21.12.10

Querido Blogue,

das muitas coisas que me irritam o pseudo novo-riquismo é coisa para me tirar do sério. Pessoas que dizem carteira em vez de mala. É brega dizer mala. Mala é de viagem. Carteira é por ao ombro, ou pendurar no antebraço assim à tia de cascais. Porta-moedas é onde se guarda o dinheiro.
Ora para mim que sou rasca e venho dos subúrbios mala é de por ao ombro e carteira é onde se guarda o dinheiro. As pessoas vivem em vivendas e não em moradias. E dão-se prendas e não presentes. Maria é nome de menina, e Salvador só conheço NSJC*.

*Nosso Senhor Jesus Cristo, quem mais?

4 comentários:

Anónimo disse...

O António, do Braga.

Rachelet disse...

Até porque já ninguém usa porta-moedas (que servia especificamente para transportar trocos), mas carteiras, onde cabem não só moedas, como cartões, cheques, fotografias da «Matilde» e do «Afonso», etc.

Além disso, uma moradia é, tanto quanto entendo, diferente de uma vivenda. Numa moradia podem viver 2 ou 3 famílias. É uma vivenda de 2 ou 3 andares que foi repartida e com entradas independentes para cada família que a ocupa.

O mais triste é esse pedantismo acabar por revelar uma tremenda falta de conhecimento da origem e significado das próprias palavras. Como diz o meu pai: «muita cagança e pouca substância».

(Ah, mais uma: vermelho vs. encarnado.)

Gante disse...

Para mim mala também é de pôr ao ombro e carteira é onde estão o dinheiro e documentos. O resto são preciosismos. Como aquela do insosso vs insonso. Same shit different smell... who cares?

' Claudjinha disse...

Digo mala de levar ao ombro, carteira para colocar dinheiro, sim. No entanto, digo moradia em vez de vivenda. Uma vivenda é muito maior que uma moradia. Prendas ou presentes, é conforme calha.