29.3.12
Querido blogue,
vai uma aposta em como eu hoje me deito cedo e acordo muito antes do despertador tocar?
Querido blogue,
se há coisa que me dá com os nervos quando estou a conduzir é que me façam qualquer tipo de pressão para eu andar mais depressa. A sério, apitar quando estou a arrancar não me vai fazer arrancar mais depressa, antes pelo contrário, sou capaz de me atrapalhar e deixar ir o carro abaixo de vez e isso toda a gente sabe que demora mais. Colarem-me à minha traseira ou ocuparem todo o meu espelho do lado esquerdo com a imagem do vosso carro também não me faz nadar mais depressa. Gesticular, apitar, apontar para o relógio também não vos ajuda em nada. A sério evitem aborrecer-me desta maneira, porque eu que até nem me considero uma mosca morta ao volante, posso muito bem converter-me na condutora mais zelosa dos limites de velocidade que alguma vez conheceram. Como aconteceu hoje ali naquela estrada onde o limite é 50 km/hora. E depois podem apitar, gesticular, chamar nomes à vontade porque me torno completamente impermeável. Quem não quiser pode sempre ultrapassar, eu juro que até me encosto bem para a direita.
28.3.12
Querido blogue,
hoje fui à papelaria aqui da rua comprar um caderno A4 e um dossier de lombada estreita também A4. Paguei 6.20€ por estas duas coisas. Numa grande superfície não teria pago mais de 2.50€. Depois queixem-se que as pessoas só compram nos hipermercados e nos centros comerciais e que o comércio tradicional vai mal e mimimi. Cá a mim, enquanto me lembrar desta, não me tornam a enganar.
26.3.12
Querido blogue,
ainda que o cansaço de ter de acordar ás 6 da manha todos os dias seja inegável, o facto é que gosto de ter os dias cheios.
25.3.12
Querido blogue,
tanta coisa para ler, para aprender e para pesquisar e tão pouco tempo para o fazer.
Querido blogue,
pensei bastante antes de escrever este post. Também li muitas opiniões e vi muitos vídeos antes de consegui formar uma opinião sobre o que se passou a 22 de Março. E se ao princípio não consegui formar a minha opinião, depois de ver pessoas a ser agredidas indiscriminadamente pela polícia, neste momento tenho a certeza que a polícia errou e agiu de forma desproporcional.
A polícia está lá para controlar uma situação potencial perigosa, não para a tornar numa situação perigosa. Se é chato levar com pedras da calçada e cadeiras na cabeça? É. Se é chato chamarem-nos nomes e insultarem a nossa mãe? É. Mas é para isso que os polícias lá estão e que supostamente são treinados. Os treinos que eles fazem deveriam servir para os preparar para situações destas. Os polícias acima de todas as outras pessoas têm de ter nervos de aço. Não pode haver polícias nervosinhos nem medrosos. E o que eu acho é que a maioria dos polícias são medrosos. Têm medo, sacam da arma e usam da posição de força que têm por dá cá aquela palha. Eu vi vídeos em que senhoras que podiam perfeitamente ser a minha mãe foram empurradas e atiradas ao chão. E não há justificação que possam dar que justifique uma atitude dessas por parte da polícia que devia estar lá para proteger essa senhora dos manifestantes conflituosos e agressivos.
Felizmente, ao longo da minha vida, nunca precisei de recorrer à ajuda da polícia e quando precisar espero sinceramente que eles estejam lá para fazer o seu trabalho. Infelizmente, as poucas experiências que tive até ao dia de hoje não me inspiram confiança nenhuma nos agentes da autoridade. Os poucos que conheço posso garantir que são umas bestas e os que tive o prazer de me cruzar não foram muito melhores. Irrita-me aquela prepotência e arrogância.
Uma vez assaltaram-me o carro no chiado. A polícia andava por perto e ao solicitar a ajuda deles, mandaram-nos apresentar queixa na esquadra mais próxima. Mas afinal para que é que eles estavam a ali? Não podiam fazer logo o registo da ocorrência, não teria muito mais lógica, visto que eles estavam no local, fazê-lo ali? Claro que acabei por não apresentar queixa. Contra quem? Dificilmente iria recuperar o material roubado. E ainda assim o que recuperei, foi porque andei à procura pela zona próxima de onde tinha ocorrido o assalto. Felizmente que os assaltantes abandonaram muita coisa.
