico (9 às 6... perfect!), e vem aquele mono do ISEL, SÓ com a licenciatura de 3 anos e fica-me com o estágio....porquê meu deus, porquêêêêêêê?
23.2.11
Querido Blogue,
I´m done waiting. Vou ali ler um livrinho para relaxar. Amanha é um novo dia para recomeçar.
Coisas que me mexem com os nervos
Estar à espera de uma chamada, daquelas importantes e ela não chegar. Pareço uma neurótica a olhar para o telemóvel de 5 em 5 minutos. Fuck.
22.2.11
Querido Blogue,
último e derradeiro comentário sobre este assunto.
Se ninguém se mexe e se ninguém reclama é porque somos uns acomodados que têm tudo na vida e que não se queixam de nada. Se a malta se queixa, se identifica com alguma coisa, com uma música por exemplo, se a malta começa a escrever sobre o assunto em blogs, se consegue por a comunicação social a falar no assunto e quiça trazer essa discussão até ao resto da sociedade é porque se queixam de barriga cheia porque "eu quando comecei a trabalhar ganhava dezasseis contos, oitenta euros e vocês agora querem logo ganhar mil só porque tiraram um curso superior"? Onde é que eu já ouvi esta história? A sério? E eu tenho que me sentir mal porque estou a reclamar de estágios não remunerados e ordenados pagos mal e porcamente quando há pessoas muito piores do que eu que só recebem o ordenado mínimo e que se fartam de trabalhar para por comida na mesa? Claro que há, sempre houve e sempre haverá, mas cada um queixa-se onde lhe dói e eu posso queixar-me porque fartei-me de estudar, queimei muitas pestanas, perdi muitas horas de sono, perdi muitas horas de vida, muitos jantares, muitas festas, muitos concertos para ter o cabrão do canudo e mereço melhor que um estágio não remunerado, ou que uns míseros 500 euros por mês. Por isso todas as pessoas que acham que faço parte de uma geração de putos mimados podem ir à bardamerda. Estou-me completamente a cagar para a vossa opinião de pequenos burgueses, que já se esqueceram de como se sente indignação.
Se ninguém se mexe e se ninguém reclama é porque somos uns acomodados que têm tudo na vida e que não se queixam de nada. Se a malta se queixa, se identifica com alguma coisa, com uma música por exemplo, se a malta começa a escrever sobre o assunto em blogs, se consegue por a comunicação social a falar no assunto e quiça trazer essa discussão até ao resto da sociedade é porque se queixam de barriga cheia porque "eu quando comecei a trabalhar ganhava dezasseis contos, oitenta euros e vocês agora querem logo ganhar mil só porque tiraram um curso superior"? Onde é que eu já ouvi esta história? A sério? E eu tenho que me sentir mal porque estou a reclamar de estágios não remunerados e ordenados pagos mal e porcamente quando há pessoas muito piores do que eu que só recebem o ordenado mínimo e que se fartam de trabalhar para por comida na mesa? Claro que há, sempre houve e sempre haverá, mas cada um queixa-se onde lhe dói e eu posso queixar-me porque fartei-me de estudar, queimei muitas pestanas, perdi muitas horas de sono, perdi muitas horas de vida, muitos jantares, muitas festas, muitos concertos para ter o cabrão do canudo e mereço melhor que um estágio não remunerado, ou que uns míseros 500 euros por mês. Por isso todas as pessoas que acham que faço parte de uma geração de putos mimados podem ir à bardamerda. Estou-me completamente a cagar para a vossa opinião de pequenos burgueses, que já se esqueceram de como se sente indignação.
Querido Blogue,
Acabei de mudar a localização da aplicação de meteorologia do meu ambiente de trabalho. Todos os dias olhava para lá na esperança de um dia lá voltar. Pelos vistos não será tão cedo.
Querido Blogue,
pelo rebuliço que oiço no quarto ao lado (o meu quarto pega com o dos vizinhos), tenho a certeza que o meu vizinho está nu e anda a correr atrás da minha vizinha, que é uma imagem bem bonita de se ter na cabeça antes de adormecer.
21.2.11
Querido Blogue,
a minha mãe ás vezes irrita-me. É só ela, ela, ela, e mais ela. A partir do momento que chega a casa, só os problemas e os dramas dela interessam. Só ela é que tem coisas para contar do dia dela. Cansa-me. Porque hoje foi um dia importante para mim e o centro das atenções deveria ter sido eu.
