7.9.11
Querido Blogue,
é a velha máxima: muda de vida se tu não viveres satisfeito. Desde que regressei de férias que o trabalho tem representado um sacrifício enorme para mim. Ando mal-disposta, ando carrancuda o que de todo em grande parte se deve a motivos profissionais. Não me sinto realizada nem satisfeita com as tarefas que desempenho. Ainda que não passe de uma mera estagiária (e acredita que nem por um momento me esqueço dessa condição tal o fosso que existe entre os estagiários e as pessoas) e como tal, não tenho quaisquer pretensões de coisa nenhuma a não ser de aprender qualquer coisinha (porque é para isso que deveriam servir os estágios), sinto que as minhas capacidades, que não desfazendo, não são assim tão poucas, podiam ser sem dúvida alguma melhor aproveitadas. Não querendo parecer convencida, mas é como deitar pérolas a porcos, a gente sem visão nenhuma que não merece nem por um momento que eu me esforce por coisa alguma. E se isto já não estava fácil assim, hoje ainda ficou pior com os novos desenvolvimentos. E pelas minhas contas ainda vai piorar mais. A coisa foi de tal forma hoje, que mal cheguei a casa fui direita ao meu contrato ver quais os requisitos para renunciar. O passo seguinte é começar a lançar-me numa prospecção à séria do mercado de trabalho. E por à séria é mesmo à séria. Não posso estagnar nisto porque tem de haver algo melhor para mim. Procurar trabalho, dá trabalho e desta vez não terei tanta sorte como tive à 5 meses atrás, por isso vou começar esta nova fase, este novo projecto de procura de emprego e ter esperança que algo bem melhor irá aparecer.
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1 comentário:
Há um ano atrás, pensava exactamente assim. E então, mudei. De emprego, de casa, de cidade, de vida e, acima de tudo, de forma de encarar as coisas. Não acho que tenhamos que carregar essa cruz que nos consome diariamente. O sacrifício que é termos que nos adaptar e realizar algo mundano e trivial, sabendo e tendo presente em todos os momentos que somos e sabemos muito mais que aquilo e que estamos subaproveitados. Achamos que estamos e estão a desperdiçar tempo que poderia ser muito mais rentabilizado. E queremos tudo e queremo-lo já. Não queremos ter 35 anos e ainda nos faltar conhecer imensos sítios e ainda estarmos na cepa torta, a nível profissional. No fundo, não te posso dizer nada de concreto. Apenas que, mesmo que mudes, não é garantido que acertes logo a seguir. É o meu caso. Então, vou mudar novamente. Até...até me sentir em casa.
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