30.11.10
Querido Blogue,
estava eu a fazer a ronda da manhã pelos blogs, quando leio um, pensando que estava a ler outro, e a verdade é depois de me aperceber disto, percebi que não faz assim tanta diferença ler um ou outro, a conversa é exactamente a mesma e tanto podia estar num como noutro, a única diferença é que muda a cor de fundo.
Querido Blogue,
tá na hora do chá a ver se aguento o ritmo das próximas horas que ainda tenho pela frente.
29.11.10
Querido Pai Natal,
é também aderi à moda de fazer listas de desejos no blogue. Para ver se o estado de espírito anima.
Para já é isto, se me lembrar de mais alguma coisa eu depois aviso.
Rayban Cats. Este pedido já é do ano passado, vê lá se desta vez não te esqueces.
Ipod. Para substituir o velhinho MP3 que está a dar as últimas.
Placas alisadoras. Não tem de ser da rowenta, pode ser de uma marca qualquer decente, desde que não me frite o cabelo todo.
Malunfa camel. Sou flexível neste ponto, não tem de ser igual à da foto, mas tem de ser grande e tem de ser de cor camel. E de preferência de pele.
Sistema 3 passos da Clinique. Porque a minha pele merece e esta treta é cara que se farta.
Maquilhagem. Nunca é demais, preciso de sombras, batons e pincéis novos.
Sapatos e botas.
Máquina fotográfica. Qualquer uma destas serve perfeitamente.
Um T2 (T1 ou T0, também serve só que tira a piada da frase) para vivermos os 2 com vista para o mar, mas não tem de ter jardim, e o carro também não tem de ter tecto de abrir.
A psicologia também explica esta de certeza
Devo de ser a única pessoa no mundo que quando chega a esta altura do ano (aproximação da quadra natalícia e fim de ano) começa a deprimir. Mas deprimir à grande, do género de ter ataques de choro aparentemente sem motivo mas que me fazem acordar no dia seguinte com os olhos todos inchados.
28.11.10
A psicologia de certeza que explica
Não sou mais feminina por causa da minha mãe. A falta de saias, vestidos e sapatos de salto alto no meu roupeiro é consequência da falta desse ponto de referência.
27.11.10
Anteontem foi o Dia Internacional da Eliminação da violência contra as mulheres. Não me passou completamente ao lado, mas quase e só eu sei (e o meu namorado também) o quão sou defensora dos direitos das mulheres (feminista de último grau, segundo ele). Tanto feminismo já nos rendeu umas valentes discussões, até porque ele no início era um bocado para o machista até que eu o domestiquei (ai se ele me ouvisse dizer isto diria que já me estava a armar em feminista), mas adiante. Posto isto, falta esclarecer que eu vejo e sigo com algum interesse a Casa dos Segredos (quem nunca viu, que atire a primeira pedra). Gosto de observar o comportamento de pessoas fechadas numa casa que são obrigadas a conviver pela força das circunstâncias e a ter de jogar o jogo (e sim, também tenho o meu lado voyeur, que saltita com estas coisas). Mais interessante do que o jogo, é o comportamento das pessoas que estão cá fora, ver quem apoiam, porque é que apoiam. O comportamento do público chega a ser mais interessante do que o comportamento dos jogadores. O público toma-se de amores por este ou por aquele, defende-o até à exaustão com unhas e dentes, usando até argumentos irracionais. Regra geral as pessoas não conseguem ser imparciais e não conseguem admitir quando os seus preferidos erram. Entre os concorrentes há um casal. Ele tem 37 anos, ela tem, 24 (a mesma idade que eu) e são completamente disfuncionais como casal. Apesar disso, sempre gostei mais do grupo deles do que do dos outros, apesar de saber perfeitamente que tanto ele como ela tinham atitudes para com os outros que eu jamais toleraria se fosse comigo (lembro-me da cena do Vítor com a Vera - apesar de ter ficado do lado dele, se eu fosse a Vera, não toleraria que ele me falasse naquele tom e elevaria o tom da discussão tal como ela fez, até ao ponto em que partiu para o insulto gratuito e perdeu a razão). Este tal de Vítor tem personalidade típica de passivo-agressivo: violento com as palavras, ferve em pouca água, ciumento e descontrolado. Ela também não é flor que se cheire, mas para alguém que tem 37 anos e uma filha, esperava bem mais da parte dele. Ela é jovem, está cheia de ímpeto e energia, é a maior da aldeia dela e quer sair da sombra dele. Mas já há algum tempo para cá, que me tinha vindo a aperceber da coação psicológica que o tipo exerce na namorada. O tipo tem