18.2.11
Querido Blogue,
Até agora consegui manter a resolução de ir ao cinema uma vez por mês (gostava até de ir mais, mas os bilhetes são caros e eu estou desempregada). Falhei na resolução de ler um livro por mês. Comecei a ler o Caim no comboio para o Porto, mas não o cheguei a terminar. Também tenho conseguido manter-me fiel à resolução de não cortar o cabelo, apesar de ás vezes bem me apetecer. Todas as outras resoluções estão em stand-by até que eu passe a receber um ordenado mensal.
17.2.11
Querido Blogue,
Não há saltos que resistam a esta maldita calçada. Salto só para quem entra no carro à porta de casa e sai à porta do destino. Para andar por aí nem que seja para passear? É para esquecer. Isto já para não falar do problema que é arranjar uns sapatos com salto que tenham menos de 11 cm. A sério. Lá há quem aguente um dia todo montada de cima daquilo? O pior mesmo é que as alternativas são sapatos feios e eu não consigo perceber porque é que os sapatos mais bonitos são sempre os de salto mais alto. E já nem falo do facto de eu ficar com mais de 1,80 se calçar uns sapatos desses. Sinto-me uma torre eiffel no meio dos anõezinhos que são os portugueses em geral. Eu já tenho tendência para andar curvada, se usasse uns sapatinho desses andava a arrastar as mãos pelo chão de certeza. Já se percebeu que tenho um problema com saltos, certo. É com saltos e com calças de fato. Todas as calças de fato me fazem rabo de velha e o problema não está no rabo que a genética é boa e modéstia à parte o rabo é bem feitinho, mas aquelas calças são o terror. E pronto era isso, sapatos com saltos que se possam usar, abolição da calçada portuguesa, fora com as calças que fazem o rabinho feio. E mamas que se vejam já agora. Ainda dizem que ás magras tudo fica bem. Dass...
16.2.11
Querido Blogue,
estou a preparar-me para uma entrevista de emprego.
Por que é que o havemos de contratar?
Porque eu preciso do dinheiro e vocês precisam de quem trabalhe. É uma win-win situation.
Porquê a sua opção por esse curso?
Porque não entrei na primeira opção.
Quais as razões pelas quais concorre a este emprego?
Porque como toda a gente neste mundo preciso ganhar dinheiro para poder ter uma vida e tornar-me independente e sair de casa dos meus pais.
O que sabe sobre a nossa empresa?
Basicamente aquilo que li na net para preparar esta entrevista.
Também está a candidatar-se a outras empresas?
Pergunta óbvia né?
Como vê a evolução da sua carreira?
Espero chegar a patroa daqui por uns aninhos e por os outros a trabalhar para mim.
Quais os seus pontos mais fracos e mais fortes?
Perfeccionista. Teimosa. Preguiçosa. Já chega ou basta ficar por aqui?
Com que tipo de pessoas tem dificuldade em colaborar?
Totós. Atados. Idiotas. Pessoas muito teóricas e pessoas que seguem sempre as regras. Pessoas com a mania que sabem tudo. Infelizmente trabalhei com muitos ao longo dos meus tempos de estudante.
Prefere trabalhar em equipa ou ser independente?
Independente. Não há nada como só depender de mim própria.
Prefere um horário das 9 às 7 ou nem por isso?
Das 9 ás 5, please.
Consegue imaginar-se numa função de liderança?
Oh yeah baby! (Por acaso até não. Não curto muito mandar nos outros)
Esta é a versão honesta. Agora vou ali inventar umas respostas para a versão politicamente correcta.
Por que é que o havemos de contratar?
Porque eu preciso do dinheiro e vocês precisam de quem trabalhe. É uma win-win situation.
Porquê a sua opção por esse curso?
Porque não entrei na primeira opção.
Quais as razões pelas quais concorre a este emprego?
Porque como toda a gente neste mundo preciso ganhar dinheiro para poder ter uma vida e tornar-me independente e sair de casa dos meus pais.
O que sabe sobre a nossa empresa?
Basicamente aquilo que li na net para preparar esta entrevista.
Também está a candidatar-se a outras empresas?
Pergunta óbvia né?
Como vê a evolução da sua carreira?
Espero chegar a patroa daqui por uns aninhos e por os outros a trabalhar para mim.
Quais os seus pontos mais fracos e mais fortes?
