é talvez a melhor palavra para descrever o que senti hoje.
Até agora estive sempre muito tranquila, a vida era boa, eu ia sair de casa, conhecer uma nova cidade, morar sozinha, conhecer novas pessoas, morar sozinha, fazer o meu estagio, morar sozinha.
Até aqui tudo muito bem, ria-me das pessoas à minha volta ao vê-las entrar em pânico, o meu pai, as minhas avós, tudo em modo ai-jesus-filha-como-vais-viver-sozinha? E eu na maior, nunca perdi o sono, não tive ataques de pânico ou de stress, tranquila, tal como a minha mãe que também já morou sozinha e portanto sabe como é.
Hoje, caí um bocadinho em mim, apercebi-me da grandeza da coisa, assustei-me e veio-me à cabeça a palavra panicar. Porque era isso que eu estava a fazer, estava a entrar em modo de semi-pânico, a despedir-me mentalmente de Lisboa, sabendo, no entanto que hei-de cá voltar, mas lá no fundinho, sei que é uma nova etapa, que muitas coisas novas me esperam pela frente, que outras coisas nunca mais se vão repetir, porque foram momentos únicos. Como aquele em que consegui sentar os meus amigos numa mesa do Casino até sermos praticamente varridos porta fora e ainda havia tanto para conversar e para rir e para dizer. Não vou emigrar, eu sei. O Casino vai continuar lá, eu sei. Os meus amigos também vão estar aqui, eu sei. O que eu não sei é se vou depois disto tudo, eu continuarei a ser a mesma.
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