ataques de ciúmes e de fúria e mau feitio e quem o atura é ela. Tudo o que ela faz é desculpa para um amuo, ela não pode falar com outros rapazes senão o menino fica irritado, ela tem de falar primeiro com ele antes de pensar ou fazer seja o que for senão o menino amua. Anteontem, foi um desses dias. A desgraçada teve a ousadia de se oferecer para fazer algo que não incluía o menino. O menino com uns copos a mais, perdeu o tino e começou a desatinar. Discussão para aqui, vou-me embora para ali, mais cena de ciúmes, mais quero acabar contigo e no fim de toda aquela discussão e desgaste psicológico o tipo agride-a. Puxa-lhe os cabelos quando vai a sair do quarto, agarra-a quando ela lhe pede para a soltar, encosta-a contra a parede. Não sei se foi guião de novela ou não, não me pareceu. O mais importante aqui não é isso. O mais importante para mim é que no público e face a este tipo de violência, ainda há quem ache que entre marido e mulher não se mete a colher e deixem-nos lá resolver isto sozinhos e pior do que tudo há quem ache que ela merecia, que já devia ter levado duas lambadas mais cedo, que ela provocou, que ela mereceu, porque quem anda à chuva molha-se e se ele lhe fez uma destas é porque de certeza que também fez alguma. Esta é a mentalidade de quem vê e assiste a uma coisa destas, porque quem viu, como eu vi não sabe se a cena foi combinada ou não (mas partindo do princípio que foi real) ainda assim há quem ache que aquela besta quadrada teve razão para fazer o que fez. Continuamos com a mesma mentalidade de há 40 anos atrás, quando as mulheres eram propriedade do marido e que a culpa é sempre delas. Por isso não admira que só este ano já tenham morrido 39 mulheres vítimas de violência doméstica. Bem sei que até ao primeiro estalo, ninguém sabe como reage, mas eu posso dizer que jamais toleraria que um animal me colocasse as mãos em cima, fosse lá pelo que fosse. E espero muito sinceramente que se algum dia me vir numa situação dessas tenha o discernimento de vir embora, mesmo que não traga mais do que a roupa que tiver no corpo. Mas o que eu aprendi com isto é que como sociedade, ainda temos um muito, muito longo caminho a percorrer no que toca à violência sobre as mulheres. A educação, ao contrário do que muita gente pensa, vem de casa e os filhos aprendem com o exemplo dos pais. Eduquem bem os vossos filhos. Ensinem-lhes o valor do respeito pelas mulheres (e por todos os outros obviamente). Não há homem nenhum neste mundo que tenha o direito de por um dedo numa mulher.
As mamas da Rita Pereira nos Emmy Awards
A novela não presta, a Rita Pereira tem os olhos tortos, parecíamos uns labregos, que nem na Red Carpet nos sabemos comportar e escândalo dos escândalos as mamas da Rita Pereira. Oh-Meu-Deus-o-que-raio-era-aquilo?, perguntou meia blogosfera. Ora eu respondo: eram mamas. E meia blogosfera só se lembra de falar nas mamas da mulher e nada de falar o prémio que só por acaso é só o reconhecimento internacional do que se faz em Portugal.
E para quem tanto fala das mamas da mulher eu respondo o seguinte: se calhar preferiam que ela fosse vestida assim:
Se calhar assim viam logo que era portuguesa.
E para quem tanto fala das mamas da mulher eu respondo o seguinte: se calhar preferiam que ela fosse vestida assim:
Se calhar assim viam logo que era portuguesa.
25.11.10
24.11.10
Querido Blogue,
escrevo aqui que porque não quero ir discutir para a caixa de comentários de ninguém. Então não é que há mentecaptos que dizem que não fazem greve, porque não podem, o patrão não deixa, podem perder o emprego (tudo motivos aos quais sou obviamente solidária), mas que não foram trabalhar porque não havia transportes e passo a citar: "porque não tenho de gastar a minha gasolina, apenas porque a malta do metro prefere ficar me casa e chegar a horas para ir ver o Benfica". Não preciso dizer mais nada, pois não?
O que as pessoas se esquecem é que esta greve vai bem para além dos cortes nos salários dos funcionários públicos. As pessoas esquecem-se do aumento do IVA para 23%, dos cortes nos abonos, nas deduções no IRS e nos benefícios fiscais, do congelamento dos salários e das pensões. "Ah não faço greve porque não serve de nada" oiço eu dizer. A essas pessoas eu respondo que é esse tipo de conformismo que nos faz aceitar toda a merda que os governos nos fazem e no fim ainda vamos lá votar para os pormos lá outra vez.