Perfeccionista. Teimosa. Preguiçosa. Já chega ou basta ficar por aqui?
Com que tipo de pessoas tem dificuldade em colaborar?
Totós. Atados. Idiotas. Pessoas muito teóricas e pessoas que seguem sempre as regras. Pessoas com a mania que sabem tudo. Infelizmente trabalhei com muitos ao longo dos meus tempos de estudante.
Prefere trabalhar em equipa ou ser independente?
Independente. Não há nada como só depender de mim própria.
Prefere um horário das 9 às 7 ou nem por isso?
Das 9 ás 5, please.
Consegue imaginar-se numa função de liderança?
Oh yeah baby! (Por acaso até não. Não curto muito mandar nos outros)
Esta é a versão honesta. Agora vou ali inventar umas respostas para a versão politicamente correcta.
Querido Blogue,
detesto comprar gato por lebre, quando ainda por cima a culpa é minha porque deixei que me impingissem o gato quando eu queria mesmo era a lebre.Ee se não havia não devia ter ido na conversa: ah mas leve este aqui que é igualzinho, igualzinho, mas tão igual que quase podiam ser gémeos. Well, se fossem mesmo iguais eram os dois lebre e não gato. Isto porque feita estúpida comprei um verniz que era tal e qual, igualzinho ao renda da risqué e no fim vai-se a ver e mais valia pintar as unhas com corrector do chinês.
Querido Blogue,
Não me sinto nada bem na minha fatiota das entrevistas de emprego. Demasiado formal para mim. Mascarada de engenheira. Detesto.
15.2.11
Querido Blogue,
eu queria pensar mas não consigo porque assim que a minha mãe chegou começou a contar o dia dela aos berros. Literalmente. Precisa-se mãe com regulador de volume.
Querido Blogue,
aproveito a hora de almoço para referir que o melhor do dia de ontem foi mesmo o jantar melhorado que a minha mãe fez:
Açorda de marisco
Morangos com chantilly
Tarte de feijão
Açorda de marisco
Morangos com chantilly
Tarte de feijão
Querida Mary,
esta mensagem é para ti. Epah,
vai trabalhar!
Tens coisas para fazer, artigos para escrever, desanda do blog e faz-te à vida. Dass!
(mensagem de mim para mim, para ler amanha quando me lembrar de vir ao blog só 5 minutinhos para ver as novidades)
14.2.11
Querido Blogue,
faz hoje 5 anos que ele me levou a jantar fora pela primeira vez (piroso eu sei!). Eu deixei-o escolher o restaurante e ele levou-me à Botica em Santos porque aquilo era "muita louco" (eu nunca tinha ido à Botica). Comemos bifes frios e dividimos a conta. Fomos ao cinema, saímos a meio do filme e fomos beber um copo. Bebemos uma Stout. Ele levou-me a casa naquele tanque de guerra que ele conduzia na altura. Foi o segundo encontro. Foi o encontro que fez a diferença.
13.2.11
Querido Blogue,
Só quero que este domingo chegue ao fim bem depressa, para me poder meter na cama e dormir porque sinceramente estou farta e cansada.
Querido Blogue,
eu não queria falar sobre isto mas ontem à noite não consegui dormir porque pus-me a pensar nisto e só eu sei que muito poucas coisas neste mundo são capazes de me tirar o sono.