Recentemente fui ao bairro alto, ali para os lados da rua da atalaia. Cansada que já estava e enquanto uns foram buscar bebidas e outros ao wc, sentei-me no passeio junto a uma casa de azulejos. Nem 5 minutos lá estive porque veio um polícia avisar-me que não podia estar ali sentada no passeio porque aquilo era uma esquadra de polícia e tinha uma câmara, aparentemente estava a aparecer nas imagens de videovigilância. Levantei-me e ainda pedi desculpa. Ainda assim ficámos por ali encostados a falar e a gozar com a situação, pois a tal casa que supostamente era uma esquadra dizia na fachada: Empresa Nacional de Culinária. Achámos que estávamos a ser gozados pelo polícia. O tempo foi passando e eu acabei por encostar a sola do pé à parede da tal esquadra, logo veio o polícia a correr a dizer-me para tirar o pé da parede. Deu-me vontade de lhe dizer: "A sério? Não tem mais nada para fazer? Com tanto traficante de droga por essa rua abaixo, a polícia está preocupada se eu me sento no passeio ou se ponho o pé na parede? A sério? E ir prender uns traficantes? Ah isso não, porque dá trabalho!". Desta vez já não pedi desculpa, tirei o pé da parede e achei tudo aquilo muito ridículo. Mas há mais. Tudo bem, que nada disto é grave, mas tudo isto são coisas que contribuíram para que eu construísse uma imagem negativa das forças de segurança.
Costumo dizer em tom de brincadeira que um dia destes vou presa se me aparece um polícia idiota na rifa e se calha de eu estar em dia não. Porque eu sou uma cidadã que cumpre a lei e como tal exijo ser tratada com respeito e dignidade e isso inclui não ser agredida no meio na rua porque a polícia está com medo de meia dúzia de manifestantes. Porque o medo gera medo. E se a polícia tem medo, quem nos protege? Não quero ser protegida por gente fraca que acha que a violência é a solução. Isso pode ser o pensamento dos manifestantes, mas nunca, nunca da polícia.
A polícia está lá para controlar uma situação potencial perigosa, não para a tornar numa situação perigosa. Se é chato levar com pedras da calçada e cadeiras na cabeça? É. Se é chato chamarem-nos nomes e insultarem a nossa mãe? É. Mas é para isso que os polícias lá estão e que supostamente são treinados. Os treinos que eles fazem deveriam servir para os preparar para situações destas. Os polícias acima de todas as outras pessoas têm de ter nervos de aço. Não pode haver polícias nervosinhos nem medrosos. E o que eu acho é que a maioria dos polícias são medrosos. Têm medo, sacam da arma e usam da posição de força que têm por dá cá aquela palha. Eu vi vídeos em que senhoras que podiam perfeitamente ser a minha mãe foram empurradas e atiradas ao chão. E não há justificação que possam dar que justifique uma atitude dessas por parte da polícia que devia estar lá para proteger essa senhora dos manifestantes conflituosos e agressivos.
Felizmente, ao longo da minha vida, nunca precisei de recorrer à ajuda da polícia e quando precisar espero sinceramente que eles estejam lá para fazer o seu trabalho. Infelizmente, as poucas experiências que tive até ao dia de hoje não me inspiram confiança nenhuma nos agentes da autoridade. Os poucos que conheço posso garantir que são umas bestas e os que tive o prazer de me cruzar não foram muito melhores. Irrita-me aquela prepotência e arrogância.
Uma vez assaltaram-me o carro no chiado. A polícia andava por perto e ao solicitar a ajuda deles, mandaram-nos apresentar queixa na esquadra mais próxima. Mas afinal para que é que eles estavam a ali? Não podiam fazer logo o registo da ocorrência, não teria muito mais lógica, visto que eles estavam no local, fazê-lo ali? Claro que acabei por não apresentar queixa. Contra quem? Dificilmente iria recuperar o material roubado. E ainda assim o que recuperei, foi porque andei à procura pela zona próxima de onde tinha ocorrido o assalto. Felizmente que os assaltantes abandonaram muita coisa.
