Faz hoje uma semana, saí de casa dos meus pais após o almoço de domingo a chorar. Fiz o caminho todo para casa a chorar desalmadamente enquanto conduzia. Fui inclusive dar uma volta maior para arejar a cabeça. Chorei por todas as coisas que não deram certo nos últimos tempos. Claro que tu não podias saber disto quando enviaste mensagem. O meu coração parou de bater por uma fração de segundo quando vi a notificação. Quando apareceste cá em casa não estava a espera que o fizesses. Mas vieste. Não sei porque vieste. Os motivos pelos quais fazes as coisas são absolutamente insondáveis para mim. Quando perguntaste o que é que eu esperava de ti, a minha resposta foi "Nada" porque realmente não espero nada de ti. Deixei de esperar o que quer que fosse em Dezembro do ano passado. E ali estavas tu, sentado no banco da minha cozinha a comer-me com os olhos. Quando nos beijámos abriu-se em mim uma centelha de esperança. E durante 2 dias fui feliz. Mas eu não vivo bem no limbo. Por isso forcei. E pela primeira vez pedi que me escolhesses a mim. E mais uma vez os teus motivos a serem insondáveis para mim. Por isso na terca feira estava numa sala de cinema a desfazer-me em choro enquanto via um filme sobre a magnifica Chavela Vargas. E chorei, chorei, chorei, chorei...e te garanto que foi a última vez que chorei por ti. Como canta a diva:
"No volveré
Te juro por dios que me mira
Te lo digo llorando de rabia
No volveré"
Adeus.
2 comentários:
Fónix, os homens e as suas crises existenciais são do caralho.
E nós a aturá-los! Não há cu que aguente!
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