Adiante, pelo que me apercebi a música nova dos Deolinda gerou por aí sentimentos contraditórios: há os que aplaudem de pé quando a ouvem e os que acham que em vez de aplaudir músicas destas, se estamos descontentes, devíamos era levantar o cu do sofá e ir apupar para a frente do parlamento. I´m with both sides. No entanto, fez-me um bocado de confusão e nervoso miudinho alguns posts que li por aí de contra-reacção a esta música. Que sim, que somos preguiçosos, que queremos as coisas de mão beijada, que os papás nos dão tudo, e por aí fora. Concerteza que sim, que haverá muita gente dessa por aí que prefere ficar em casa a choramingar ao som da bela da música, mas gente dessa sempre houve e sempre haverá e concerteza não será um problema exclusivo desta geração, mas sim uma coisa transversal. Outra coisa que reparei, é que o coro que se levanta contra a música dos Deolinda também pertence a uma determinada geração. A geração antes da minha, com 30 ou mais anos, e que neste momento tem uma vida quase estável, com contratos de trabalho melhor ou pior remunerados, mas que efectivamente tem trabalho e até já conquistou alguma coisinha na vida (estabilidade, férias, carro, casa...). Não nego que tenham trabalhado que nem mouros para poder chegar ter essas coisas, mas a sério que não me parece que tenham o direito de criticar quem se reviu e revê naquela música. Eu não me revejo nem deixo de me rever. Tudo o que sei é que nunca tive tão pouca esperança no futuro como tenho agora. E não devia ser assim. Deveria estar agora a iniciar a minha vida, aspirando a um futuro confortável e a uma situação de trabalho não precária. A realidade, é no entanto bem diferente disto. Vejo ofertas de emprego miseráveis, contratos precários, recibos verdes. Vejo pessoas com cursos superiores a aceitarem empregos de merda, salários de merda, vidas de merda, porque têm contas para pagar e entre a precariedade e o desemprego escolhem a precariedade. Vejo patrões a aproveitarem-se disso, a explorar, a preferir não investir, não inovar, não empregar gente qualificada, porque sinceramente isso pouco lhes importa desde que consigam comprar o seu ferrari ou o seu porche. Vejo professoras a fazer limpezas porque não tiveram colocação, vejo engenheiros a vender pipocas e não consigo deixar de pensar que há qualquer coisa de muito errado aqui. Levantar o cú do sofá e protestar? Contra quem? De quem é a culpa? Dos patrões? Do estado? Do país? Dos meus pais que quiseram um futuro melhor para mim e me ensinaram que para vir a ter uma vida melhor no futuro devia investir na minha formação? Dos Deolinda que criaram uma música que incomoda muita gente? Chamem-me o que quiserem mas dia 12 de Março eu vou lá ter.
Adiante, pelo que me apercebi a música nova dos Deolinda gerou por aí sentimentos contraditórios: há os que aplaudem de pé quando a ouvem e os que acham que em vez de aplaudir músicas destas, se estamos descontentes, devíamos era levantar o cu do sofá e ir apupar para a frente do parlamento. I´m with both sides. No entanto, fez-me um bocado de confusão e nervoso miudinho alguns posts que li por aí de contra-reacção a esta música. Que sim, que somos preguiçosos, que queremos as coisas de mão beijada, que os papás nos dão tudo, e por aí fora. Concerteza que sim, que haverá muita gente dessa por aí que prefere ficar em casa a choramingar ao som da bela da música, mas gente dessa sempre houve e sempre haverá e concerteza não será um problema exclusivo desta geração, mas sim uma coisa transversal. Outra coisa que reparei, é que o coro que se levanta contra a música dos Deolinda também pertence a uma determinada geração. A geração antes da minha, com 30 ou mais anos, e que neste momento tem uma vida quase estável, com contratos de trabalho melhor ou pior remunerados, mas que efectivamente tem trabalho e até já conquistou alguma coisinha na vida (estabilidade, férias, carro, casa...). Não nego que tenham trabalhado que nem mouros para poder chegar ter essas coisas, mas a sério que não me parece que tenham o direito de criticar quem se reviu e revê naquela música. Eu não me revejo nem deixo de me rever. Tudo o que sei é que nunca tive tão pouca esperança no futuro como tenho agora. E não devia ser assim. Deveria estar agora a iniciar a minha vida, aspirando a um futuro confortável e a uma situação de trabalho não precária. A realidade, é no entanto bem diferente disto. Vejo ofertas de emprego miseráveis, contratos precários, recibos verdes. Vejo pessoas com cursos superiores a aceitarem empregos de merda, salários de merda, vidas de merda, porque têm contas para pagar e entre a precariedade e o desemprego escolhem a precariedade. Vejo patrões a aproveitarem-se disso, a explorar, a preferir não investir, não inovar, não empregar gente qualificada, porque sinceramente isso pouco lhes importa desde que consigam comprar o seu ferrari ou o seu porche. Vejo professoras a fazer limpezas porque não tiveram colocação, vejo engenheiros a vender pipocas e não consigo deixar de pensar que há qualquer coisa de muito errado aqui. Levantar o cú do sofá e protestar? Contra quem? De quem é a culpa? Dos patrões? Do estado? Do país? Dos meus pais que quiseram um futuro melhor para mim e me ensinaram que para vir a ter uma vida melhor no futuro devia investir na minha formação? Dos Deolinda que criaram uma música que incomoda muita gente? Chamem-me o que quiserem mas dia 12 de Março eu vou lá ter.