Recentemente fui ao bairro alto, ali para os lados da rua da atalaia. Cansada que já estava e enquanto uns foram buscar bebidas e outros ao wc, sentei-me no passeio junto a uma casa de azulejos. Nem 5 minutos lá estive porque veio um polícia avisar-me que não podia estar ali sentada no passeio porque aquilo era uma esquadra de polícia e tinha uma câmara, aparentemente estava a aparecer nas imagens de videovigilância. Levantei-me e ainda pedi desculpa. Ainda assim ficámos por ali encostados a falar e a gozar com a situação, pois a tal casa que supostamente era uma esquadra dizia na fachada: Empresa Nacional de Culinária. Achámos que estávamos a ser gozados pelo polícia. O tempo foi passando e eu acabei por encostar a sola do pé à parede da tal esquadra, logo veio o polícia a correr a dizer-me para tirar o pé da parede. Deu-me vontade de lhe dizer: "A sério? Não tem mais nada para fazer? Com tanto traficante de droga por essa rua abaixo, a polícia está preocupada se eu me sento no passeio ou se ponho o pé na parede? A sério? E ir prender uns traficantes? Ah isso não, porque dá trabalho!". Desta vez já não pedi desculpa, tirei o pé da parede e achei tudo aquilo muito ridículo. Mas há mais. Tudo bem, que nada disto é grave, mas tudo isto são coisas que contribuíram para que eu construísse uma imagem negativa das forças de segurança.
Costumo dizer em tom de brincadeira que um dia destes vou presa se me aparece um polícia idiota na rifa e se calha de eu estar em dia não. Porque eu sou uma cidadã que cumpre a lei e como tal exijo ser tratada com respeito e dignidade e isso inclui não ser agredida no meio na rua porque a polícia está com medo de meia dúzia de manifestantes. Porque o medo gera medo. E se a polícia tem medo, quem nos protege? Não quero ser protegida por gente fraca que acha que a violência é a solução. Isso pode ser o pensamento dos manifestantes, mas nunca, nunca da polícia.
20.3.12
17.3.12
Desafio
Não costumo responder a desafios, mas aqui vai a resposta ao desafio proposto pela D.
11 Factos Aleatórios sobre mim
1. Não gosto de falar ao telemóvel e/ou telefone. Sou mesmo capaz de procrastinar de todas as maneiras e feitios só para não ter que fazer uma determinada chamada. E isto tanto se aplica tanto a desconhecidos como a amigos do peito. Não gosto, pronto.
2. Entrei para a escola com 5 anos.
3. Sou engenheira por engano, a minha primeira opção era análises clínicas.
4. Não gosto de leite branco nem de ovo cozido, mas bebo leite com café e como ovos estrelados.
5. Não gosto de agulhas nem de médicos e uma vez já com 13 anos (uma matulona, portanto) fiz uma birra com direito a choro e tudo para levar a vacina do tétano.
6. Tenho 1,74 m.
7. Nunca tive um animal de estimação que fosse de sangue quente.
8. Fui escuteira até aos meus 15 anos.
9. Sou procrastinadora, deixo tudo para a última independentemente de ter tido muito tempo para tratar do assunto. Com a entrada no mundo do trabalho tenho vindo a mudar este mau hábito devagarinho.
10. Não que mexam nem que me peçam emprestado as minhas coisas.
11. Ninguém que me conheça pessoalmente sabe da existência deste blog. Este é o meu espaço, é aqui que eu posso partilhar coisas que ás vezes não me apetece partilhar com mais ninguém porque são muito minhas.
Respostas ás perguntas que a D. me fez:
1. O teu livro preferido é... Fundamentals of Heat and Mass Transfer. Brincadeirinha! De autores portugueses gosto de Saramago: "O Evangenlho Segundo Jesus Cristo" - e de António Lobo Antunes: "D'este viver aqui neste papel descripto: carta da guerra" (isto parece incrivelmente cliché mas é verdade!), de autores estrangeiros gosto de Michael Crichton: "Next"
2. Qual foi a última estupidez que fizeste? Não me consigo lembrar de nada assim de repente, o que só quer dizer que me ando a portar muito bem!
3. Qual é a tua profissão? Engenheira.
4. Se não fizesses o que fazes que outra profissão gostarias de ter? Alimento em mim o sonho secreto de ser cabeleireira.
