23.4.10

Confesso

Tenho um grande guilty pleasure em ler agradecimentos de teses.

 E farto-me de rir com aquelas pessoas que agradecem por tudo e por nada, ao cão e ao piriquito, ao pai e à mãe por os terem posto neste mundo, ás árvores por lhes darem o oxigénio que respiram. Só nunca vi nenhum a agradecer às fadinhas, mas ainda não perdi esperança nisso.  

21.4.10

Estágios

Sou adepta que antes de casar um casal deve viver junto. Assim um bocadinho como quando os jogadores de futebol vão de estágio estágio antes de disputar a taça. Não que eu seja pense que casar é o derradeiro passo na vida de um casal, mas faz-me espécie aquelas pessoas que nunca viveram juntas, e toca de dar o nó na igreja (ou no civil) em frente a deus (ou ao conservador) sem estagiar primeiro. Porque ainda há quem não faça isto. E há pessoas com feitios completamente incompatíveis que se casam sem noção disso, na ilusão de que o amor será suficiente para superar essas divergências.

É difícil viver junto. É difícil partilhar um espaço que não estamos habituados a partilhar com mais ninguém, e de um momento para o outro, está ali outra pessoa, que tem tal como nós as suas manias, seja deixar tudo desarrumado, seja o comportamento obsessivo compulsivo de arrumar tudo ao milímetro. Quando se decide viver junto é preciso aprender a ceder. O que obviamente não implica perda de personalidade, porque não virá daí mal o mundo se cedermos um pouco ao nosso capricho de deixar o pijama no chão do quarto, ou de querer que o outro tenha a gaveta das cuecas organizada por cores.

Eu por exemplo não suportaria viver com alguém maníaco das limpezas, da arrumação, do ambiente asséptico e esterilizado, que andasse atrás de mim para limpar as migalhas da bolacha que fui comer para o sofá. Mas era capaz de me tornar mais organizada e arrumada, se a outra pessoa se tornasse um pouco menos obsessiva.

Isto tudo porque agora, de vez em quando, o homem vem-me dormir cá em casa. E nem sempre é fácil, e nem sempre tenho paxorra para lhe aturar as manias e fico irritada e amuo e faço beicinho e todo o tipo de chantagem emocional. Às vezes consigo ser muito intolerante e levar tudo muito a peito, como se o facto de ele pegar numa esfregona para lavar o chão, fosse sinal que eu sou pouco asseada. O que eu tenho de perceber é que ele se sente melhor assim. E se ele se sente melhor assim, encantada da vida que eu estou. Cá por mim, estou a pensar mandá-lo vir cá dormir cada vez que for altura de fazer limpezas.

16.4.10

Querido Blogue,

mais um dia a encher chouriços. Deêm-me trabalho, ou mandem-me para casa.

15.4.10

Serei só eu

que acho muito estúpidas pessoas que comem dentro de um laboratório?

6.4.10

Gosto de pessoas com sentido de humor.

"We apologize in advance if we missed your paper; next time, add surface plasmon resonance (SPR), biosensor, or interaction analysis as keywords. You can also e-mail us a PDF or, better yet, mail us a hard copy of your paper with a 20-dollar bill attached to it so we know to file it with the good ones."

Num artigo, das dezenas que tenho lido nas últimas duas semanas.