12.2.11
Querida Inditex,
Diz-me se por um acaso achas que a cor de cocó destes sapatinhos alguma na vida terá parecenças com a bonita cor nude dos sapatinhos lá de baixo? Achas sinceramente que sim??
Posto isto, estou e estarei de relações cortadas contigo e declaro que não tornarei a olhar para as bonitas peças de roupa da tua colecção online porque sinceramente tu abusas do photoshop e isso deixa-me desiludida assim que lhes meto as mãos de cima. Foi bom enquanto durou. Adeus!
Posto isto, estou e estarei de relações cortadas contigo e declaro que não tornarei a olhar para as bonitas peças de roupa da tua colecção online porque sinceramente tu abusas do photoshop e isso deixa-me desiludida assim que lhes meto as mãos de cima. Foi bom enquanto durou. Adeus!
11.2.11
Querido Blogue,
Desde domingo que não ponho a pata na rua. Só para estender roupa mas isso não conta. Não é de admirar que esteja assim a atirar para o amarelado-acinzentado. Blheck!
10.2.11
9.2.11
Querido Blogue,
acho completamente imoral que uma empresa líder da indústria farmacêutica, das poucas que há neste país, tenha necessidade de perguntar no formulário de candidatura qual o vencimento base ilíquido que se pretende receber com carácter de resposta obrigatório.
Querido Blogue,
11 páginas, sem abstract, sem introdução e sem conclusão. Poder de síntese não é o meu forte.
Querido Blogue,
estava ontem em modo calimero, cheia de pena de mim própria a enviar um mail à minha melhor amiga que está na Holanda, a choramingar-me toda por mim abaixo, quando me apercebi que tenho duas das pessoas mais importantes da minha vida longe de mim. Ninguém merece, senhor, ninguém merece!
8.2.11
Querido Blogue,
a minha tese foi um parto difícil. Sangue suor e lágrimas, credo muitas lágrimas. A semana antes da entrega foi passada sob o efeito da adrenalina que me corria a toda a velocidade no sangue e ainda não acredito em como não me deu um badagaio (palavrinha que sempre quis usar!). E depois da entrega foi basicamente atar e por ao fumeiro que é como quem diz: entreguei, apresentei, imprimi versão definitiva, entreguei versão definitiva, isto tudo sem tempo para respirar ou para pensar. E depois de todo o meu esforço ter sido reconhecido com a merecida nota, chutei os restos da tese para canto e não quis saber mais da coisa para nada, quero-lá-saber-já-tá-entregue-aleluia-que-já-acabei-o-curso-numa-destas-não-me-meto-tão-cedo. E apesar de ter gostado do trabalho que fiz ganhei-lhe um ódio de estimação sei lá porquê, mas que de certeza que está relacionado com o facto de ter sido um parto tão difícil, como já disse. JFYI (sigla nova, guess what?) ainda nem me dignei a fazer para mim uma versão bonitinha da tese com a capa XPTO da versão definitiva. Isto não seria grave caso eu não tivesse trabalho para fazer relacionado com a tese. Que tenho. Um belo dum poster a ser apresentado numa bela conferência para a qual tenho de escrever um belo artigo de 4 páginas. Nada de grave, não vomitasse eu a tese pelo olhos. Posto isto, não admira que tenha andado tantoooo tempo para começar a bosta do artigo. Porque só de ter de olhar para aquela merdinha outra vez fico doente. O que vale que metade das coisas já estão na tese e não é trabalho para começar do zero. Ainda assim muito texto terá de ser apagado, editado e rescrito. "Ah, mas é bom, é trabalho publicado, muito bom para ti!". "Yeah right! Mas não me dá dinheirinho para comprar sapatos e roupa" (a parte de por comida na mesa ainda é da responsabilidade dos meus pais, até ao dia em que eles vão a trancar a despensa e o frigorífico para ver se eu saio cá de casa, mas isso é outra história e fica para outra vez que o post já vai longo e eu já devia ter fechado parênteses). E trabalhar para aquecer não é para mim, apesar do frio que tem feito.