5. Primavera, Verão, Outono ou Inverno? Sem dúvida alguma, Verão.
6. Duas pessoas sem as quais a tua vida não teria sentido... Não consigo escolher só duas, mas aqui vai: a minha família (pai, mãe irmã e avó materna), o meu namorado e os amigos do coração. Acho que tento só ter na minha vida pessoas que fazem sentido nela. Aquelas que não me interessam não as deixo sequer entrar.
7. Uma coisa que te indigna é... Só uma? Pfff... A desonestidade.
8. Os meus amigos dizem que tu és... Os meus amigos dizem que eu tenho mau-feitio, mas eu não percebo porquê...
9. Um acontecimento que marcou a minha vida foi... Outra vez, só um? Pela negativa, a morte do meu avô. Pela positiva, o fim do meu curso, o nascimento da minha irmã, ter conhecido o meu namorado, o nascimento do meu primo, o meu primeiro emprego...
10. Quem ou o que te faz falta neste momento? O meu namorado que está longe.
11. A quem gostarias de atirar um ovo podre? Aos nossos governantes, em geral e ao Cavaco, em particular.
11 Factos Aleatórios sobre mim
1. Não gosto de falar ao telemóvel e/ou telefone. Sou mesmo capaz de procrastinar de todas as maneiras e feitios só para não ter que fazer uma determinada chamada. E isto tanto se aplica tanto a desconhecidos como a amigos do peito. Não gosto, pronto.
2. Entrei para a escola com 5 anos.
3. Sou engenheira por engano, a minha primeira opção era análises clínicas.
4. Não gosto de leite branco nem de ovo cozido, mas bebo leite com café e como ovos estrelados.
5. Não gosto de agulhas nem de médicos e uma vez já com 13 anos (uma matulona, portanto) fiz uma birra com direito a choro e tudo para levar a vacina do tétano.
6. Tenho 1,74 m.
7. Nunca tive um animal de estimação que fosse de sangue quente.
8. Fui escuteira até aos meus 15 anos.
9. Sou procrastinadora, deixo tudo para a última independentemente de ter tido muito tempo para tratar do assunto. Com a entrada no mundo do trabalho tenho vindo a mudar este mau hábito devagarinho.
10. Não que mexam nem que me peçam emprestado as minhas coisas.
11. Ninguém que me conheça pessoalmente sabe da existência deste blog. Este é o meu espaço, é aqui que eu posso partilhar coisas que ás vezes não me apetece partilhar com mais ninguém porque são muito minhas.
Respostas ás perguntas que a D. me fez:
1. O teu livro preferido é... Fundamentals of Heat and Mass Transfer. Brincadeirinha! De autores portugueses gosto de Saramago: "O Evangenlho Segundo Jesus Cristo" - e de António Lobo Antunes: "D'este viver aqui neste papel descripto: carta da guerra" (isto parece incrivelmente cliché mas é verdade!), de autores estrangeiros gosto de Michael Crichton: "Next"
2. Qual foi a última estupidez que fizeste? Não me consigo lembrar de nada assim de repente, o que só quer dizer que me ando a portar muito bem!
3. Qual é a tua profissão? Engenheira.
4. Se não fizesses o que fazes que outra profissão gostarias de ter? Alimento em mim o sonho secreto de ser cabeleireira.
5. Primavera, Verão, Outono ou Inverno? Sem dúvida alguma, Verão.
6. Duas pessoas sem as quais a tua vida não teria sentido... Não consigo escolher só duas, mas aqui vai: a minha família (pai, mãe irmã e avó materna), o meu namorado e os amigos do coração. Acho que tento só ter na minha vida pessoas que fazem sentido nela. Aquelas que não me interessam não as deixo sequer entrar.
7. Uma coisa que te indigna é... Só uma? Pfff... A desonestidade.
8. Os meus amigos dizem que tu és... Os meus amigos dizem que eu tenho mau-feitio, mas eu não percebo porquê...
9. Um acontecimento que marcou a minha vida foi... Outra vez, só um? Pela negativa, a morte do meu avô. Pela positiva, o fim do meu curso, o nascimento da minha irmã, ter conhecido o meu namorado, o nascimento do meu primo, o meu primeiro emprego...