O que as pessoas se esquecem é que esta greve vai bem para além dos cortes nos salários dos funcionários públicos. As pessoas esquecem-se do aumento do IVA para 23%, dos cortes nos abonos, nas deduções no IRS e nos benefícios fiscais, do congelamento dos salários e das pensões. "Ah não faço greve porque não serve de nada" oiço eu dizer. A essas pessoas eu respondo que é esse tipo de conformismo que nos faz aceitar toda a merda que os governos nos fazem e no fim ainda vamos lá votar para os pormos lá outra vez.
23.11.10
Tivesse eu lembrado-me disto mais cedo
E tinha-me levantado de madrugada para ir fazer fila à porta da H&M do Chiado, tinha enfiado dois ou três vestidos (daqueles a que se esqueceram de fazer as bainhas e que toda a gente fala, primeiro porque eram fantásticos mas agora já ninguém gosta...ninguém entende a blogosfera, credo!) dentro do saco, para mais tarde revender essas peças únicas de coleccionador (cof!) às fashionistas da vida que não puderam ir lá buscar um. Ai o espírito empreendedor...
(mas pensando bem, a minha manhã foi igualmente produtiva, estive a repor o sonho, debaixo do meu edredon quentinho)
20.11.10
Querido Blogue,
estou ansiosa para que chegue o Natal este ano para ver os tesourinhos deprimentes que me calharão. Mais Paulo Coelho, não por favor. Camisolas que me fazem parecer um macaquinho, porque são exactamente da mesma cor do pelo dos macaquinhos e ainda por cima têm pelos como os macaquinhos, também não. Perfumes cuja constituição é 100% alcool please don´t. Bibelots e tralhas afins, passam-me completamente ao lado. Ferrero Rocher, perdoem-me mas abomino. Podia continuar aqui a lista interminável de piores presentes de todos os tempos, mas agora não posso que tenho de ir ali a Alcobaça encher a barriga de papos d'anjo, barrigas de freira e toucinho do céu. Nham..
18.11.10
Querido Blogue,
apesar de me solidarizar com os movimentos anti-NATO (a minha veia anarquista, salta de contentamento com tudo o que é contra o poder instituído), não percebo como se podem auto-intitular de pacifistas, quando esta gente faz tudo menos manifestar-se de forma pacífica. Tenham lá paciência, mas os outros não têm de gramar com cocktails molotov nas trombas, e pensem mas é em outras formas de luta que não envolvam destruição nem cargas policiais e talvez um dia me junte a vós. Até lá, fico muito contente por esta gente ter ficado do lado de lá da fronteira mas pelo sim pelo não, só no domingo é que voltarei a sair de casa.
17.11.10
Querido Blogue,
estava aqui a pensar se havia de levar saltos altos para a defesa de tese, mas depois lembrei-me do que terei de caminhar nesse dia e no estado desse caminho (calçada portuguesa+alcatrão esburacado), caminho esse que terá de ser feito com o trambolho da mochila do portátil às costas, que só por acaso me arruína o outfit e agora estou aqui sem saber o que vestir, o que calçar, se compro uns sapatos ou uma mala nova para o portátil, mas o que eu deveria comprar mesmo era um carro, que andar sete anos a caminhar para a estação de comboio já é mais do que suficiente, já para não falar que fico sempre toda transpirada e com ar peganhento mesmo que tenha acabado de tomar um banhinho fresquinho. Vida de pobre é fodido, pah!
Querido Blogue,
Não sei quando vai ser, mas já decidi onde vai ser a nossa primeira viagem. E já comecei a planear em segredo sem lhe dizer nada.
16.11.10
Querido Blogue,
Há momentos que me sinto enojada de ser portuguesa. Primeiro foi a visita do ditador chinês, recebido com honras de estado, quando há uns anos atrás o Dalai Lama nem direito a uma audiência teve com o PM ou o PR. Ontem a notícia das cartas enviadas ás embaixadas para que estas não estejam presentes na entrega do prémio Nobel da paz. E hoje, enquanto pesquisava para a minha tese dei de caras com esta notícia: Chinese Man Sentenced to Prison for Food Safety Activism. O desgraçado do homem foi sentenciado a 2 anos e meio na cadeia por ter criado um grupo de apoio ás vítimas do envenenamento por melamina no leite infantil. Dá-me nojo, ver o nosso país associado a esta merda de país que não tem ponta de respeito pela liberdade e pelos direitos humanos. E revolta-me que a nossa economia esteja nas mãos de ditadores déspotas e megalómanos. Revolve-me as entranhas e dá-me muita muita vontade de me por a andar daqui para fora porque cada vez tenho menos orgulho de dizer que sou portuguesa. E recuso-me terminantemente a comprar seja o que for em lojas chinesas. E devíamos todos fazer um boicote a essas lojas que vendem produtos, sabe-se lá com que qualidade, cheios de químicos perigosos, que ninguém se dá ao trabalho de fiscalizar. Onde está a ASAE? Ah espera, está ali muito ocupada a fechar a Ginginha do Rossio.
