das muitas coisas que me irritam o pseudo novo-riquismo é coisa para me tirar do sério. Pessoas que dizem carteira em vez de mala. É brega dizer mala. Mala é de viagem. Carteira é por ao ombro, ou pendurar no antebraço assim à tia de cascais. Porta-moedas é onde se guarda o dinheiro.
Ora para mim que sou rasca e venho dos subúrbios mala é de por ao ombro e carteira é onde se guarda o dinheiro. As pessoas vivem em vivendas e não em moradias. E dão-se prendas e não presentes. Maria é nome de menina, e Salvador só conheço NSJC*.
*Nosso Senhor Jesus Cristo, quem mais?
4 comentários:
O António, do Braga.
Até porque já ninguém usa porta-moedas (que servia especificamente para transportar trocos), mas carteiras, onde cabem não só moedas, como cartões, cheques, fotografias da «Matilde» e do «Afonso», etc.
Além disso, uma moradia é, tanto quanto entendo, diferente de uma vivenda. Numa moradia podem viver 2 ou 3 famílias. É uma vivenda de 2 ou 3 andares que foi repartida e com entradas independentes para cada família que a ocupa.
O mais triste é esse pedantismo acabar por revelar uma tremenda falta de conhecimento da origem e significado das próprias palavras. Como diz o meu pai: «muita cagança e pouca substância».
(Ah, mais uma: vermelho vs. encarnado.)
Para mim mala também é de pôr ao ombro e carteira é onde estão o dinheiro e documentos. O resto são preciosismos. Como aquela do insosso vs insonso. Same shit different smell... who cares?
Digo mala de levar ao ombro, carteira para colocar dinheiro, sim. No entanto, digo moradia em vez de vivenda. Uma vivenda é muito maior que uma moradia. Prendas ou presentes, é conforme calha.
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