10. Quem ou o que te faz falta neste momento? O meu namorado que está longe.
11. A quem gostarias de atirar um ovo podre? Aos nossos governantes, em geral e ao Cavaco, em particular.
Querido blogue,
Não gosto de falar da minha vida. Não gosto de falar da minha vida com pessoas más e invejosas. A minha avó (uma delas, que a outra é um santa) é a pessoa mais má e invejosa que alguma vez conheci na minha vida. Logo, com toda a certeza que jamais irei ter com a minha avó e contar-lhe coisas da minha vida. Já o meu pai é um boca larga. Faz questão de lhe fazer relatórios diários e detalhados e de tal modo que só lhe fica a faltar contar a cor e a consistência do que fez no wc. Ultimamente as conversas giram todas à volta da minha pessoa, o que estou a fazer agora, o que vou fazer no futuro, como vou fazer, o que vou levar vestido, o que vou comprar, o que comprei. Ora isto é coisa para me dar com os nervos. Porque eu não preciso de gente má e invejosa na minha vida e a saber cada passo que eu dou. E se eu não conto coisas da minha vida, agradeço que os outros não o façam. Mas e dizer isto ao meu pai que acha que a mãezinha é uma santa?
Querido blogue,
esta semana foi de loucos. A próxima semana de loucos será. É esperar que tudo dê certo. Entretanto acabei a formação e sinto que, para além do certificado que ia buscar, aprendi ali alguma coisa. Diz que já posso dar formação e diz quem me avaliou que até tenho jeito para a coisa. Agora é alargar os horizontes e ver o que isto vai dar. Um dia de cada vez. Para já a vida corre-me bem e só o facto de ter saúde é 99% da coisa. O resto? Venham de lá esses desafios!
15.3.12
14.3.12
10.3.12
Querido blogue,
a blogosfera está toda na moda lisboa, ou a fazer que está (ás vezes acho que a malta da bloga é como aquelas tias de cascais que anunciam que vão para as caraíbas e depois passam uma semana em casa com os estores fechados).
eu tenho um trabalho da formação que era para entregar ontem e ainda nem o comecei (bitch please, TPC é tão 2003).
amanha o bairro vai estar cheio dos wannabe da moda lisboa (vergonha alheia cada vez que aquelas aves raras dos so called fashion bloggers aparecem na tv - ao menos esforçavam-se para parecer bonitos, mas nem isso, têm todos ar de prisão de ventre, credo!).
estou a tentar fazer uma manicure francesa em mim própria e desconfio que não sairá nada de jeito, tenho tanta habilidade para isto como para inventar jogos lúdicos para adultos (o meu TPC). Podia sempre fazer um jogo em que os ensinava "como não fazer um TPC enquanto se faz uma manicure francesa e se escreve um post completamente inútil".
eu tenho um trabalho da formação que era para entregar ontem e ainda nem o comecei (bitch please, TPC é tão 2003).
amanha o bairro vai estar cheio dos wannabe da moda lisboa (vergonha alheia cada vez que aquelas aves raras dos so called fashion bloggers aparecem na tv - ao menos esforçavam-se para parecer bonitos, mas nem isso, têm todos ar de prisão de ventre, credo!).
estou a tentar fazer uma manicure francesa em mim própria e desconfio que não sairá nada de jeito, tenho tanta habilidade para isto como para inventar jogos lúdicos para adultos (o meu TPC). Podia sempre fazer um jogo em que os ensinava "como não fazer um TPC enquanto se faz uma manicure francesa e se escreve um post completamente inútil".
8.3.12
Querido blogue,
irritam-me as pessoas que desvalorizam o dia da mulher, especialmente se forem mulheres. Era só enfiar-lhes uma burka pela cabeça a abaixo e enviá-las para as montanhas do Afeganistão.
7.3.12
Querido blogue,
desde que me lembro nunca gostei muito de fazer anos, fico com uma sensação de vazio e de nostalgia nem sei bem explicar.