11.11.10
Será que alguém sabe
em que avião chegam os senhores do FMI? É que queria mesmo ir ao aeroporto dar-lhes dois beijinhos quando chegassem.
10.11.10
Querido Blogue,
gosto muito da minha família em especial da minha mãe, mas eles cansam-me. Sinto muita, muita falta de poder estar sozinha, fazer o que me apetece, sem ninguém para aturar a não ser o meu próprio mau feitio.
Querido Blogue,
estou praticamente a transformar-me num eremita. Desde sábado à noite que não ponho os pézitos além da soleira da porta.
Querido Blogue,
quando este pesadelo de entrega da tese estiver finalmente acabado e vierem a mim os cheques gordos (lol) felicitando-me merecidamente pela tão aguardada conclusão do curso vou tão estourar o dinheiro em mimos para mim.
9.11.10
Querido Blogue,
a continuar assim, quando acabar de escrever a tese vou estar tão gorda, tão gorda que não vou conseguir ir lá defendê-la.
Querido Blogue,
Ando tipo morcego. Durmo de dia e trabalho à noite. Estou sem soninho nenhum. Mas também sem vontadinha nenhuma para dar a dedo.
8.11.10
A minha irmãzinha é tão anjinha, tão anjinha
que foi para o teste de filosofia armada em rebelde e vai de escrever que na opinião dela a filosofia não serve para nada. Teve zero nessa pergunta e cá para mim estava a pedi-las. Tem muito que aprender ainda.
Querido Blogue,
com tanto blog de moda e tanto expert em estilo que anda por aí, não percebo como continuo a ver gente tão mal vestida, apesar de se cobrirem de tendências da cabeça aos pés. Ser fashion victim não é, nem nunca será sinónimo de ter estilo. O estilo é uma coisa que vem de dentro, é como o bom gosto e a educação. Ou se nasce com ele ou não se tem.
Handicap
Não sou capaz de comprar roupa pela internet. E faz-me confusão como é que se pode comprar algo, sem ver, sem mexer, sem experimentar, para saber se fica bem. Porque não raras vezes aquilo que assenta bem ao cabide, não me assenta bem a mim.
5.11.10
4.11.10
Repete comigo:
Não procrastinarás.
Não procrastinarás.
Não procrastinarás.
Não procrastinarás.
Não procrastinarás.
(Repetir tantas vezes quantas as necessárias até parar de empurrar o trabalho com a barriga)
Não procrastinarás.
Não procrastinarás.
Não procrastinarás.
Não procrastinarás.
Não procrastinarás.
Não procrastinarás.
(Repetir tantas vezes quantas as necessárias até parar de empurrar o trabalho com a barriga)
Não procrastinarás.
Não procrastinarás.
Querido Blogue,
contra todos os meus princípios declaro aqui que preciso urgentemente de por o rabo a mexer num ginásio.
Puta de celulite pah!
Puta de celulite pah!
3.11.10
Querido Blogue,
Ontem a Elite perguntou: O que te faria mesmo feliz..agora? A palavra "agora" condicionou a minha resposta na altura. Respondi com base no que me fazia falta, do que me fazia sentir saudades naquele preciso instante. Hoje, apesar de manter a minha resposta, há uma outra coisa que me faria feliz neste momento: independência financeira. Não que me falte alguma coisa, mas já cheguei a um ponto em que me sinto desconfortável em ter de pedir dinheiro à minha mãe para algumas coisas que já ficam fora do meu orçamento mensal (vulgo mesada, que também é ela que me dá). Sinto-me mal porque tenho consciência do dinheiro que fiz os meus pais gastar comigo nos últimos meses e apesar de eles nunca me negarem nada, sei perfeitamente que há coisas que apesar de desejar muito ter, são prescindíveis. Nunca, jamais gastaria/pediria dinheiro para fazer uma viagem para fora do país, ou sequer para comprar vernizes Chanel, uma vez que, para isso são luxos que só eu tenho obrigação de sustentar quando ganhar para isso. O que não quer dizer que assim que receber o meu primeiro ordenado (o que com a bendita da crise que por aí anda deve ser lá para 2020) vá a correr gastá-lo em objectos luxuosos, mas sabia-me bem de vez em quando poder cometer uma extravagância ou outra e poder fazer escapadinhas românticas ou comprar uma peça de roupa mais cara em vez de ficar a olhar e a pensar que caramba, gostava mesmo muito de ter aquilo, mas que por enquanto ainda não vai poder ser.
