28.2.12
Querido blogue,
quando ontem mostrei à minha mãe as botas que queria comprar (as castanhas lá de baixo) ela teve mais ou menos a reacção que eu já previa, ou seja, disse: são feias, não gosto muito. E eu vim para casa de mãos e abanar, triste porque a minha mãe não aprovava as botas que eu gostava. Depois caí em mim e cheguei à conclusão que não é a minha mãe que tem de gostar.Porque raio é que eu hei-de precisar que a minha mãe goste das botas e praticamente me dê autorização para as comprar? A resposta é simples: validação. Tenho necessidade de obter validação da parte da minha mãe. E se em determinadas fases da vida e sobre determinadas questões é importante obter validação dos nossos pais, dos nossos pares e dos nossos superiores, nesta questão em concreto e para o simples acto de comprar umas botas não me faz muito sentido condicionar a minha actuação e os meus desejos pelo simples facto de a minha mãe não gostar. O que seria do amarelo, right? Então hoje fui lá e comprei-as. Ao menos não são umas botas brancas.
27.2.12
Querido blogue,
só atinges verdadeiramente a maioridade quando entregas a tua primeira declaração de IRS.
Querido blogue,
tenho alguém no facebook que pôs uma foto do Carnaval em que aparece mascarado de miss piggy. O meu pensamento imediato foi: "Assenta-te como uma luva. Assim é que devias andar vestida o ano todo".
Vou para o inferno, eu sei.
Vou para o inferno, eu sei.
24.2.12
Querido blogue,
não só sobrevivi como hoje irei repetir a façanha. Não serei é tão ousada como a menina que vi ontem de manga à cava. Para mim menos que duas mangas ainda é sinónimo de frio esquimó.
23.2.12
Querido blogue,
já cheira a primavera e nas horas mais quentes do dia já se sente aquele calorzinho bom. Num acesso de loucura hoje vou deixar os collants (sim, eu uso collants e não é com saias) e as camisolas de gola alta em casa. Mais logo volto para contar se sobrevivi.
21.2.12
Querido blogue,
não tenho fotos para o comprovar (e mesmo que tivesse não teria paxorra de as passar para o pc), mas esteve-se muito bem no sul do país. Não fosse o desemprego elevadíssimo e a falta de oportunidades na minha área e mudava-me de malas e bagagens para lá. Eu e as minhas células fotossintéticas agradecíamos, pois tu bem sabes que eu sou pessoa de verão, de calor e de sol.
Agora que voltei vou ali aquecer o saco de água quente e resolver uns testes psicotécnicos para amanhã.
Agora que voltei vou ali aquecer o saco de água quente e resolver uns testes psicotécnicos para amanhã.
15.2.12
Querido blogue,
amanha tenho que fazer a autoscopia inicial lá para o curso de formação. Não sei o que fazer e não me apetece sequer pensar nisso. Haja paxorra para estas cenas e as tretas das dinâmicas de grupo.
14.2.12
Querido blogue
comecei hoje a minha formação de formadores. Tivemos que nos apresentar e fazer aquelas tretas das dinâmicas de grupo que eu pouco ou nada gosto. O meu par teve que me apresentar depois de uma breve conversa. Depois disso e da bela reflexão que fiz sobre o que ele tinha dito ficaram-me na cabeça as seguintes palavras: juventude adiada.
13.2.12
Querido blogue,
enquanto anda meio mundo a exaltar os dotes de uma beiçuda com unhas em forma de garra, que canta com ar de enjoada e de quem faz um frete com aquela voz arrastada de quem tomou xanax demais, eu espanto-me com isto:
10.2.12
Querido blogue,
o ponto alto da minha semana vai ser hoje, depois de uma semana fechada em casa. Irei finalmente buscar o meu cheque e encerrar de vez o assunto do estágio. Preciso arranjar uma vida urgentemente.
9.2.12
8.2.12
Odeio
gente que promete coisas que sabe que não pode cumprir. Mais vale ficarem calados, não dizer nada. Obviamente que eu em algum ponto da minha vida já prometi alguma coisa a alguém e não cumpri. Mas prometer coisas só para ficar bonito perante os outros, parecer bem e depois deixar as pessoas penduradas? É de gente falsa e não se faz.