Hoje o dia nem começou mal, uma dia normal igual aos outros, algumas mensagens de manhã, uma chamada antes de sair de casa que me fez atrasar mas, me fez muito bem à alma. Passei na pastelaria antes de ir para a formação e comprei umas miniaturas para partilhar com os meus colegas na hora do lanche. E eles tão queridos que foram encomendaram-me um bolo e surpreenderam-me quando me cantaram os parabéns. E eu que não estava nada à espera fiquei tão contente com aquele bolo personalizado (nem uma foto para recuerdo com muita pena minha). E o dia estava a correr bem, até o meu pai se lembrar que hoje era um bom dia para ficar até tarde no trabalho, para não me dar boleia, tal como faz todos os dias. E eu tive de voltar para casa de comboio, montada nas minhas botas de salto alto, a carregar duas caixas de bolos, a transpirar como um animal e a maldizer a minha vida. Fiquei zangada, não vou dizer que não. A minha mãe preparou um fantástico jantar: entradas, prato principal, sobremesa e bolo. E o meu pai só chegou ás 20.00 pedindo desculpa, mas sem uma explicação (o meu pai é como eu, não fala quando tem que falar). Ainda lhe perguntei em tom de gozo se tinha ido comprar a minha prenda e onde estava a chave do carro. Obviamente, que não há carro nenhum. E agora estou aqui, estranhamente triste de lágrimas a bailar nos olhos, mas hey nada de novo, é assim todos os anos. A minha avó materna vai-se esquecer que eu faço anos. A minha melhor amiga (?) também. É assim todos os anos. Já devia estar habituada.
Hoje o dia nem começou mal, uma dia normal igual aos outros, algumas mensagens de manhã, uma chamada antes de sair de casa que me fez atrasar mas, me fez muito bem à alma. Passei na pastelaria antes de ir para a formação e comprei umas miniaturas para partilhar com os meus colegas na hora do lanche. E eles tão queridos que foram encomendaram-me um bolo e surpreenderam-me quando me cantaram os parabéns. E eu que não estava nada à espera fiquei tão contente com aquele bolo personalizado (nem uma foto para recuerdo com muita pena minha). E o dia estava a correr bem, até o meu pai se lembrar que hoje era um bom dia para ficar até tarde no trabalho, para não me dar boleia, tal como faz todos os dias. E eu tive de voltar para casa de comboio, montada nas minhas botas de salto alto, a carregar duas caixas de bolos, a transpirar como um animal e a maldizer a minha vida. Fiquei zangada, não vou dizer que não. A minha mãe preparou um fantástico jantar: entradas, prato principal, sobremesa e bolo. E o meu pai só chegou ás 20.00 pedindo desculpa, mas sem uma explicação (o meu pai é como eu, não fala quando tem que falar). Ainda lhe perguntei em tom de gozo se tinha ido comprar a minha prenda e onde estava a chave do carro. Obviamente, que não há carro nenhum. E agora estou aqui, estranhamente triste de lágrimas a bailar nos olhos, mas hey nada de novo, é assim todos os anos. A minha avó materna vai-se esquecer que eu faço anos. A minha melhor amiga (?) também. É assim todos os anos. Já devia estar habituada.
26
Quando era mais pequena achava que eu devia ser muito, muito especial, porque todos os anos me cantavam os parabéns na televisão. Depois cresci e veio e desilusão. Não era para mim que estavam a cantar era mesmo para a RTP.
4.3.12
Querido blogue,
parece que a nova moda agora é montar looks directamente dos provadores da Zara e depois postá-los no blog.
3.3.12
Anúncio de emprego (isto vai ser longo)
Empresa sediada em Aveiro pretende recrutar um Recém-licenciado em Engenharia Química (M/F),para a realização de um estágio profissional financiado pelo IEFP, com o seguinte perfil:
- Licenciado ou mestrado em Engenharia Química
- Detentor de CAP de Formador
- Detentor de CAP de Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho
- Boa capacidade de comunicação e relacionamento interpessoal
- Capacidade de trabalhar em equipa, forte sentido de responsabilidade
- Licenciado ou mestrado em Engenharia Química
- Detentor de CAP de Formador
- Detentor de CAP de Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho
- Boa capacidade de comunicação e relacionamento interpessoal
- Capacidade de trabalhar em equipa, forte sentido de responsabilidade
Destaque e sublinhados meus. Anúncio retirado daqui.