Querido Blogue,
ás vezes o monstro mau que vive dentro de mim tem ganas de ir por esses blogs afora, especialmente os das pseudo-féchionistas-com-a-mania-que-têm-muito-estilo, deixar comentários maldosos. O monstro bom vence sempre e acabo cheia de pensamentos peace and love, cada um é como cada qual e se as pessoas querem andar a fazer figuras tristes convencidas que têm muito estilo, só porque têm muitos comentários a gabar-lhes o outefite, quem sou eu para cortar o barato de cada um? É deixá-las e rir-me para dentro.
Querido Blogue,
A maior mentira que está no meu CV é que sou uma pessoa organizada. Não sou. Sou o caos em pessoa, trabalho no meio da maior desorganização e desarrumação, nunca sei onde pus aquele papel super importante e tenho pavor de cumprir prazos. Posto isto não é de estranhar que tenha tido um mês para escrever uma porra de um artigo de 4 páginas e a dez dias do limite para a submissão ainda não o tenha sequer escrito quanto mais enviado para que algum dos meus orientadores o tenha revisto. Estou portanto a começar agora!
6.2.11
Querido Blogue,
estou perigosamente perto de abrir uma conta no paypal e de me arruinar por completo nas lojas online.
5.2.11
Querido Blogue,
tenho saudades dos fins de semana de sossego. É que com uma adolescente acossada pelas hormonas e uma mãe e um pai pré-menopáusicos/adropáusicos (igualmente acossados pelas hormonas mas num nível diferente) em casa, não há quem aguente tanta mudança de humor.
4.2.11
Querido Blogue,
Hoje apetecia-me por um vestido [que não tenho] e [estrear] os meus sapatos de salto alto, por o bâton cor de cereja [que ainda não comprei], arranjar o cabelo num bonito apanhado [que não sei fazer] e sair para dançar e ver gente bonita [que não sei onde está].
Querido Blogue,
estou exausta. Tenho andado a adiar a procura de emprego, não porque não queira trabalhar, mas porque não quero trabalhar aqui. Não quero ficar em Lisboa. E sei que se começar a procurar emprego, mesmo que procure noutros sítios, o mais certo é acabar por ficar aqui. E eu não quero porque não suporto a ideia de ficar 2 anos e meio longe dele. A 324 km de distância e a vê-lo uma vez por mês. Não quero. Não quero começar a trabalhar e ficar em casa dos meus pais, quero a minha vida, a minha independência, quero começar a construir a minha vida ao lado dele de preferência já hoje. E dói-me no coração saber que isso muito provavelmente não será possível tão cedo. Por isso ando aqui, a procrastinar, a adiar, a atrasar a minha vida, sabendo que não estou a fazer nada, mas ao menos também não estou a fazer nada para ficar longe dele. E esta merda está a dar cabo de mim.
3.2.11
Querido Blogue,
Gosto de fotografia. Vai daí que aos meus 20 anos (not so long ago) achei que tinha queda para a coisa e vai de me armar em repórter fotográfica e querer fazer fotografia mais ou menos artística. Fora umas poucas boas ideias que tive e que até deram coisas giras, a sede passou-me rápido e deixei-me disso. Não obstante, continuo a gostar de fotografia, mais como fotógrafa do que como pessoa fotografada - a verdade é que por mais que gostasse não sou fotogénica e para me sair uma foto menos má é preciso tirar 10 péssimas com direito a delete automático - a câmara e eu não nos damos. Gostava de ser como aquelas pessoas que conseguem sempre ter fotos fantásticas dos sítios por onde passam, cheias de bons momentos para recordar. Eu não consigo ser assim. Assim não é de admirar que não tenha fotos para mostrar do maravilhoso pequeno almoço continental do hotel onde fiquei no fim-de-semana, ou que não tenha fotos de deixar água na boca do fantástico brownie de chocolate com gelado de baunilha e cookies coberto por chocolate negro belga que comi ao lanche na segunda feira. Gostava de ter, mas não tenho. Resta-me apenas ficar com a recordação desses momentos que por muito bonita que possa ser hoje, acabará por se desvanecer com o tempo. E isso ás vezes quase que me deixa triste.
2.2.11
Querido Blogue,
O meu pai todos os dias me pergunta quantos currículos enviei. Das coisas com mais mal lido é com a pressão, detesto que me pressionem. Eu tenho o meu timing, preciso do meu espaço e não suporto ser apressada. O que acaba por acontecer quase sempre é o oposto do que as pessoas querem que aconteça: perco a vontade, desmotivo, demoro mais tempo. Adivinhem lá o que é que tem acontecido ultimamente?
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