7.2.12
Querido blogue,
ontem por curiosidade fui ver os posts de Fevereiro no ano passado e de há dois anos. É curioso como nos últimos 3 anos os meses de Janeiro e Fevereiro são meses de grande indefinição para mim. Há dois anos aguardava para saber onde iria realizar o meu estágio. O ano passado aguardava por uma oportunidade de emprego e este ano cá me encontro novamente na mesma situação. E estar neste limbo é coisa para dar cabo de mim, das minhas forças e da minha esperança. Não tenho esperança para o futuro. Cada vez vejo a situação do país com mais preocupação, mas não é só do país, da Europa, em geral. Falam-nos em emigrar. Para onde? A Europa já foi chão que deu uvas. Todos os países, sem excepção, se encontram com problemas ao nível do crescimento da economia, o que acaba por se reflectir no desemprego. O nosso primeiro-ministro diz que temos de trabalhar no Carnaval para aumentar a produtividade, temos de produzir mais e eu pergunto: para vender a quem?
Lembro-me de em 2008/2009, quando estalou a crise do sub-prime eu pensar que acabaria o curso em 2010 e de pensar que ia acabar o curso em plena crise com o desemprego a aumentar e a economia a cair. Porra, pensei eu, mas logo me tranquilizei porque tinha tirado um bom curso, numa boa faculdade, o que segundo os especialistas era emprego garantido. Hoje cá estou eu. Com um canudo nas mãos, um estágio profissional feito e zero entrevistas de emprego desde que acabei o estágio. Olho para os meus colegas de curso e vejo que a grande maioria deles está a fazer o doutoramento. Pergunto-me se não deveria fazer o mesmo, mas para quê? Daqui por 5 anos as faculdades terão ainda menos capacidade para absorver todos estes doutorados como professores e as empresas não querem gente tão qualificada. Bem sei que não deveria ser tão negativista, mas não vejo muitos motivos para ser mais positiva. Estou cansada deste país.
Lembro-me de em 2008/2009, quando estalou a crise do sub-prime eu pensar que acabaria o curso em 2010 e de pensar que ia acabar o curso em plena crise com o desemprego a aumentar e a economia a cair. Porra, pensei eu, mas logo me tranquilizei porque tinha tirado um bom curso, numa boa faculdade, o que segundo os especialistas era emprego garantido. Hoje cá estou eu. Com um canudo nas mãos, um estágio profissional feito e zero entrevistas de emprego desde que acabei o estágio. Olho para os meus colegas de curso e vejo que a grande maioria deles está a fazer o doutoramento. Pergunto-me se não deveria fazer o mesmo, mas para quê? Daqui por 5 anos as faculdades terão ainda menos capacidade para absorver todos estes doutorados como professores e as empresas não querem gente tão qualificada. Bem sei que não deveria ser tão negativista, mas não vejo muitos motivos para ser mais positiva. Estou cansada deste país.
6.2.12
Querido blogue,
bem sei que mails com CVs não passam de spam para a grande maioria das empresas e o que não lhes deve faltar é gente a enviar CVs diariamente, mas um mailzinho (nem que fosse uma resposta automática) a dizer que sim que receberam e que sim que vão ler com muita atenção (ainda que seja mentira) ficava-lhes bem e eu ficava mais contentinha.
5.2.12
3.2.12
Queridas senhoras do centro de emprego,
queria agradecer do fundo do coração a ajuda que não me deram. Pelos meus próprios meios consegui arranjar aquilo que nenhuma de vocês se mostrou disponível para ajudar. A verdade é que se queremos algo temos de correr atrás. O centro de emprego não está pronto para pessoas como eu e como outros que não andamos à cata de subsídios e de cursos à borla e de rendimentos mínimos, e que ainda que estejamos desempregados queremos continuar a investir na nossa formação. Por isso, obrigada. A vossa inércia, só me deu mais motivação.
Querida Mango,
vê se me fazes chegar bem depressinha aquilo que te encomendei que esta demora toda já me está cá a irritar assim um bocadinho (muito).
Querido blogue,
após uma semana de reclusão em casa (vesti-me na quarta para ir à farmácia e comprar um bolo!) logo tinha de escolher o dia hoje, que será provavelmente o dia mais frio do ano, para ter de ir à rua tratar de cenas múltiplas e variadas. A sério Mary? Só posso estar parva.
2.2.12
Querido blogue,
Não gosto do mês de Fevereiro. Conseguir juntar dia dos namorados+carnaval no mesmo mês é motivo suficiente para eu ter ganas de me por a dormir e só acordar em Março. E por falar em dia dos namorados já não posso com tanta publicidade encapotada.
Odeio, odeio, odeio
morar nos subúrbios. É completamente desesperante morar aqui, ficar longe de tudo, não ter transportes acessíveis e acima de tudo seguros. Assusta-me a insegurança das ruas e dos transportes à noite, odeio ter medo de regressar a casa depois das 8 e odeio que isso condicione muitas das minhas opções. É pura e simplesmente ridículo.
1.2.12
Querido blogue,
tanta coisa para comprar, tão pouco dinheiro para o fazer e tão poucas perspectivas de voltar a ganhar dinheiro tão cedo.
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