Este anúncio é ridículo de tantas maneiras que nem sei por onde começar. Trocando por miúdos, a empresa pretende um recém-licenciado ou mestre para um estágio profissional do IEFP, ou seja, querem alguém que nunca tenha feito qualquer tipo de descontos para a Segurança Social, incluindo obviamente recibos verdes. O requisito nº 1 é portanto que nunca tenha trabalhado. Para quem não sabe, estes estágios profissionais são verdadeiras minas de ouro para as empresas, pois são financiados praticamente na totalidade pelo estado. Ou seja, a empresa consegue trabalhadores qualificados por uma ninharia ao fim do mês e praticamente sem encargos com seguros de saúde, férias e outros direitos do trabalhador (que há quem lhes chame regalias, whatever). Percebe-se assim claramente porque é que as empresas gostam tanto destes estágios. O objectivo seria bom, se no fim do estágio as empresas fossem "obrigadas" a contratar o estagiário. O sistema torna-se perverso quando as empresas têm a possibilidade de contratar estagiários over and over again. Saiem uns e entram outros sem nunca contratarem ninguém. É por isso que não acredito nas medidas do estado para acabar com o desemprego sejam elas quais forem enquanto as coisas forem feitas nestes moldes, pois medidas destas não passam de paliativos, não indo ao foco tratar o problema. É o mesmo que eu ter uma dor de cabeça e o médico só me mandar tomar paracetamol, em vez de me mandar fazer uma ressonância magnética para perceber a origem do problema. Mas, até aqui tudo bem, o que não devem falar para aí são recém-licenciados à espera da sua primeira oportunidade - nada de ridículo até aqui.
O requisito nº 2 indica que o candidato tem de ter CAP de formador. Até aqui tudo bem também, conheço várias pessoas que tiram o CAP de formador logo depois de saírem da faculdade enquanto não vão tendo trabalho, sendo que este requisito já limita mais o nº de candidatos - além disso não é toda a gente que pode/ tem vontade de desembolsar 400€ assim que sai da faculdade, digamos que pagar propinas durante 5 anos é algo dissuasor.
O ridículo da coisa é atingido quando se lê o requisito nº 3 que é ter CAP de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho. Quando cheguei ao 3º requisito só me apeteceu atirar para o chão a rir. Passo a explicar, um curso de técnico superior de segurança e higiene no trabalho é um curso de 500 horas ou mais e que custa para cima de 2500€ (e estou certamente a falar dos mais baratos). Se isto não é ridículo então não sei o que será.
Vamos fazer as contas: esta empresa procura alguém que tenha acabado de sair da faculdade (5 anos*1000€/ano=5000€, isto só falando em propinas, sem contar outras despesas, como livros, etc.), com CAP de formador (+400€) e com CAP de Técnico Superior de HST (+2500€), o que dá um total de aproximadamente 8000€ (contas por baixo!). Recapitulando, esta empresa procura alguém que tenha investido cerca de 8000€ em formação e que entre uma formação e outra nunca tenha sequer pensado em trabalhar.
Nesta altura atrevo-me a fazer algumas suposições. Esta empresa procura alguém que:
a) seja rico
b) alguém que já tem a vaga feita à medida
c) alguém com o profundos conhecimentos técnicos, sem que para isso tenham de lhe que pagar aquilo que seria merecido para uma pessoa com todos estes conhecimentos, ou seja, quer mão-de-obra barata.
Não sei se esta empresa vai acabar por encontrar alguém que cumpra estes requisitos e sinceramente pouco me interessa. Qualquer pessoas que ocupe esta posição será claramente merecedora de algo muito melhor do que uma empresa cujo único objectivo é explorar e obter lucros elevados. Quanto a mim, só tenho pena que o anúncio seja anónimo e eu não saiba qual a empresa para lhe poder por um traço por cima e garantir que nunca lá darei com os costados. Ainda assim, não se escaparão de ler uma cópia de tudo o que acabei de escrever aqui. Porque é para isso que serve a indignação, não é só para levar às manifestações e meter no bolso quando se entra em casa.
2.3.12
1.3.12
Querido blogue,
ainda sobre as botas.
Então, mas tu quase em Março é que andas a comprar botas?
Erm...pois, parece que ainda vai chover.
Então, mas tu quase em Março é que andas a comprar botas?
Erm...pois, parece que ainda vai chover.
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