É só uma questão de tempo
Escolaridade obrigatória vai passar a ser o Mestrado.
Jovem, não acabaste a tua Licenciatura? O mestrado nunca mais tem fim? Os anos que passaste no Bar a jogar cartas não te deram um canudo? O Programa Novas Oportunidades chega ao ensino superior, é a tua oportunidade! Finalmente os anos passados no associação de estudantes a mamar cervejas e a organizar tertúlias a que ninguém vai, vão contar como percurso académico. Inscreve-te já!
Jovem, não acabaste a tua Licenciatura? O mestrado nunca mais tem fim? Os anos que passaste no Bar a jogar cartas não te deram um canudo? O Programa Novas Oportunidades chega ao ensino superior, é a tua oportunidade! Finalmente os anos passados no associação de estudantes a mamar cervejas e a organizar tertúlias a que ninguém vai, vão contar como percurso académico. Inscreve-te já!
2.11.10
Coisas das quais eu não tinha saudades nenhumas
Os broncos da minha faculdade.
Deus-me-dê-paxorra-que-eu-não-suporto-gente-parva!
Deus-me-dê-paxorra-que-eu-não-suporto-gente-parva!
Querido Blogue,
desde sexta à tarde que não pego na tese. E estou aqui cheinha de sentimentos de culpa, mas nem por nada me atrevo a abrir a mochila e a sacar de lá o material para me por a trabalhar.
1.11.10
Querido Blogue,
Hoje fui comprar roupa de pessoa crescida. Ou melhor dizendo, fui comprar roupa para parecer uma pessoa crescida. Diz que não se pode ir ás entrevistas de emprego de calças de ganga, que só por acaso é o único tipo de calças que eu tenho.
Duas palavras: Não gostei. A roupa das pessoas crescidas não me fica bem, as camisas e as calças de tecido fazem-me parecer um pinguim miserável e os sapatos apertam-me os pés. E quando olho para mim e me vejo vestida daquela maneira, não me reconheço. É como se não fosse eu. E não gosto nada disso. Não gosto mesmo nada.
Duas palavras: Não gostei. A roupa das pessoas crescidas não me fica bem, as camisas e as calças de tecido fazem-me parecer um pinguim miserável e os sapatos apertam-me os pés. E quando olho para mim e me vejo vestida daquela maneira, não me reconheço. É como se não fosse eu. E não gosto nada disso. Não gosto mesmo nada.
Pensamentos aleatórios que não me apetece agora organizar
Casa dos segredos. Belo ponto de partida para um estudo sociológico. Vergonha alheia por ser da mesma geração de muitas daquelas pessoas. Retrato da sociedade Portuguesa? Quero acreditar que não, mas receio bem que sim. Ainda mais vergonha alheia.
A mediocridade. Não gosto de críticas gratuitas, mas não raras vezes tenho a sensação que muito do que se tenta fazer em Portugal fica apenas pela tentativa. Pouco brio. Eu explico: a versão mais parecida do que temos de uma Blonde Salad portuguesa é tão pobrezinho, tão amador, tão rascazinho, que dói.
Inveja. Outro belo ponto de partida para um estudo sociológico. Acredito que grande parte dos problemas estruturais da sociedade portuguesa encontram aqui o seu fundamento. Enquanto isso não mudar, nunca vamos conseguir ser ninguém.
A mediocridade. Não gosto de críticas gratuitas, mas não raras vezes tenho a sensação que muito do que se tenta fazer em Portugal fica apenas pela tentativa. Pouco brio. Eu explico: a versão mais parecida do que temos de uma Blonde Salad portuguesa é tão pobrezinho, tão amador, tão rascazinho, que dói.
Inveja. Outro belo ponto de partida para um estudo sociológico. Acredito que grande parte dos problemas estruturais da sociedade portuguesa encontram aqui o seu fundamento. Enquanto isso não mudar, nunca vamos conseguir ser ninguém.
Subscrever:
Mensagens (Atom)